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- Dentro da Guilda: Parte 02
Palavras: 1082 Gray’s POV: Quando Mira-san gritou que estávamos trancados do lado de dentro do prédio, Natsu apontou para mim, me acusando de distrair ele e por isso ficamos trancados lá. Eu respondi a altura e isso acabou virando uma grande briga. Erza tentou nos separar no começo, mas depois desistiu, nos deixando lá, nos batendo. Um soco de Natsu, de repente, me jogou para trás, bem em cima do colo de Juvia. — Oh, desculpe. — Gray-sama! – Foi tudo que ela gritou, parece ter desmaiado logo em seguida. Ela é estranha... deve ser por isso que penso tanto nela. Eu ia me levantar, quando pisei em uma névoa branca. Espere aí, névoa?! Antes que eu pudesse reagir a isso, ela me envolveu, queimando minhas mãos e me fazendo perder os sentidos rapidamente. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Juvia’s POV: Eu fiquei apenas sentada com Levy-chan quando Mira-san gritou que estávamos trancados. Todos partiram para uma reação ou atividade, porém, eu e a outra azulada nos mantivemos quietas, eu ainda estava pensando na menina que havíamos visto, ela me parecia tão familiar... de onde será? Minha linha de raciocínio era tão profunda que não percebi que estava trancada com Gray-sama até o mesmo ser jogado por Natsu no meu colo. — Gray-sama! – Foi tudo o que consegui gritar antes que a adrenalina de ter ele em cima de mim me apagar. Desmaiei rapidamente, sem ter chances nenhuma contra a névoa branca que se aproximava. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Lucy’s POV: Devo admitir... eu surtei depois que Mira-san disse que estávamos presos ali. Ainda mais porque eu estava com Natsu brigando com Gray bem ao meu lado! Que tipo de idiota briga do lado de sua parceira... de equipe...? Essa pergunta fez com que pensamentos muito errados viessem a minha cabeça. Não posso acreditar neles, por isso, os forço a saírem da minha cabeça. Entretanto, como se já não fosse difícil fazer isso, Natsu se joga do meu lado, quase em cima de mim, e começa a se vangloriar pelo soco acertado em Gray. — Natsu? O que é aquilo?! – Eu percebi uma névoa branca se aproximando e logo a apontei. O rosado se virou para reagir, mas já era tarde. Quando a inconsciência me atingiu, meu rosto já queimava. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Natsu’s POV: Eu não perdi tempo. Logo depois da constatação de Mira-chan, eu já gritei com Gray e começamos uma briga. Eu estava claramente ganhando, tanto que dei um soco nele e ele foi parar no colo da Juvia. Me jogo ao lado de Lucy, em uma distância que me seja agradável e começo a contar sobre o meu soco. Apesar de estar falando sobre isso, meus pensamentos voavam de volta para a pequenina morena que vi com Juvia e Levy. Realmente me irritou o fato de ninguém mais ver e de ficarem nos tratando como doentes... — Natsu? O que é aquilo?! – A voz doce de Lucy me acordou. Virei, mas dei de cara com uma parede de névoa branca. Não pude reagir de forma alguma, apaguei. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gajeel’s POV: Eu não prestava atenção no que acontecia ao meu redor, apenas prestava atenção na baixinha na minha frente, que parecia que iria chorar a qualquer momento. — É tão ruim assim ficar trancada conosco? – Sorri para ela, vendo se a azulada descontraia um pouco. — Não é isso... – Seu rosto ficou vermelho. Ela me olhou, apenas para depois desviar os olhos novamente. – Eu só tinha planos hoje... – A curiosidade quase levou a melhor de mim depois dessa, mas o tom da baixinha me fez pensar duas vezes antes de perguntar algo mais. E, sobretudo, eu não tenho o direito de ficar curioso sobre ela, tenho? Antes que essa pergunta me fosse respondida, minha visão embranquece. Senti meu couro cabeludo arder e cai no sono logo em seguida. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Levy’s POV: Ah não... ah não... ficar trancada com Gajeel definitivamente não estava nos meus planos! Logo hoje?! Logo no único dia livre que eu consegui e pretendia ir visitar o Orfanato de Magnólia que criou Cana, justo hoje?! — É tão ruim assim ficar trancada conosco? – O objeto principal do meu desespero se manifestou. — Não é isso... – E de fato não era... A proximidade dele estava me deixando nervosa agora que eu sabia que não havia escapatória. – Eu só tinha planos hoje... – Por favor, não pergunte, por favor, não pergunte... não perguntou! Antes que eu pudesse saborear o sucesso, senti meu mundo girar, meus olhos foram forçados a se fechar e eu caí em algo grande... e quente. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Wendy’s POV: Eu estava assustada. Não por estar trancada com meus nakamas, mas pela reação deles ao descobrirem isso. Natsu e Gray começaram a brigar, Everdeen começou a fazer chiliques e eu não tinha ideia do que fazer. Por isso, acabei sentada ao lado de Romeo-kun, procurando não corar ou me envergonhar. Apesar do nervosismo, consegui manter uma conversa bastante satisfatória com ele, mas a falta de Chalie lá para me ajudar se fez presente quando o silêncio caiu entre nós e eu não sabia como acabar com o mesmo. — Wendy-nee-san, o que é aquilo?! – Romeo-kun me fez pular ao apontar uma fumaça branca que se aproximava de mim e dos outros. – Está vindo rápido! — Levy-chan! – Vi a azulada cair, dormindo, sobre meu companheiro Dragon Slayer. – Romeo-kun, prenda a respiração! – O mago de fogo assentiu e fez o que eu pedi. Quando nós dois tampamos os narizes, eu ouvi a risada de uma menina soar pelo prédio, agora, silencioso. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Romeo’s POV: Não posso dizer que não fiquei feliz quando ouvi que estávamos trancados lá... eu podia passar mais tempo conversando com Wendy sem ninguém atrapalhar! Não que fosse bem assim, mas conseguimos manter uma conversa interessante por um tempo, até acabar as minhas piadas e eu não saber mais o que falar... Felizmente/Infelizmente, minha desculpa para ouvir a voz da azulada apareceu. — Wendy-nee-san, o que é aquilo!? – Apontei para a fumaça branca que vinha em nossa direção sem diminuir velocidade alguma. – Está vindo rápido! – Olhei para os mais velhos e estavam todos caídos já, o que é aquilo!? — Levy-chan! – Wendy gritou para a outra azulada. – Romeo-kun, prenda a respiração! – Assenti e o fiz, bem a tempo da nuvem estranha nos cobrir. E isso nem foi o mais estranho... ao ser coberto pela fumaça, posso jurar que vi uma menina correr pelo Salão.
- Dentro da Guilda: Parte 01
Palavras: 1468 Jellal’s POV: Após descobrirmos que estávamos trancados dentro do prédio da guilda, todos começaram a ter suas reações diferentes, eu, no caso, ainda sentia a cabeça girar por causa da cadeira que Natsu havia acertado em mim. Erza se sentou ao meu lado e me olhou de canto de olho. — Ainda não entendi o que veio fazer aqui... — Não queria atrapalhar, Erza, posso ir embora assim que os outros abrirem a porta... – Vi seu rosto se contorcer em uma careta corada. — Não quis dizer isso, é só que você não costuma aparecer sem motivo. — Entendo – Dou um sorriso ao ver seu lindo rosto atingir a tonalidade de seu cabelo – Mirajane-sama me mandou uma carta falando que precisava falar comigo aqui na Guilda, como Mystogan. – Ela assentiu em entendimento e virou seu olhar, distraidamente, para os garotos que brigavam entre si sobre de quem é a culpa de estarmos trancados ali. Eu a olhei e tive certeza de todos os sentimentos que imaginava sentir pela minha Titânia. Sorri, antes de perceber que uma névoa suspeita entrava por uma das janelas, se espalhando lentamente pelo recinto, me fazendo sonolento e queimando a minha coluna e a última coisa que eu lembro é cair suavemente em direção a dona do meu coração. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Erza’s POV: Bem, devo admitir: Eu surtei depois que Mira-san gritou do lado de fora da porta que nós estávamos trancados lá dentro. Porém, antes que eu perdesse meu juízo completamente, lembrei que um certo azulado estava lá dentro também, o que, de fato, me acalmou! O vi sentado na mesma mesa de antes, me dirigi até lá e me sentei ao seu lado. — Ainda não entendi o que veio fazer aqui... – Seu rosto foi tomado pela surpresa. — Não queria atrapalhar, Erza – Meu nome soava tão bonito em sua boca – posso ir embora assim que os outros abrirem a porta... – Me apressei em corrigi-lo, de repente desesperada para que ele não fosse embora. — Não quis dizer isso, é só que você não costuma aparecer sem motivo. — Entendo – O sorriso que apareceu em seu rosto deu abertura para uma vertente constrangedora da minha mente. - Mirajane-sama me mandou uma carta falando que precisava falar comigo aqui na Guilda, como Mystogan. – Assenti para mostrar que entendi, apesar de não ter realmente ouvido o que havia falado, virei para os meus nakamas que brigavam e comecei a divagar sobre tudo que passei para que meu amor por ele não fosse um amor tão impossível... por parte dele... Argh! Se ele não fosse tão cabeça dura! Espere... aquilo é névoa? Mirei, curiosa, o manto branco que cobria suavemente o chão da guilda, sentindo seus efeitos assim que fui tocada pelo mesmo. Meus olhos pesaram e meu corpo foi escorado por algo quente e agradável, enquanto a minha mente mergulhava na escuridão. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Evergreen’s POV: —NÃO ACREDITO QUE ESTOU PRESA AQUI! – Gritei mesmo! Eu tinha marcado salão de beleza hoje, não tinha como ficar ali e, pelo que conheço de Mira-san, não iríamos sair de lá tão cedo. — Não precisa gritar, Ever – Bickslow reclamou do meu lado, estávamos ambos parados perto de Lissanna, ele parecia estranhamente animado com algo. — Claro que preciso! Eu TENHO que sair daqui! – Vou até a porta, batendo na mesma com força – OE, MIRA! ACELERE E ME TIRE DAQUI! — Ahn? Evergreen também está lá? Isso quer dizer que... – Ouvi Mirajane perguntar para alguém do outro lado. Não ouvi a resposta, mas não deve ter sido uma que a agradasse, pois a albina gritou em seguida – MAS EU VOU ABRIR ESSA PORTA AGORA! Sorri, pelo jeito minha presença aqui não era planejada pela albina, menos mal. Antes que eu pudesse me deliciar com este fato, vi uma grande sombra se aproximar de mim, me virei em sua direção e vi que era ELE. Seu porte gigantesco deu muita margem para pensamentos estranhos invadirem a minha cabeça, o que me fez sacudi-la, mas, ao fazer isso, sinto a mesma queimar. O albino parecia querer falar algo, porém não cheguei a ouvir, já que a minha visão embaçou e minhas pernas fraquejaram, me escorei na porta e caí na inconsciência. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Elfman’s POV: Depois de Mira-nee responder para Lissanna que estavam tentando abrir a porta, eu, Natsu e Gray começamos a discutir um jeito de ajudar, mas eu acabei me distraindo com um grito da fada mais bo... mais nada, pare de pensar nisso, Homem! — Yoshi! Vou tentar empurrar a porta, porque empurrar portas é coisa de HOMEM! – Levantei, indo em direção à porta, mas antes eu dei uma olhada pelo salão, Lissanna parecia desolada, enquanto Bickslow olhava para mim e para ela com a língua para fora. – Se preocupar com a irmã é coisa de homem, mas ajudar a sair daqui também, o que eu faço? Durante o meu conflito interno, ouço a de cabelos caramelos gritar novamente, seguida de um grito abafado de Mira-nee. Isso atraiu a minha atenção para a fada que agora sorria para a porta, como se tivesse percebido algo que lhe agradava. Meu olhar, involuntariamente, passou pelas pernas descobertas e pelas curvas mal disfarçadas pelo vestido verde e meu rosto começou a ferver. Homens não devem corar! Bem... acho que posso ser um pouco “não-homem” por ela. Me aproximei e percebi que ela balançava a cabeça, abri a boca para falar algo que nem mesmo eu sabia o que era, mas não cheguei a pronunciar nada, pois meu grande corpo começou a enfraquecer e meus olhos foram fechados. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Bickslow’s POV: Ever estava me dando nos nervos. Seus ataques estavam tirando a minha atenção da albina desesperada, que, ao contrário de mim, não parecia nada feliz. Mirajane tinha pedido para que esperássemos o Mestre voltar, mas eu sabia que, como Laxus havia ido com ele, era muito provável que os dois iriam treinar, ou seja, não voltariam antes de dois dias. Meu sorriso não podia ser maior. Um tempo com Lissanna poderia me esclarecer as coisas e eu poderia tomar um próximo passo que seja vantajoso para mim. — Hey, Lissanna?! – Eu me aproximei dela enquanto observava Ever dar mais chiliques. — O que você quer? – Seu tom era mal-humorado, isso me fez rir, porém não por muito tempo, pois meus olhos pesaram e Lissanna caiu. Eu ia para o chão também, mas consegui me colocar por baixo dela antes de apagar. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Lissanna’s POV: — Hey, Lissanna?! – Ah... essa voz... essa voz que invade meus sonhos e os transforma em pesadelos distorcidos por mim mesma... por que ele tem que ter tanta influência sobre mim?! Qual é?! Eu não posso voltar a gostar de Natsu? Ele é um cara bom de se gostar, ele não é sarcástico nem lindamente violento... — O que você quer? – Me desculpem, eu divaguei. Enfim, sacudi minha cabeça para poder tirar o azulado dos pensamentos, quando comecei a me sentir meio tonta... minha mente foi apagando, mas não antes de eu perceber Bickslow se projetando em minha frente e meus membros queimando como fogo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Cana’s POV: Meu desespero foi enorme quando Lissanna nos falou que estávamos trancados, afinal a dispensa ficava lá fora e meu último barril de cerveja já tinha acabado. E, para piorar tudo, Bacchus não parava de reclamar que se arrependia de ter vindo quando recebeu o bilhete, que deveria saber que entrar naquele prédio traria alguma confusão. — Não deveria ter vindo então. – Minha voz saiu mais aguda e dura do que o planejado. — Ah, minha cara Cana, eu não poderia perder a chance de te ver novamente, poderia? – Seu sorriso me faria corar, se não fosse a fumaça branca que vinha se espalhando pelo salão. – Mas o que? – Ambos tínhamos sido engolidos pela névoa. Senti meus olhos pesarem e não tinha forças para lutar contra o sono (falta de álcool no meu organismo em minha opinião). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Bacchus’ POV: Quando a pequena albina gritou que estávamos trancados naquele prédio, a minha primeira reação foi me arrepender de ter ido, não pude segurar e reclamei em voz alta, sendo ouvido por aquela que perturba os meus sonhos. — Não deveria ter vindo então. – A voz dela saiu magoada, eu me repreendi mentalmente. — Ah, minha cara Cana, eu não poderia perder a chance de te ver novamente, poderia? – Dei um sorriso ao ver a sua expressão perplexa, me divertindo em antecipação. – Mas o que? – De repente, uma névoa branca nos envolve, apagando a visão que eu tinha dela. – Cana? – Minha voz soou sonolenta, resultado do feitiço que se espalhava pelo meu corpo. Cai nos braços de Morfeu, sentindo que demoraria a voltar.
- Novo Correio-Coruja
Palavras: 1108 Eu achei que iriam dar falta de mim apenas no dia seguinte, mas antes mesmo de eu e gêmeos voltássemos para a Sala Comunal, Snape me alcançou, transtornado, seguido por Fudge e Dumbledore. Ele me olhou com raiva, eu sabia que já tinham notado a fuga do Sirius e que Snape achava que eu estava envolvida, mal sabe ele que eu nem fiz nada e foi apenas meu irmão e Mione. — Srta. Evans! - Fudge me olhou preocupado - Não deveria estar na enfermaria? — Madame Pomfrey a liberou mais cedo, ministro. -Jorge se adiantou em responder. — Entendo. Fico aliviado em saber que Black não a machucou muito, Srta. — Sei... Obrigada pela preocupação, ministro. - Ele acenou com a cabeça e partiu, com Dumbledore que piscou para mim. Snape não havia nem parado para esperar o ministro. Os gêmeos riram e eu dei um sorrisinho típico dos Potter. Foi uma noite bem interessante. No dia seguinte, lá pela hora do almoço, eu fui chamada na enfermaria, onde eu passei no minimo uns 30 minutos ouvindo um belo sermão de Madame Pomfrey sobre não fugir da Ala Hospitalar... Harry e Hermione foram liberados, mas eu ainda teria que fazer visitas diárias para compensar todas as horas que eu passei fora da enfermaria. Quando saía da enfermaria na visita do fim de semana, lembrei de algo que aconteceria e me apavorei. Ainda não tinha visto Lupin e ele iria se demitir... Precisando vê-lo, corri com todas as minhas forças para seu escritório, onde ele já arrumava suas coisas. — Você não pode ir. - Encostei a porta. - Não pode! — Lia - Ele suspirou. Seu rosto estava abatido e uma nova cicatriz havia aparecido. - Não há nada que você possa fazer, Thalia. Eu tenho que ir, sabe disso. — Eu não sei de NADA! Só de uma coisa: você TEM que ficar! Quem vai me ajudar aqui? Você não pode me deixar assim! — Parece até que estamos terminando. - Ele deu uma risadinha, mas vendo que eu não achei graça, ele acrescentou - Lia, eu ainda sou o seu padrinho e sempre serei. Nunca vou deixá-la, mas está na hora de você achar o seu caminho sozinha… E ainda precisamos conversar sobre a senhorita conversar com Sírius pelas minhas costas. — Eu ainda vou morar com você, né? - O abracei, como não fazia há muito tempo. — Claro, querida. Até você cansar de mim. - Lupin deu uma olhada no Mapa aberto em cima da mesa dele, dava para ver o ponto Harry Potter se movendo rapidamente para o escritório. Alguns minutos depois, a porta foi aberta pelo próprio Harry. - Vi-o chegando - Remo deu um sorriso. — Acabei de encontrar Hagrid e soube dele que o senhor pediu demissão. - Ele passou seus olhos de mim para Lupin. - Não é verdade, é? — Receio que seja - O professor me afastou delicadamente para poder terminar de arrumar suas coisas. Depois de falar mais um pouco e devolver a Capa de Invisibilidade para Harry e me dar o Mapa, Dumbledore entrou para anunciar que o coche de Lupin estava pronto. — Não vá... - Fiz manha, mesmo sabendo que não ia funcionar. — Até as férias, Lia. - Me deu um sorriso e pegou sua mala. - Bom... adeus, Harry. - e ele saiu da sala. — Vou com ele até o coche. Professor Dumbledore, Harry - Acenei com a cabeça para os dois e sai atrás de Lupin. - Nos dias seguintes, Harry parecia sempre perdido em pensamentos, então eu sentei com ele numa noite e dei um dos meus conselhos misteriosos que o deixam confuso e jogam na cara dele que eu sei mais: — Sabe, Harry, se você se preocupar demais com o futuro, você acaba esquecendo do presente. Relaxe, na fala da profeta, não havia um "imediatamente" nem nada do tipo. - Pisquei e fui atrás dos gêmeos e de Lino, que jogavam algo barulhento e engraçado num canto da Sala Comunal. Na véspera das férias, Hermione me encurralou no quarto, estávamos sozinhas e ela me fez sentar na cama. — Mione? O que foi? — Lia, está na hora de você me explicar como sabe tanto, tanto do futuro, quanto do presente e do passado! Parece que sabe tudo sobre nós e o que acontece à nossa volta! - Suspirei. Eu confiava em Mione, então resolvi contar a ela uma parte da verdade. Não tudo, mas sendo a personagem que mais sabe e descobre as coisas mais rapidamente, eu decidi que não tinha tanto problema ela saber de alguns detalhes. Já no Expresso de Hogwarts, eu me despedi de Harry antes de chegarmos à estação, pois ainda não era a hora de eu me mostrar para tia Petúnia. Fiquei num compartimento com Fred, Jorge e Lino. Passamos a viagem inteira rindo, porém pouco antes de pararmos na estação King Cross, Jorge teve que ir no banheiro e uma peguete de Lino passou, ele obviamente foi atrás dela, ficamos apenas eu e Fred na cabine. Ele estava sentado ao meu lado, com o braço nos meus ombros e uma das pernas em cima das minhas. — Folgado, hein, Weasley. - Empurrei sua perna. Ele fez uma careta, mas de repente seu semblante ficou sério. Seus olhos prenderam os meus como ímãs, ele foi se aproximando bem devagar... — PELAS BARBAS DE MERLIN, NÃO POSSO NEM IR AO BANHEIRO E DEIXAR VOCÊS SOZINHOS MAIS! - Jorge abriu a porta do compartimento com tudo, me dando um susto e fazendo Fred se afastar. — Tinha mesmo que gritar? - Fred empurra seu irmão, que cai sentado no banco da frente. — Tinha. - Ele afirma e pisca para mim. Não consigo segurar e dou uma risada, que logo é seguida pela dos meninos. - Do que estamos rindo mesmo, casal? — N-Não somos um casal, Jorge - Corei violentamente. — Mas é idiota mesmo. - Fred dá outro empurrão, o que acaba começando uma "briga" entre os gêmeos. — Okaay, parem com isso antes que me acertem! - Exclamei e eles pararam. Lino chegou nessa mesma hora, com os lábios inchados. Felizmente para mim e infelizmente para ele, Lino virou o alvo dessa vez. Descemos na estação e de longe, vi Harry atravessar a passagem com os amigos, Lino se despediu da gente e foi atrás da mãe que o esperava por ali. — Aqui, Lih. - Fred me entregou um papel com algo escrito. - É para você me mandar uma carta, aí eu posso responder e nós poderemos conversar. — Claro! - Eu entrei em êxtase! - Até mais, Fred e Jorge, nos veremos de novo. - Acenei para eles e corri para a passagem para o mundo trouxa, onde num cantinho isolado, uma figura de capuz me esperava. Foi um ótimo ano esse.
- O Segredo de Hermione
Palavras: 1177 — O SENHOR NÃO TEM, NÃO! - Foi o que ouvi assim que normalizei a respiração - O SENHOR PEGOU O HOMEM ERRADO! - Era a voz de Harry. Parece que ele e Hermione estavam "argumentando" com Snape e Fudge. Madame Promfrey me viu acordada e trouxe um pedaço enorme de chocolate. — Como se sente? — Como se eu tivesse sido espremida e depois congelada. Obrigada - Aceitei o chocolate. — Potter já foi arranjar confusão. — Ele está apenas fazendo o que acha certo, Madame Promfrey. - A enfermeira olhou para mim e deu um sorriso, ela passou a mão na minha cabeça e saiu. Deixei meus pensamentos voarem, ainda tendo o pesadelo em mente. — NÃO ESTAMOS CONFUSOS - Pelo amor, Harry! Sua voz é maravilhosa, mas pare de gritar! Depois de Madame Promfrey insistir muito, os dois obtusos, quer dizer, os dois homens iam se retirar, mas Dumbledore entrou na enfermaria e pediu para falar com Harry e Hermione a sós. Depois de todos os outros saírem, as duas crianças começaram a despejar a história no diretor, que levantou a mão, em sinal de silêncio. — É a vez de vocês ouvirem, e peço que não me interrompam, porque o tempo é muito curto - disse o professor - não existe evidência para sustentar a história de Black, exceto a palavra de vocês... e a palavra de dois bruxos de treze anos não irá convencer ninguém. Uma rua cheia de testemunhas jurou que viu Sirius matar Pettigrew. Eu mesmo prestei depoimento ao ministério que Sirius era o fiel do segredo dos Potter. — O Prof. Lupin pode lhe contar... — O Prof. Lupin no momento está embrenhado na floresta, incapaz de contar o que quer que seja a alguém. - Nessa hora eu soltei um gemido estrangulado - Quando voltar à forma humana, será tarde demais, Sirius estará mais do que morto. E eu poderia dizer que a maioria do nosso povo desconfia tanto de lobisomens que o apoio dele contará muito pouco... e o fato de que ele e Sirius são velhos amigos... — Mas... — Ouça, Harry. É tarde demais, você entende? Você precisa admitir que a versão do Prof. Snape sobre os acontecimentos é muito mais convincente do que a sua. — Ele odeia Sirius... - Sussurrei. — E tudo por causa de uma peça idiota que Sirius pregou nele... — Precisamos é de mais tempo— A reflexão de Dumbledore fez Hermione dar um salto. O vira-tempo! Depois de dar mais algumas instruções, ele se virou para sair, mas antes eu perguntei: — Professor? - Ele passou a olhar para mim - Será que eu... Será que eu não poderia... ir também? - Eu estava hesitante para caramba, porque meio que já sabia a resposta... — Não, Srta. - Abaixei a cabeça, pronto. Ai está a minha resposta. - Porém, acho que é possível que você consiga se despedir de Sirius, quando a noite acabar. - Ele deu uma piscadela e saiu. Um sorriso surgiu nos meus lábios e eu pousei meu olhar na dupla na minha frente. Harry parecia confuso, ao mesmo tempo que Hermione parecia cheia de energia. A morena se levantou e prendeu uma correntinha de ouro em seu pescoço e no do Harry. — Tomem cuidado, hein! - Mione me lançou um sorriso enquanto girava três vezes a ampulheta dourada. Assim que eles saíram, eu levantei, ainda com dor nas costelas por causa do hematoma que apareceu nelas, como previsto. Corri para a porta e ouvi Dumbledore conversar com Madame Promfrey, me dando cobertura para fugir da enfermaria. Enquanto Harry e Hermione estavam explorando o passado, eu explorava o castelo de Hogwarts, procurando ir para o lado esquerdo da escola. Sabe aquela fantasia que a maioria dos alunos tem quando mais novos, de ver sua escola a noite? Então, eu realizei isso e, só para constar, Hogwarts é assustadora quando a noite está escura e você está com pressa e machucado. Estava quase chegando na Torre Oeste quando ouvi um ruído de explosão... Não tenho muito tempo. Subi correndo, chegando no topo da Torre ao mesmo tempo que um hipogrifo que carregava duas crianças e um adulto mal- alimentado. Sorri e fui recebê-los. — Consegui chegar! - Me aproximei de Bicuço, com cuidado, claro. — Lia! - Harry se virou para mim, parecia orgulhoso de algo, provavelmente do patrono que acabara de conjurar. - Sirius, é melhor você ir embora. - Sirius fez umas perguntas e nós o mandamos embora, mas não antes de eu o puxar para um abraço desajeitado, pois ele ainda estava em cima do hipogrifo. — Nós vamos nos ver outra vez - Prometeu, depois de ver que eu estava com lágrimas nos olhos. - Você é bem filho do seu pai, Harry... Você também, Lia! - E então, ele apertou os flancos de Bicuço e saiu voando pelo horizonte ainda escuro. Estávamos todos perdidos em pensamentos, quando Hermione nos lembrou do horário, nós saímos correndo, mas no meio do caminho, eu me distraí com uma armadura que estava bem torta, até para os padrões de Hogwarts. Disse para eles irem na frente e me aproximei da peça. De repente, uma mão pegou no meu ombro e eu, com a minha delicadeza de sempre, gritei e virei preparando um soco, quando vi… Fred Weasley rindo que nem um louco da minha cara, enquanto o irmão gêmeo da criatura se abaixava para evitar meu punho. QUE ÓDIO! — VOCÊS, POR UM ACASO, QUEREM ME MATAR?! — Claro que não, Lih. Nós só queríamos ver como você estava, não sabíamos que ia te assustar tanto. - Fred enxugou os olhos. — Agora que já viram que eu estou bem, deem licença para eu morrer do coração ali, no cantinho. - Tirei a mão de Jorge do meu ombro e me virei, mas antes que eu desse um passo, me senti ser abraçada por trás. Contraí o corpo por causa dos hematomas e Fred deve ter percebido que eu estava com dor, pois se ajeitou para que seu braço só passasse pelos meus ombros e seu corpo não pegasse nas minhas costelas. — Pare de drama, ruiva. Nós também viemos para te chamar para assaltar a cozinha. - A voz de Fred soou bem próxima do meu ouvido. Agradeci imensamente por estar escuro e ninguém ser capaz de ver o meu rosto corar violentamente. — É, Lia. Estávamos preocupados, poxa. Dá um crédito. - Jorge coloca a mão na minha cabeça e faz uma cara de coitado. — 'Tá bom - Fiz careta - Hm... Fred... Acho que você já pode me soltar... - Não estava totalmente confortável com aquela posição e imaginei que nem ele. — É... Mas aqui está tão bom. Vou ficar assim até as cozinhas. - Ele me puxou para mais perto ainda, ficando em um abraço de lado, com o queixo encostado de lado na minha cabeça, já que ele era bem mais alto que eu. — Caara! Como foi que acabei ficando de vela mesmo? — Vai se ferrar, Weasley - Corei ainda mais e dei um tapa no braço de Jorge. E assim, fomos para as Cozinhas e eu me preparei para a bronca que levarei amanhã, por te fugido da enfermaria...
- O Beijo do Dementador
Palavras: 1011 Éramos um grupo bem estranho até mesmo para os padrões de Hogwarts: Bichento ia na frente no túnel, Lupin e Ron, acorrentados à Pettigrew, iam em seguida, depois vinha Snape, desmaiado, Sirius vinha atrás, sustentando o professor com a varinha. Por último, vinham Hermione, Harry e eu. Eu sabia que Sirius iria querer falar com Harry, então puxei Mione um pouco para trás, deixando Harry sozinho próximo à Black. — Então... Você é irmã do Harry... ? — Parece que sim - Cocei a cabeça, dando um sorriso de lado. — Você se parece mesmo com a mãe dele, quer dizer, sua mãe. - Ela me examinou - Vai me contar como sabia de tudo isso? — Do quê? Ah, de Sírius? - Dei um risinho - Desde sempre. - Seu olhar se tornou curioso - Quando as coisas acalmarem, eu conto tudo para você, Mione. - Ela me deu um sorriso e nós olhamos para frente, onde Harry e Black conversavam. — Você tem casa? Quando é que eu posso me mudar? — Você quer? Sério? - Sirius parecia uma criança. — Sério! — Isso, Sirius! Separa meu irmão de mim já! - Brinquei. — Nem vem, Lia. Você mora com o seu padrinho, qual o problema do Harry morar com o dele? - Sirius se virou brevemente para piscar para mim. — Por falar nisso, Lia, quem é o seu padrinho? Você falou nele antes. — Por Melin, Harry! Você é lerdo demais, menino! - Dei um tapinha na cabeça dele. — Acho que é aí que eu me apresento, né? - Lupin riu lá na frente. — SÉRIO? Lupin? - Harry olhou para mim, que revirei os olhos e confirmei. - Oh. Entendi. E todos saímos do buraco, Bichento já tinha apertado o nó do Salgueiro, então, sem perigo. Nos dirigimos para o castelo, em silêncio. Harry parecia no mundo da lua, deveria estar pensando sobre morar com Sirius... Não posso contar... Isso chega a ser cruel… Fui repentinamente arrancada desses pensamentos, quando uma nuvem se mexeu no céu, revelando um astro não tão amado pela minha família. A lua. Vi meu padrinho enrijecer e parar de andar. — Ah, não! - Hermione exclamou - Ele não tomou a poção hoje à noite. Ele está perigoso! — Corram - Sirius não tirava os olhos de Lupin - Corram. Agora. - Harry se adiantou para Ron, mas Sirius o segurou. - Deixe-o comigo... CORRA! - Eu estava paralisada, não conseguia tomar nenhuma decisão nem me mover, eu só conseguia assistir a transformação de Remo. Meu cérebro apenas registrou o último olhar sofrido e humano, antes da besta faminta tomar conta. — Remo... - Gemi, dando um passo para frente. Não avancei mais, Harry tinha colocado um de seus braços, me impedindo. Depois alguém gritou, houveram clarões e mais gritos, mas eu não podia prestar atenção em nada além do lobisomem que lutava com o cão gigante. E então, ele fugiu. - Remo! - Vi Sirius sair atrás dele. Harry me chacoalhou e meu cérebro finalmente ligou: Sirius! — Vejam como está Ron. Vou atrás de Sirius. - Com isso, sai correndo na direção contrária da que meu padrinho transformado tinha tomado. Alcancei Sirius no momento que ele voltava a ser um homem. - Sirius! - Corri em sua direção, parecia tão ferido! Talvez numa situação bem pior da descrita nos livros. O amparei com meus braços, mas antes que eu pudesse fazer algo, o que eu mais temia aconteceu. — Nããão— Black gemeu - Nãããão... por favor... Olhei para a massa fria que se aproximava. Dementadores. Vi Harry e Mione chegarem, porém, vários dementadores já estavam por cima de nós. Eu cheguei a ouvir o primeiro Expecto patronum, entretanto foi apenas o primeiro, pois a cada Dementador que se alimentava de mim, imagens me foram mostradas. Dumbledore caindo da Torre; Os pais de Neville no St. Mungus; A separação do Trio, quando estavam se escondendo; Harry gritando por Sirius; A morte de Cedrico; Hagrid levando Harry morto; Dobby ferido; Moody caindo da vassoura; Sirius passando pelo véu; e a pior para mim, Fred, deitado no Salão Principal, com Jorge gritando sua dor e toda a família Weasley sofrendo pela perda e com o meu padrinho e sua esposa deitados imóveis ao seu lado. Senti minha força se esvaindo, lágrimas caiam pelas minhas bochechas, me senti gritar algo que não me fez sentido e então eu vi. Uma forma brilhante afastava o frio, ela galopava pelo lago, vindo da margem oposta. Com minhas últimas forças, dei um sorriso e gritei Harry. Vi a silhueta de meu irmão na outra margem, mas não vi o que ele fez depois, pois perdi a consciência logo depois. Do contrário do que acham, um desmaio pode não ser um sono sem sonhos, porque o meu não foi, com toda certeza! Sabe as imagens que eu citei? Um dementador trazia as imagens, mas no fim de cada cena, antes que o pior se repetisse, o patrono de Harry passava interrompendo-a. Menos a última. Eu já tinha parado de me apavorar com a chegada do dementador, pois sabia que Harry me tiraria daquilo, mas na cena da morte daqueles que eu passei a amar ainda mais não foi assim que as coisas aconteceram. Primeiro que começou num corredor e não já no Salão Principal. Eu corria e de repente um feixe de luz verde é lançado em minha direção. Ele não me atinge, pois sou puxada para baixo e dou um grito quando vejo que foi o atingido substituto. De volta para o Salão, desta vez estou vendo a cena em terceira pessoa, eu e Jorge nos debruçamos em cima de um corpo, choramos como se assim, fossemos devolver a vida a ele, mas nada acontece. Eu começo a chorar, pedindo socorro, quando vejo que o meu "eu" da cena se levanta e recita algo que não consigo ouvir. Uma luz verde sai do "meu" corpo, como se vazasse do mesmo, e vira uma grande bola luminosa branca, que desceu até o peito de Fred e ali entrou. "Eu" desabei e de repente fui arrancada do sonho, bruscamente. Acordo numa cama da Ala Hospitalar como um afogado acorda depois que a água sai de seus pulmões.
- O Servo de Lord Voldemort
Palavras: 1157 Snape ficou se vangloriando para Lupin e Sirius. Uma pequena infantilidade da parte dele, mas me deu tempo de Mione me ver e correr na minha direção. — O que houve? Parece que você levou um tombo feio! — Quase isso. Snape parece não medir esforços para se vingar dos Marotos. - Rosnei baixo. Voltando para a discussão dos adultos, Lupin falava: — Seu tolo - Seu tom poderia enganar quem não o conhecesse bem. Uma camada de brandura na superfície, mas um gélido desprezo soava por baixo dela. - Será que um ressentimento de criança é suficiente para mandar um homem inocente de volta para Askaban? BANGUE! O idiota do ranhoso fez com que Lupin caísse no chão, amarrado e subjugado pelas finas cordas que Snape conjurou. Eu não vi a reação dos outros, pois um grito de cólera saiu de minha boca. Me joguei em direção do ranhoso, me esquecendo da magia e da varinha e preparando as minhas unhas, eu queria tirar aquele sorrisinho presunçoso da cara do ranhoso arrancando ele eu mesma. — COMO VOCÊ SE ATREVE!? - Consegui acertar as maçãs do rosto de Snape, mas ao me sentir ali, ele me empurrou com força para o lado, onde caí e o vi virar para Sirius. — É só me dar um motivo - sussurrou Severo - É só me dar um motivo e juro que faço. Sirius parou. O rosto dos dois revelavam o ódio e o ressentimento do passado. Harry olhou para mim, parecia tão desesperado. Devolvi o olhar com raiva, não direcionada para ele, mas para o professor armado no quarto, Harry assentiu discretamente e olhou para os amigos. Hermione tentou argumentar, mas Snape já estava cego pelo aparente sucesso. Ele quis que saíssemos primeiro: — Vamos, todos. Eu puxo o lobisomem. Talvez os dementadores tenham um beijo para ele também... - Ele se inclinou em direção à Lupin, mas antes que ele chegasse a tocá-lo, eu me debrucei por cima de Remo e fiz um ruído. - Hm... Parece que ser criada por uma besta interfere na sua humanidade. - Snape se virou para a porta, mas Harry se adiantou e bloqueou a porta. Eu me concentrei em desamarrar Lupin e esqueci de prestar atenção na discussão dos dois até... — Experlliarmus! - Ouvi Harry berrar, só que junto com a voz dele, havia mais duas vozes: Ron e Mione! O professor voou pelo quarto, caindo no chão com um filete de sangue escorrendo pela a boca. Snape caiu inconsciente! A varinha dele caiu perto de Bichento, que sentou em cima dela. Depois de falar algo, Sirius se abaixou e me ajudou a desamarrar Lupin. — Obrigada - Sussurrei para Black e levantei Remo, o apoiando em mim. — Obrigado, Harry. - Lupin se ergueu e esfregou os braços. Eu ainda o examinava com cuidado e acabei perdendo o desenrolar da conversa central, para variar né... — E sabe por que é que ele se fingiu de morto? - Harry perguntou, impetuosamente - Porque sabia que você ia matar ele como tinha matado os meus pais! — Não... - Lupin negou ao mesmo tempo que eu falei, derrotada: — Harry... — E agora você veio acabar com ele! — É verdade, vim - Okay, nessa hora eu me dei um tapa na testa, frustrada. Mas que saco, Sirius! Faz as coisas direito! Harry se descontrolou mais um pouco e FINALMENTE Sirius contou o que tinha acontecido de verdade. Sua fisionomia mudou drasticamente, seus olhos encheram de lágrimas, sua voz se partiu e toda a selvageria sugerida por sua aparência se tornou cansaço e tristeza. Ele se virou, para esconder algumas lágrimas de Harry. — Basta - Lupin usou o tom inflexível que só usava quando eu falava sobre sua licantropia. - Tem uma maneira de provar o que realmente aconteceu. Rony, me dê esse rato. — Que é que o senhor vai fazer com ele se eu der? — Ronald, dá o rato para ele logo. - Dei um suspiro, tensa. — Relaxe, se ele realmente for um rato, não se machucará. - Finalmente Ron deu o rato para Lupin, que olhou para Sirius e ambos apontaram suas varinhas para Perebas. Foi exatamente como J. K. Rowling tinha descrito: uma árvore crescendo e se tornando um homem baixo e gordo e quase careca. Ele olhou para todos os presentes, arregalando os olhos ao chegar em mim, Lupin e Sirius. Seus olhos passaram rapidamente pela porta. — Ora, ora, olá, Pedro - saudou-o Lupin com um tom retórico que me fez imaginar um lobo mal da chapeuzinho vermelho. Isso me fez rir, o que pareceu apavorar Pedro. — S-Sirius R-Remo - Pettigrew guinchou - Meus amigos... meus velhos amigos. - Aí o que posso falar... Ele guinchou mais um pouco e Lupin retrucou: — Ninguém vai tentar matá-lo até resolvermos umas coisas — Não posso garantir isso. - Dei um passo para a frente, mas Sirius colocou seu braço na frente. — Se eu não posso, você também não, Thalia. - Black piscou para mim. Depois disso teve toda aquela ladainha de como Sirius fugiu, de quem era Pedro e coisas assim. Eu só fiquei vendo a cena se desenrolar na minha frente até Pettigrew finalmente fazer o movimento de apelar para as crianças: — Rony... eu não fui um bom amigo... um bom bichinho? Você não vai deixá-los me matarem, Rony, vai... você está do meu lado, não está? — Eu deixei você dormir na minha cama! - Ron parecia com nojo. — Garota meiga... garota inteligente... você... você não vai deixar que eles... Me ajude. - Hermione recuou, horrorizada. Ele passou seu olhar de mim para Harry e voltou para mim. - Thalia... Tão parecida com Lily... - Ele veio de joelhos, se aproximando de mim. Lupin se meteu na minha frente. — Não se atreva a tocá-la. - Pedro, então, se virou para Harry, choramingando. — Harry... Harry... você é igualzinho ao seu pai... igualzinho… - Foi a gota d'água para Sirius, que começou a gritar loucamente com Pettigrew. Ele e Lupin pegaram o rato e se prepararam para matá-lo. Hermione cobriu o rosto e se virou, mas o assassinato não aconteceu, pois eu e Harry, juntos, gritamos: — NÃO! - Harry se meteu entre Pettigrew e as varinhas, enquanto eu segurava o braço de Lupin. — Vocês não podem matá-lo! - Tenho que discordar, eles podem, mas não é assim que a história acontece, né? — Harry, Lia, esse verme é a razão de vocês não terem pais - Rosnou Black. — Eu sei - Harry ofegou - Vamos entregar ele aos dementadores... — Exato! Pelo amor, Sirius, Padrinho! Não precisam fazer isso por vingança! - Rabicho pode ser desprezível, mas ele salva a vida do meu irmão um dia! Bater muito nele, tudo bem. Deixar ele inconsciente? Também vale, agora matar ele? Exagero! Eles então decidiram levar Pedro para o castelo. Nos ajeitamos para ir e talvez, só talvez, eu tenha ganhado mais um hematoma por culpa de um chute que TALVEZ eu tenha dado nas costelas de Rabicho. Me chamem de cruel, mas não era eu que queria que ele morresse.
- Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
Palavras: 1007 Depois que o Trio se recuperou do choque, Ron disse o que estava na mente dos três: — Vocês três são malucos. — Ridículo! - Hermione exclamou. — Tem certeza, Mione? Será que é tão ridículo assim? - A olhei, realmente curiosa. — Pedro Pettigrew está morto! - Harry falou, me dando um olhar profundo. - Ele o matou há doze anos! - Revirei os olhos. Oh garoto teimoso, viu. — Tive a intenção. - A voz rouca de Sirius soou. - Mas o Pedrinho levou a melhor... mas desta vez não! - Então, como esperado, Black perdeu as estribeiras, correu em direção à Perebas, mas ele esqueceu da perna quebrada de Ron e se apoiou nela, resultando num grito do garoto. — Sirius, NÃO! - Berrou Lupin, afastando Sirius de Ron. - ESPERE! Você não pode fazer isso assim... eles precisam entender... temos que explicar... — Podemos explicar depois! - Rosnou Black, tentando se livrar dos braços de Lupin. — SIRIUS! Pare! - Eu me coloquei entre o cão e o Trio. - Remo está certo, sabe disso! — Eles têm... o direito... de... saber... de... tudo! - Lupin ofegava com o esforço de conter o ex-prisioneiro. - Ele foi bicho de estimação de Rony! E tem partes que nem eu compreendo muito bem! E Harry... você deve a verdade a ele, Sirius! - Isso fez Black sossegar. — Está bem, então. Conte a eles o que quiser, mas faça isso depressa, Remo, quero cometer o crime pelo qual fui preso... - Depois disso Ron deu um mini ataque, Hermione me olhava estranho, coisa que ela parecia gostar de fazer, e Harry se dirigiu a nós, ignorando Black. — Houve testemunhas que viram Pettigrew morrer. Uma rua cheia... - Sirius que respondeu, eu fui em direção à Hermione, discretamente, apenas ela percebeu. — Desembucha, dá para ver suas engrenagens trabalhando. — Eu já desconfiava que você era irmã de Harry, mas como ninguém que estava na casa no ataque sobreviveu, eu achei que seria impossível... — Aí que está, Mione, eu NÃO estava na casa naquela hora. - Dei-lhe um sorriso distraído, olhando para o diálogo que se desenrolava ao nosso lado. — Então como... - Antes que ela terminasse a pergunta, uma lampadazinha se acendeu em sua cabeça - Mas Prof. Lupin... Perebas não pode ser Pedro Pettigrew... não pode ser verdade, o senhor sabe que não pode... — Por que não pode? - Eu amo a atitude calma de Lupin em momentos caóticos. Seu tom me fez rir. Vou poupá-los da história que veio a seguir (ou forçar uns a lerem o livro) e pular para a parte que Lupin conseguiu fazer todos ficarem quietos e ouvirem o que tinha para dizer. Ao falar sobre sua história, ele foi ficando pálido, então eu o abracei de lado, o que resultou em olhares estranhos da parte de Harry. Hermione estava incrivelmente focada nas palavras que saiam da boca de Lupin, enquanto Ron tentava prestar atenção e fazer Perebas ficar quieto. Quando Remo chegou na parte de quando meu pai vira um animago, um sorriso surgiu em meus lábios, imaginando que a três anos atrás eu era louca para conhecer os marotos e agora eu estou ouvindo direto de um deles, sou filha de outro e ajudei um a capturar o último. Tudo isso era quase demais para mim. Sirius mantinha seus olhos em Perebas, enquanto Lupin nos envolvia com sua prosa calma. Ouvimos um barulho no andar de baixo e eu fui checar, mas não vi ninguém nem nada, então voltei para o quarto, me encostando do lado da porta. Algo começou a me incomodar, como se eu estivesse esquecendo de alguma coisa muito importante... O que será? Minha consciência pedia para que eu fosse dar mais uma olhada, mas eu ignorei, já tinha olhado e não era ninguém! Voltei minha atenção para Lupin, mas ainda tinha um frio na espinha que não me deixava concentrar na aventura dos marotos com o Aluado. Resolvi checar novamente. Mal tinha chegado na escada, vi um sapato, parado na base da mesma. SNAPE! Claro! Como eu podia ter esquecido disso?! — Professor? Sei que está aí. - Eu chamei, ainda meio insegura. — Srta. Evans. Vejo que andou ajudando o seu padrinho e o criminoso que ele chama de amigo. - Snape saiu debaixo da Capa de Invisibilidade. — Não é o que está pensando, Professor. Sirius é inoce... — Não! Sirius Black é tudo, menos inocente. - Sua voz era fria. - Como pode ajudá-los? Por culpa deles, você é uma órfã. Por culpa deles, LILY está morta! — Você está errado. - Minha expressão endureceu e eu me postei de um jeito que não o deixaria passar. — Saia da frente, Potter. Agora. Não me obrigue a tirar-la a força daí. - Sim, é muito estranho ser chamada de Potter... apesar deste ser meu sobrenome verdadeiro. — Não. O senhor não vai interrompê-los. - Arrumei a minha postura, rezando para que ele parasse. Ao vê-lo puxar sua varinha, eu fiz o mesmo, porém... Bem, ele era professor... Ele me acertou com um feitiço não-falado e eu senti meu corpo ficar leve e voar para trás, até bater no chão, de um jeito que me tirou o ar. Fiquei parada, tentando respirar de novo, enquanto Snape passava por mim e recolocava a capa. — N-Não... Po-Por favor, S-Severo... - Foi golpe baixo? Foi. Eu sabia que parecia minha mãe e tentei usar isso, deu certo por apenas um segundo, mas no momento seguinte, ele se apressou para o quarto no fim do corredor. Lá, ele entrou e depois disso eu não ouvi, pois usava minha energia para levantar. Fui engatinhando, já que ainda estava sem ar, tinha batido as costelas na quina de uma coluna da casa, até o cômodo e vi bem o momento em que Snape se revelou: — Então é por isso que Snape não gosta do senhor. - Harry concluiu - Porque achou que o senhor estava participando da brincadeira? - Me apoiando na porta, eu consegui me reerguer, já estava bem, mas tinha certeza que eu iria ganhar um hematoma. — Isso mesmo. - Snape tirou a capa e estava com a varinha apontada para Lupin.
- Gato, Rato e Cão
Palavras: 1059 Como eu odeio esperar! Odeio a expectativa do que está para acontecer! Odeio não poder participar da ação também! Depois de um angustiante tempo, Bichento saiu, correndo com suas perninhas curtas, pelo túnel e desapareceu. Fiquei distraída com pensamentos de como cozinhar gatos com rabos de escovinhas e apenas acordei quando ouvi gritos masculinos vindo na minha direção. Sirius apareceu como homem, trazendo Ron em seus braços, onde o mesmo gritava e esperneava, tentando se soltar. O mais velho jogou o ruivo em uma pilha de tecidos no canto do quarto e piscou discretamente para mim, saiu do cômodo e fechou a porta. — Lia!? O-O que faz aqui? Aquele era Sirius Black! — Calma, Ron! Respira! Temos que cuidar da sua perna primeiro, parece grave! - Coloquei, delicadamente, as mãos na perna de Ron, que estava num ângulo muito estranho. - Disse para ele não te machucar! Qual o problema dele? Parece que é surdo! Por Merlin! - Tentei improvisar uma bandagem para estancar o sangue. — Você o está ajudando? - Ronald gritou - Qual o SEU problema? Tira as mãos de mim! - Ele puxou a perna e fez uma careta de dor. — Você já vai entender... Espere só até Harry e Mione chegarem aqui... — Você está entregando Harry para ele?! O nome dela é Hermione! Não tem o direito de chamá-la de Mione, sua traidora! - Ele estava muito alterado e piorou quando Sirius voltou para o quarto e encostou atrás da porta, esperando os outros dois. Logo Harry escancarou a porta com um chute. — Rony... Você está bem? - Eles correram para o amigo, nem me perceberam. — Onde está o cão? — Não é um cão - Parece que a perna do ruivo tinha piorado - Harry, é uma armadilha... — Quê... — Ele é o cão... Ele é um animago...— Depois de Ron gemer isso, Harry se virou, a tempo de ver Black fechando a porta e lançando um "Expelliarmus" neles. Recolheu as varinhas e foi se aproximando. Nenhum dos recém-chegados tinha me percebido ainda. — Achei que você viria ajudar seu amigo. Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr à procura de um professor. Fico agradecido... vai tornar as coisas muito mais fáceis… - Harry ficou vermelho e começou a avançar, dava para ver que o que ele queria era poder matar Sirius ali e naquela hora. Fiz um gesto em direção a Harry, que apenas Ron viu. Os dois amigos seguraram meu irmão. — Se você quiser matar Harry, terá que nos matar também! - Ronald fazia um esforço enorme para ficar em pé ao lado do meu irmão. — Deite-se - Sirius disse, mais brando, para ele. Seu olhar faiscou para mim e tornou ao ruivo. - Você vai piorar a fratura nessa perna. — Você me ouviu? - Disse Ron, que também lançou um olhar discreto na minha direção - Você vai ter que matar os três! — Só vai haver uma morte aqui hoje à noite. - Claro, Black! Faça-os confiar em você dando um lindo, amarelo e louco sorriso mesmo! — Por quê? - Perguntou Harry, tentando se soltar dos amigos. - Você não se importou com isso da última vez, não foi mesmo? Não se importou de matar aqueles trouxas todos para atingir Pettigrew... Que foi que houve, amoleceu em Azkaban? - Não pude me conter e soltei um risinho meio tossido. Hermione finalmente me viu e pareceu horrorizada. — Harry! - Ela tentou chamar sua atenção - Fica quieto! - Ele não parava de se mexer. — ELE MATOU MINHA MÃE E MEU PAI! - Harry soltou e deixou todos surpresos, se desvencilhou dos amigos e avançou para Black. Vamos ver se eu consigo descrever a cena... Imagine um esqueleto, sim, um esqueleto, pode ser aqueles de desenho mesmo, branquinhos. Agora imagine uma pessoa tentando bater nesse esqueleto e o esqueleto fica se contorcendo sem conseguir se soltar da pessoa e fica soltando raios brancos de três varinhas diferentes. Essa foi a cena que eu vi. — Não - Sirius sibilou - Esperei tempo demais... - E aí, ele fez a coisa mais comum para quando se é inocente: tentou estrangular Harry. Claro! Quem nunca, né? Hermione resolveu o problema, dando um pontapé em Sirius. Resolvi me meter agora, mas antes que eu conseguisse dar um passo Harry já apontava sua varinha para Sirius e o mesmo perguntava: — Vai me matar, Harry? - Harry foi para perto dele novamente. — Você matou meus pais. - E falou mais algumas coisas que eu não prestei atenção. — Sirius. Chega de provocações. - Me aproximei da dupla. — Lia?! - Harry parecia surpreso... Muito surpreso. — Oi, Harry. Provavelmente você vai me perguntar: "o que faz aqui?" e eu tenho uma boa resposta. Mas, para eu conseguir dá-la, você tem que estar disposto a ouvir. - Examinei seu rosto. — Fale - Seu tom era frio. — É, então... Para minha resposta fazer sentido, você tem que ouvir Black primeiro... — O que!? Thalia! Esse homem matou NOSSOS PAIS! - Pelo canto de olho, vi Ron e Mione se entreolharem, confusos. - Esquece! - Harry se virou novamente para o mais velho e, antes que ele fizesse algo, Bichento pulou para proteger o coração de Sírius. De repente, ouviu-se um ruído surdo. Passos abafados soaram pela casa. — ESTAMOS AQUI EM CIMA! - O grito de Mione quase me deixou surda - ESTAMOS AQUI EM CIMA... SIRIUS BLACK... DEPRESSA! - E então, Lupin chegou. Hermione, apavorada pela reação de Remo ao chegar, revela a todos que meu padrinho é um lobisomem. Ron, que estava me observando, pergunta: — Você sabia, né? - Não me segurei e dei um sorriso "like a James" e assenti. O gemido que sucedeu foi muito engraçado e me fez sentir um pouco melhor por ter ajudado a colocá-lo nessa situação. E voltamos a conversa principal, onde Remo, que é sempre como a Lua numa noite escura, desculpe, comparação ruim... Como o Sol num dia nublado, é melhorou, conseguiu fazer com que Ron mostrasse seu rato. — Quê? - Ron parecia ridiculamente apavorado - Que é que meu rato tem a ver com qualquer coisa? — Isso não é um rato. - Sirius falou, me fazendo bater a palma da mão na testa. Bela explicação, Black. — Que é que você está dizendo... é claro que é um rato... — Não, não é - confirmou Lupin, calmamente - É um bruxo. — Ou melhor, um animago - Eu completei - que atende pelo nome de Pedro Pettigrew.
- A Predição da Professora Trelawney
Palavras: 1053 Durante a semana seguinte à vitória, tudo parecia comemorar: o tempo ficou quente, as nuvens deram uma sumida e a atmosfera da escola estava maravilhosa. Porém, algo tinha que vir para estragar... Os exames! Todos estavam tentando ignorar os gramados verdes e tentadores para focarem em seus livros grandes e entediantes, até Fred e Jorge estavam estudando! Eu estava estudando com Mione as matérias que eu tinha com ela, mas como a menina estava sempre ocupada com todas as matérias de uma vez, então tentei evitar ficar pedindo para me explicar as coisas. Parecia que as outras matérias estavam tranquilas para eu estudar, então nem precisei incomodar os alunos mais velhos pedindo explicações. Numa noite, ouvi o Trio conversando sobre o recurso de Bicuço e me lembrei que ainda não tinha falado com Hagrid direito... Achando que a capa de invisibilidade de Harry ainda estava escondida na Bruxa de um olho só, fui conferir. Estava! Peguei-a e me cobri, como eu era pequena, consegui me esconder totalmente. Não sabia muito bem como eu ia burlar as regras desta vez, mas nem precisei pensar muito, pois Lupin surgiu no fim do corredor, resmungando enquanto lia: – Hm... O corredor leste está vazio, talvez se pular a janela e der uma volta, seja possível chegar na orla da floresta... Entendi que eram instruções para mim, que padrinho maravilhoso que eu tenho! Ele deve ter me visto no Mapa. Corri para seguir o caminho falado por Remo, com a capa de meu pai balançando e me protegendo dos olhares alheios, apesar do castelo estar quase vazio. Parece que ele ainda não tinha me visto durante as visitas a Sírius. Cheguei ao gramado na frente da cabana de Hagrid antes que me desse conta, bati na porta. – Quem é? - O gigante soou desconfiado. – Sou eu, Rúbeo! - Escutei um palavrão e a porta foi aberta, Hagrid estava segurando uma besta enorme - Para que isso? - Entrei, tirando a capa. – Achei que a capa fosse de Harry. E isso - ele deu um tapinha na arma - é para caso fosse Black. – Entendi. Eu peguei emprestada... - Dei um sorriso maroto. Eu percebi que durante a semana de provas o castelo ficava estranhamente quieto... Um exame que vale a pena citar é o de D.C.A.T., onde tínhamos que passar por um grindylow, alguns barretes vermelhos, um hinkypunk e, no final, um bicho-papão. Harry ganhou nota máxima, Ron teve um pequeno problema com o hinkypunk e aí chegou a minha vez: fui bem, até chegar no bicho-papão... Depois do exame, Lupin disse que eu parecia extremamente pálida, mas eu também tinha ganho nota máxima! Hermione foi (e teve um problema com a última parte também) e nós quatro subimos para o castelo. Lá vimos Fudge. – Olá, Harry! - exclamou - Acabou de fazer um exame, suponho? Chegando ao fim? – Sim, senhor. - Harry respondeu, eu me escondi atrás do ruivo alto que estava conosco - vulgo Ron - e Mione me lançou um olhar estranho, ainda bem que estava com a touca da capa, que escondia meus cabelos e meu rosto... Eles conversaram e o Ministro saiu, levando junto um representante da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas e um carrasco. O Trio ficou preocupado e eu não podia lhes dizer nada a não ser que tudo acabaria bem... Fomos prestar os últimos exames depois do almoço, Harry e Ron foram para a Torre de Astronomia e eu e Hermione fomos para Estudos dos Trouxas. Foi uma prova tranquila, afinal, eu vivi 11 anos no mundo trouxa! Depois da prova, eu passei por uma janela que dava vista para o Salgueiro Lutador, onde vi Bicuço ao longe, acorrentado, e uma forma muito pequena correndo naquela direção. De repente eu lembrei: Era hoje. Seria nessa noite que Perebas iria deixar de existir e Rabicho iria selar o destino de Cedrico Diggory... Corri para a Bruxa de um olho só, onde tinha devolvido a capa, e vi Mione correr para lá também. Me escondi antes que ELA me visse, consegui enxergar Mione pegar a capa e voltar para o caminho que levava para a Sala Comunal da Grifinória. Ao ver isso, dei meia-volta e corri para a janela tão conhecida por mim e a pulei. Refiz o caminho que sabia de cor e encontrei Bichento perto do Salgueiro. – Posso? - Acariciei entre suas orelhas e o gato pulou entre os galhos da árvore, pisando em seu nó e me deixando entrar. - Obrigada, Bichento. - Me apressei para dentro da passagem, vendo a porta da cabana de Hagrid se abrir ao longe. Está chegando a hora... – Thalia? - A voz rouca do padrinho do meu irmão me chamou do outro lado do túnel. – Sim. Tenho que te contar uma coisa, Sirius, que talvez você vá gostar. - Cheguei bem perto e dei-lhe um abraço. - Venha. - O puxei para o quarto que mais tarde estaria cheio de gente. – O que foi, Thalia? - Bichento se juntou a nós quando Sirius me perguntou. – Você tem que pegar Rabicho hoje. - O olhar lançado para mim me fez explicar melhor - Hoje ele estará fora do castelo, apenas com Harry e mais dois amigos, o próprio dono do rato estará com ele. Sua chance será daqui a alguns minutos, tome cuidado para não machucar os garotos... Quando terminei, Black assumiu uma expressão que o deixou parecido com um adulto de verdade. Ele assentiu e disse que iria sair imediatamente, me deixando ali com Bichento para ajudar na segunda parte do plano. Parece que ele realmente quer vingança... Assim que ele partiu, eu comecei a ficar nervosa, andava de um lado para o outro e, pelo olhar que o gato me lançava, irritei Bichento. O tempo lá parecia passar mais devagar que o normal, eu sabia que não faltava muito tempo para Sirius trazer Ron, mas mesmo assim, fiquei tentada a ir espiar como andavam as coisas, mas isso era algo que eu não podia fazer, então, me sentei e comecei a recitar todos os pontos principais que estavam para acontecer. Quais deles eu poderia participar? Quais deles me seriam proibidos? Quantos desastres eu teria que ver, até finalmente, fazer o que fui destinada a fazer? Um frio na barriga me atingiu quando lembrei que Remo iria embora no fim deste ano... Queria poder impedir isso também... Mas como?
- A Final do Campeonato de Quadribol
Palavras: 1137 Hermione entregou um bilhete para os meninos, que assumiram expressões graves. De onde eu estava, só podia ver Hermione chorando e os meninos revoltados com o bilhete. Vi que Ron disse algo e Mione o abraçou, apressei o passo. Já sabia o que estava no bilhete, mas mesmo assim, a tristeza e a indignação me acertaram com força. – Mione? - Abracei a menina, que ainda chorava bastante, e lancei um olhar desconfiado para Ronald. - O que aconteceu? - Perguntei depois dela desejar seus pêsames para Ron e ele lhe responder, corado. – B-Bicuço, Lia. - Mione soluçou - Ele foi condenado a execução. – Oh, não... - Apertei meu abraço, minha consciência pesou de saber que eu não podia fazer nada para acalmá-la, mesmo sabendo que ela própria salvará o hipogrifo da morte. – Espera aí! Lia! Você sabia sobre Bicuço? - Congelei quando Harry me perguntou isso. – Como assim? – Oras, você sabia que ele estava indo a julgamento? - Respirei mais tranquila. – Ela estava me ajudando a pesquisar... - Hermione se encolheu. Os dois meninos se entreolharam e Harry me lançou um obrigado sussurrado. Sorri e os arrastei em direção à Sala Comunal. O trio só pode falar com Hagrid durante a aula de T.C.M. (Trato das Criaturas Mágicas), onde insistiram para eu ir junto. Durante a conversa, eu me mantive quieta, até o olhar de Hagrid chegar a mim. – Não é possível! - Por quê, pelas cuecas de Merlin, TODOS falam isso?! Já deixou de ser hilário e passou a ser quase irritante. - Você é igualzinha a Lily Potter! – Hm... Hagrid... Essa é Thalia Evans, a aluna transferida. - Harry apresentou, meio hesitante. - Ela meio que estava na sua aula desde sempre. - Ele deu uma risadinha tímida. – Thalia... Conheço esse nome de algum lugar... - De repente uma luz surgiu em seus olhos, eu percebi que ele tinha lembrado quem eu era. - Você é... – A aluna que veio de Beauxbatons. Isso mesmo! - Tentei o alertar com o olhar, parece que deu certo, pois ele sorriu para mim. – É bom saber que você está bem. - Nunca imaginei que Hagrid poderia ser misterioso. Ainda bem que ele pode. Sorri de volta e eles voltaram para a conversa sobre o Bicuço, já que o ruivo e a morena não tinham ouvido nossa pequena revelação. Já na entrada do castelo, o meio-gigante foi-se, chorando, enquanto Malfoy debochava dele. Não deu tempo de ninguém reagir, antes de Mione dar um tapa na cara de Draco Malfoy. O que se passou depois, ou seja, o resto do dia, não foi nem um pouco interessante quanto observar a linda marca da mão de Mione no rosto pálido e mal-humorado de Draco. Porém, durante as aulas da tarde, eu tinha um tempo livre, por isso fui passear por Hogwarts. Enquanto passava pela escadaria que levava para a sala de Adivinhação, quando fui atingida por algo, ou melhor, alguém. – Mione? - Coloquei a mão a cabeça, enquanto a morena me ajudava a levantar. – Lia. Me desculpe! Não tinha te visto aí. – Tudo bem, mas você não devia estar na aula de Adivinhação? – Eu saí. - Ela parecia bem satisfeita consigo mesma. – Entendi. Bem, então é melhor correr para chegar a aula de Aritmancia. - Sorri para ela e sai, sabendo que ela iria usar o Vira-Tempo. Finalmente as férias de Páscoa chegaram! Todos pareciam sobrecarregados, mas eu tinha conseguido me livrar dos deveres, talvez com uma ajudinha da dupla ruiva, mas eu ainda revi o que eles fizeram e corrigi, além de passar para a minha letra. A atmosfera de todo o castelo estava carregada por causa do jogo que se aproximava, era um clássico Grifinória-Sonserina, o que só piorava as coisas na inimizade Potter-Malfoy, mas na minha opnião, isso deixava tudo mais interessante, já que era ingênua até esse ponto. Poucos dias antes do grande jogo, perguntei para Harry, quando ele iria contar para os amigos sobre nosso parentesco. – Assim que as coisas acalmarem, Lia... Assim que as coisas acalmarem - Ele respondeu, distraído. Na noite anterior ao jogo, enquanto Fred e Jorge faziam bagunça na Sala Comunal, eu consegui burlar as medidas de segurança, indo, assim, ao encontro de Sírius. O esperei na orla da Floresta, protegida pelas sombras das árvores. Avistei dois quadrúpedes vindo em minha direção, mas um movimento numa das janelas do castelo me fez estancar. Bichento correu à frente do cão e me alcançou primeiro. – Mande aquele inconsequente do Sirius ir para as sombras, vocês foram vistos. - E assim, o gato voltou para o grande cachorro, que baixou as orelhas e deu a volta para dentro da floresta. Nos encontramos lá e conversamos mais, ele tinha várias perguntas e histórias. Voltei para o dormitório antes que dessem falta de mim. No dia seguinte, o time da Grifinória foi recebido com palmas no Salão Principal. Eles saíram mais cedo para ver as condições do campo, e, assim que nos foi liberado para irmos também, eu corri para o vestiário. Antes de Harry ir para o campo eu o chamei. – Harry? – Lia? Não deveria estar na arquibancada? – Vim só desejar boa sorte. Mione e Ron estão guardando o meu lugar. – Entendi. - Ele suspirou - Bem, obrigado. Dei um sorriso e me apressei em direção à arquibancada. De lá, eu vi todos os lances e ainda estava bem onde Harry e Draco mergulharam para pegar o pomo! Gritei muito e vibrei com toda a torcida, quando finalmente ganhamos a Taça! Todos pareciam incrivelmente felizes, o que é ótimo, mas por causa disso, só consegui falar com Fred e Jorge depois, durante a festa de comemoração. – Fiquei sabendo que só o Potter ganhou um Boa Sorte, senhorita Evans. - Jorge passou um braço pelos meus ombros. – Na hora que eu fui lá, vocês já tinham ido, a culpa não foi minha! - Minha resposta fez Jorge dar risada, enquanto Fred apenas me olhou estranho - O que há, Fred? – Nada, Lih, só estava pensando. – Hm... isso é perigoso - Eu e Jorge rimos, Fred apenas revirou os olhos e deu um sorriso de lado, depois eu me afastei, para falar com Harry e deixei os gêmeos fazendo bagunça pela Sala Comunal. – Aquele último lance foi maravilhoso! - Ron parecia realmente entusiasmado. – Foi mesmo! - Me meti na conversa e me apoiei no ombro do ruivo. – Mas agora que já foi, que já ganhamos a Taça, é melhor nos concentrarmos nos exames que estão para acontecer. – Você tem que lembrar disso, né Mione? - Fiz uma careta para ela. – Vocês ficaram bem amigas... - Harry observou. – É, parece até estranho, a facilidade com que ficamos tão amigas. - Conversamos mais um pouco e depois eu fui dormir. Mesmo com essa velocidade lenta de eventos, logo, logo as coisas chegarão no climax. Preciso estar bem descansada para isso.
- O Ressentimento de Snape
Palavras: 1122 Depois do "ataque" à Ron, vindo de Sirius, não de mim, o ruivo virou uma espécie de celebridade, dava para ver seu orgulho inchando. Fred e Jorge, apesar de realmente estarem preocupados, viviam tirando sarro do jeito pomposo que o irmão contava sua história. Um dia desses, eu vi Hermione sozinha na biblioteca, me aproximei devagar, ainda meio hesitante. – Hermione? - A chamei. – Ah! Olá, Lia. Não te vi aí. - Ela parecia ter esquecido sobre Lupin. Ótimo. – Parece sobrecarregada, Mione. Quer uma ajuda? – Sim, seria ótimo! Na verdade, agora eu não estou fazendo trabalhos agora, mas estou pesquisando sobre... – Casos de hipogrifos! É para ajudar o Hagrid, né? - Ela me olhou surpresa - Não me pergunte - Demos risadas. - Muito bem, como eu ajudo? – Bem... pode começar procurando alguns argumentos para Hagrid usar a seu favor, eu vou procurar a defesa. - E a partir daí, eu ajudei Mione com o caso do hipogrifo e ela teve mais tempo para terminar suas tarefas. Não fui com ela para entregar as pesquisas para Hagrid porque ela precisava desse tempo com alguém que ela já confia. Na véspera da próxima visita à Hogsmeade, Fred se sentou no braço da minha poltrona. Jorge e Lino passaram sorrindo de um jeito estranho e saíram para as cozinhas. – Então, ruivinha, você vai para Hogsmeade amanhã? - Ele tomou o livro que eu lia do meu colo. – Não vai dar, Weasley. Eu tenho muitas tarefas nesse fim de semana para fazer. - Meus planos para o fim de semana vão decidir algumas coisas... – Entendi. Poxa, eu ia te chamar para me ajudar a reabastecer nosso estoque de bombas de bosta. - Rimos. – Nem vai rolar, Fred. Eu estou realmente ocupada desta vez. – Fazer o que, né - Ele deu de ombros, me deu um beijo na testa e foi-se. Para esclarecer, eu pretendia falar com Black nesse fim de semana, vai que dá certo. Na manhã seguinte, me despedi dos gêmeos e de Mione, que ainda estava bem preocupada com Hagrid e Bicuço. Ron me olhou com desconfiança e Harry passou bagunçando os meus cabelos. Parece que ele se acalmou depois do meu discurso para o amigo dele. – Onde vai? - Perguntei ao ver ele se apressar pela escadaria. – Vou para a Sala Comunal. – Sei. Sabe, Harry, talvez seja melhor você tomar cuidado. Nunca se sabe quando um descuido pode acontecer. – Pode deixar. Serei muito cuidadoso. Até mais - E correndo, ele se foi. Assim que percebi que não seria vista por ninguém, eu fui, tomando os devidos cuidados, em direção ao Salgueiro Lutador. Nem Remo poderia saber ainda do que eu estava fazendo. Já perto da árvore, Bichento veio me recepcionar. – Olá, Bichento. - Acariciei entre suas orelhas. - Será que você poderia me deixar entrar? - Fiz um gesto com a cabeça em direção ao Salgueiro. O gato miou, se esfregou em mim e pulou na direção do nó do tronco da árvore. - Acho que isso é um sim. - Entrei pelo buraco, localizado entre as raízes. O túnel estava escuro e úmido, mas ainda era transitável. Eu estava quase no fim da passagem quando escutei um rosnado baixo e ameaçador. Me virei lenta e calmamente e a primeira coisa que eu vi foi uma massa escura de pelos e dentes, a forma canina de Sirius realmente é enorme. – Ahn... Sirius? - O cão me olhou surpreso e, sabendo que eu iria querer manter a distância atual intacta, ele veio se aproximando, me conduzindo para a Casa dos Gritos. Chegamos no primeiro cômodo, onde eu tropecei num piso solto e cai, ao mesmo tempo que o cachorro negro à minha frente se tornou um homem magro e desgrenhado. – Não é possível! Eu estou mesmo ficando louco! - Falou, com uma voz rouca. Seu olhar, apesar de suas palavras, parecia bem lúcido para mim. – S-Sirius Black? Senhor? - Minha voz saiu tremida, não me julguem! Um dos meus heróis estava bem na minha frente, é natural a voz tremer, além disso, ele é um dos marotos, que eu nem sempre apoio, mas que no geral são pessoas incríveis. – Até a voz é parecida! Minha mente enlouqueceu! Suma daqui, Lily! - Ele veio para cima de mim. – O-O que? Não! Espere! Sirius! - Ele agarrou meus braços. - Eu não sou a Lily! – Então quem você seria? Você é idêntica a ela e me reconheceu na outra forma! Você é uma criação da minha mente! VOCÊ ESTÁ MORTA! – NÃO! Eu não sou ELA! Meu nome é Thalia! Sou a filha dela... - Seus olhos se arregalaram e sua boca se escancarou. Suas mãos, antes me prendendo como ferro, se tornaram suaves como seda e me puxaram para um abraço. Eu tremia. Muito. – C-Como é possível? Você sobreviveu! HAHAHA Maravilha! - Ele agora ria como uma criança. - Bem que eu achei estranho, algo em você me lembra tanto o James. Por Merlin, garota, você me assustou! – EU te assustei? VOCÊ é o "assassino super-perigoso" aqui. - Dei uma piscadela irônica. Pelo sorriso que recebi de volta, percebi que tínhamos muito o que conversar. Não percebi o tempo passando, só me dei conta que precisava voltar quando Bichento entrou na casa e começou a miar como um louco. Assim que voltei para os terrenos de Hogwarts, notei que o céu já estava praticamente escuro. Durante a minha corrida de volta para a Torre da Grifinória, avistei Lupin, Harry e Ron no corredor. – Porque... - Lupin parecia segurar algo - porque a intenção desses fabricantes de mapas era atraí-lo para fora da escola. Teriam achado isso muitíssimo divertido. – O senhor os conhece? - Perguntou Harry, eles estavam falando sobre o mapa. Ah, meu querido Harry, mais do que conhecer, Remo é um deles. Me aproximei a ponto de pegar a última parte do sermão de Lupin: – É uma retribuição indigente, trocar o sacrifício deles por uma saca de truques mágicos. - E se afastou, me lançando um olhar de aviso. – Vejo que ignorou o que eu te falei. - Passei um dos braços pelo pescoço do moreno. – Não foi isso, Lia... Eu me descuidei um pouco... - Ele parecia tão mal que decidi nem zoá-lo. Ron ficou vermelho e se virou para mim. – Por que Harry teria que te escutar, de qualquer jeito? – Vejo que não contou para ele. - Olhei de Ron para Harry, entediada. – Não me amole, estou esperando eu mesmo me acostumar com a ideia primeiro. - Os meninos saíram, com o ruivo olhando confuso para Harry. Voltei para o meu caminho original e vi Hermione sair pelo buraco do quadro da Mulher Gorda e falar algo com os meninos. Pela sua cara, era algo realmente ruim... O que acontecia agora mesmo? Lembrei... Ah não... Bicuço!
- Presos e fase 1 do Grande Plano
Palavras: 1186 Mira’s POV: – Hã... Levy-chan? – Depois de me recuperar do susto, eu me fiz de desentendida – Que menina? – Entretanto, infelizmente, demorei muito para reagir. Todos já haviam se aproximado e Natsu e Juvia gritaram também: – AQUELA! – Ambos apontaram para onde Mayumi-chan estava, porém, ela evaporou rapidamente no ar. Os outros olhavam em volta, confusos. Parece que apenas os três tinham visto a morena, então nem hesitei em me aproveitar disso... Pessoal, me desculpem! – Hã... Vocês estão bem? Quer dizer... – Lucy hesitou antes de continuar a falar – Não tem nada ali... – Como não? Eu vi! – Levy olhou para mim incisivamente – Mira-san estava falando com ela! – Todos passaram seus olhos para mim. Suspirei. – Eu acho que vocês deveriam beber algo gelado urgentemente. O calor deve estar afetando vocês. – Vi Lucy concordar comigo, enquanto Gajeel dava uma risadinha meio preocupada e o resto da guilda assentiu – Vou buscar, esperem aqui, okay? – Me virei e corri para a dispensa antes que os que viram o espírito pudessem reagir. – Mayumi-chan! Mayumi-chan! – Gritei, assim que tive certeza que estava sozinha. A morena apareceu na minha frente, dando pulinhos e parecendo animada, o que me surpreendeu e enfureceu. – Mirajane-sama! Não é maravilhoso? – Mas eles te viram! – Pelo jeito, a minha expressão horrorizada não a afetava. Dando pulinhos de alegria, o espírito respondeu a minha pergunta subentendida na afirmação. – Eu sei! Isso é perfeito! Seres físicos só podem me ver em dois casos até onde eu sei, Mirajane-sama. O primeiro é quando eu decido aparecer, como você. Mas o segundo... é o melhor, porque o segundo torna o nosso trabalho muito mais fácil! As pessoas também se tornam capazes de me enxergar quando... aceitam seus sentimentos por outra pessoa! Isso é maravilhoso! Ah, estou tão animada! – A pequena parecia estar em êxtase. – Se bem que agora, nós teremos que adaptar o plano, porque eu não posso ser vista ainda... – Ela se pôs a pensar. Respirei fundo, aquilo era muita informação para a minha cabeça. Por isso, comecei a organizar essas novas informações: – Vamos nos focar na primeira parte do plano primeiro, adaptar e depois pensamos no que fazer com o resto... – Aye sir! – Mayumi-chan sorriu para mim, que não pude deixar de retribuí-lhe. De repente, ouvimos um estrondo e vozes altas. – Jellal e Bacchus devem ter seguido as instruções da carta que mandamos, vou começar o plano e é melhor que Mirajane-sama esteja do lado de fora quando tudo acontecer. – Assenti e o pequeno espírito sumiu. Esperei até que ouvisse uma explosão do lado de fora da guilda e me apressei para sair dali o mais discretamente possível. Minha cúmplice havia dado um jeito para que nossos alvos ficassem para trás, ainda dentro da guilda, enquanto todos saíram para ver o que estava acontecendo. Fui a última a sair, então, me virei e tranquei a porta com mágica, deixando meus amigos/alvos lá dentro sozinhos. – Mayumi-chan, bom trabalho! – Sussurrei, feliz. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Mais cedo, quando Mira-san desceu para a despensa, Levy, Juvia e Natsu começaram a ser tratados como se estivessem passando mal, o que os irritou rapidamente. – Tampinha, você tem certeza que viu isso? – Gajeel a olhava com descrença, a azulada não respondeu, apenas dirigindo um olhar raivoso para o Dragon Slayer. – Levy-chan, deve estar cansada, não a aborreça, Gajeel! – Lucy se sentou ao lado da amiga, que suspirou pesadamente. – Natsu, pare de brigar com Gray e sente-se também! Vai passar piorar se não sossegar! – Mas Luce! Eu não estou passando mal, eu vi e ponto final, não foi, Juvia e Levy? – Ambas concordaram, porém desistiram de discutir com os outros. Erza se juntou a eles e depois Cana veio para os divertir, enquanto tomava seu último barril. Lissanna e Bickslow chegaram juntos a guilda e, tentando evitá-lo, a albina se sentou entre Lucy e Juvia, já o cavaleiro foi atrás de seu grupo, que estava no canto mais distante da albina. Elfman chegou também. – Não é coisa de homem falar que viu garotinhas que não existem! – E lá estava mais uma briga com Natsu no meio. Wendy, Macao e Romeo entraram no lugar, as crianças indo atrás de seus amigos e o mais velho indo conversar com o velho amigo Wacaba. – Eu... tive a impressão que ela me era familiar... – Levy sussurrou, mais para si que para os outros, e não percebeu que Gajeel a escutava – Mas não seria possível... ela... ela não poderia estar aqui... Balançando a cabeça para esquecer isso, não percebeu o silêncio que se instalara na guilda mais barulhenta de Fiore. Todos olhavam para as figuras que acabaram por aparecer juntas na grande entrada do edifício. – Jellal? – Uma Erza descrente e pasma sussurra. – Bacchus? – Cana já não é tão discreta e grita o nome do “rival”, que ouve e olha em sua direção. – Ah! Olá Cana! Pessoal – ele cumprimentou todos com um aceno de cabeça – Fiquei feliz pelo convite que me fez, quais serão os termos da aposta? – A esta altura, ambos os homens já estavam perto da mesa onde Juvia ainda se lamentava. – Que aposta? Como assim, eu te fiz um convite? – Os dois bêbados estavam confusos, enquanto acontecia um reencontro dos amantes “proibidos” na mesma mesa: – O que faz aqui, Je- Quer dizer, Mystogan? – Erza ainda não podia crer no que via. – Eu fui convidado por Mirajane-sama, Erza... acho que ela queria falar algo comigo... – Uma cadeira foi jogada, interrompendo sua conversa. A ruiva começou a gritar com Natsu por fazer algo assim e ele começou a gritar com ela que a culpa era de Gray até Jellal se levantar e sentar em um banco vago. Evergreen e Bickslow foram, violentamente, puxados para perto deles, ao mesmo tempo que Levy e Juvia gritavam: “ALI!” E apontavam para uma forma feminina que apenas elas viram. Eles estavam muito ocupados em achar algum sentido na confusão que começou para perceberem a pequena explosão do lado de fora da guilda, a mesma explosão que chamou a atenção do resto de seus companheiros e que os mesmos saíram para ver o que era. Ninguém viu Mira-san sair de fininho e só perceberam que estavam trancados quando Lissanna, ainda brava por Bickslow ter “se jogado” nela, tentou sair. – Mira-nee! – A albina mais nova gritava. – Não estamos conseguindo abrir a porta, Lissanna! – Mira tentava esconder um sorriso atrás da porta – Teremos que esperar o Mestre, acha que conseguem esperar algumas horas? – A pequena maga olhou em volta, parecia que apenas as mulheres ali dentro estavam ligando para o fato que demorariam a sair. – A-Acho que sim, Mira-nee..., mas por favor, continuem tentando! – Claro! – Mirajane olhou para trás, onde os outros magos estavam. Todos estavam, de fato, ocupados, uns jogando cartas, outros rindo de piadas antigas, mas nenhum estava realmente tentando abrir a pesada porta de madeira.