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Novo Correio-Coruja

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1108


Eu achei que iriam dar falta de mim apenas no dia seguinte, mas antes mesmo de eu e gêmeos voltássemos para a Sala Comunal, Snape me alcançou, transtornado, seguido por Fudge e Dumbledore. Ele me olhou com raiva, eu sabia que já tinham notado a fuga do Sirius e que Snape achava que eu estava envolvida, mal sabe ele que eu nem fiz nada e foi apenas meu irmão e Mione.


— Srta. Evans! - Fudge me olhou preocupado - Não deveria estar na enfermaria?


— Madame Pomfrey a liberou mais cedo, ministro. -Jorge se adiantou em responder.


— Entendo. Fico aliviado em saber que Black não a machucou muito, Srta.


— Sei... Obrigada pela preocupação, ministro. - Ele acenou com a cabeça e partiu, com Dumbledore que piscou para mim. Snape não havia nem parado para esperar o ministro. Os gêmeos riram e eu dei um sorrisinho típico dos Potter. Foi uma noite bem interessante.


No dia seguinte, lá pela hora do almoço, eu fui chamada na enfermaria, onde eu passei no minimo uns 30 minutos ouvindo um belo sermão de Madame Pomfrey sobre não fugir da Ala Hospitalar... Harry e Hermione foram liberados, mas eu ainda teria que fazer visitas diárias para compensar todas as horas que eu passei fora da enfermaria.


Quando saía da enfermaria na visita do fim de semana, lembrei de algo que aconteceria e me apavorei. Ainda não tinha visto Lupin e ele iria se demitir... Precisando vê-lo, corri com todas as minhas forças para seu escritório, onde ele já arrumava suas coisas.


— Você não pode ir. - Encostei a porta. - Não pode!


— Lia - Ele suspirou. Seu rosto estava abatido e uma nova cicatriz havia aparecido. - Não há nada que você possa fazer, Thalia. Eu tenho que ir, sabe disso.


— Eu não sei de NADA! Só de uma coisa: você TEM que ficar! Quem vai me ajudar aqui? Você não pode me deixar assim!


— Parece até que estamos terminando. - Ele deu uma risadinha, mas vendo que eu não achei graça, ele acrescentou - Lia, eu ainda sou o seu padrinho e sempre serei. Nunca vou deixá-la, mas está na hora de você achar o seu caminho sozinha… E ainda precisamos conversar sobre a senhorita conversar com Sírius pelas minhas costas.


— Eu ainda vou morar com você, né? - O abracei, como não fazia há muito tempo.


— Claro, querida. Até você cansar de mim. - Lupin deu uma olhada no Mapa aberto em cima da mesa dele, dava para ver o ponto Harry Potter se movendo rapidamente para o escritório. Alguns minutos depois, a porta foi aberta pelo próprio Harry. - Vi-o chegando - Remo deu um sorriso.


— Acabei de encontrar Hagrid e soube dele que o senhor pediu demissão. - Ele passou seus olhos de mim para Lupin. - Não é verdade, é?


— Receio que seja - O professor me afastou delicadamente para poder terminar de arrumar suas coisas. Depois de falar mais um pouco e devolver a Capa de Invisibilidade para Harry e me dar o Mapa, Dumbledore entrou para anunciar que o coche de Lupin estava pronto.


— Não vá... - Fiz manha, mesmo sabendo que não ia funcionar.


— Até as férias, Lia. - Me deu um sorriso e pegou sua mala. - Bom... adeus, Harry. - e ele saiu da sala.


— Vou com ele até o coche. Professor Dumbledore, Harry - Acenei com a cabeça para os dois e sai atrás de Lupin. - Nos dias seguintes, Harry parecia sempre perdido em pensamentos, então eu sentei com ele numa noite e dei um dos meus conselhos misteriosos que o deixam confuso e jogam na cara dele que eu sei mais:


— Sabe, Harry, se você se preocupar demais com o futuro, você acaba esquecendo do presente. Relaxe, na fala da profeta, não havia um "imediatamente" nem nada do tipo. - Pisquei e fui atrás dos gêmeos e de Lino, que jogavam algo barulhento e engraçado num canto da Sala Comunal. Na véspera das férias, Hermione me encurralou no quarto, estávamos sozinhas e ela me fez sentar na cama.


— Mione? O que foi?


— Lia, está na hora de você me explicar como sabe tanto, tanto do futuro, quanto do presente e do passado! Parece que sabe tudo sobre nós e o que acontece à nossa volta! - Suspirei. Eu confiava em Mione, então resolvi contar a ela uma parte da verdade. Não tudo, mas sendo a personagem que mais sabe e descobre as coisas mais rapidamente, eu decidi que não tinha tanto problema ela saber de alguns detalhes.


Já no Expresso de Hogwarts, eu me despedi de Harry antes de chegarmos à estação, pois ainda não era a hora de eu me mostrar para tia Petúnia. Fiquei num compartimento com Fred, Jorge e Lino. Passamos a viagem inteira rindo, porém pouco antes de pararmos na estação King Cross, Jorge teve que ir no banheiro e uma peguete de Lino passou, ele obviamente foi atrás dela, ficamos apenas eu e Fred na cabine. Ele estava sentado ao meu lado, com o braço nos meus ombros e uma das pernas em cima das minhas.


— Folgado, hein, Weasley. - Empurrei sua perna. Ele fez uma careta, mas de repente seu semblante ficou sério. Seus olhos prenderam os meus como ímãs, ele foi se aproximando bem devagar...


— PELAS BARBAS DE MERLIN, NÃO POSSO NEM IR AO BANHEIRO E DEIXAR VOCÊS SOZINHOS MAIS! - Jorge abriu a porta do compartimento com tudo, me dando um susto e fazendo Fred se afastar.


— Tinha mesmo que gritar? - Fred empurra seu irmão, que cai sentado no banco da frente.


— Tinha. - Ele afirma e pisca para mim. Não consigo segurar e dou uma risada, que logo é seguida pela dos meninos. - Do que estamos rindo mesmo, casal?


— N-Não somos um casal, Jorge - Corei violentamente.


— Mas é idiota mesmo. - Fred dá outro empurrão, o que acaba começando uma "briga" entre os gêmeos.


— Okaay, parem com isso antes que me acertem! - Exclamei e eles pararam. Lino chegou nessa mesma hora, com os lábios inchados. Felizmente para mim e infelizmente para ele, Lino virou o alvo dessa vez. Descemos na estação e de longe, vi Harry atravessar a passagem com os amigos, Lino se despediu da gente e foi atrás da mãe que o esperava por ali.


— Aqui, Lih. - Fred me entregou um papel com algo escrito. - É para você me mandar uma carta, aí eu posso responder e nós poderemos conversar.


— Claro! - Eu entrei em êxtase! - Até mais, Fred e Jorge, nos veremos de novo. - Acenei para eles e corri para a passagem para o mundo trouxa, onde num cantinho isolado, uma figura de capuz me esperava. Foi um ótimo ano esse.

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