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O Segredo de Hermione

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1177


— O SENHOR NÃO TEM, NÃO! - Foi o que ouvi assim que normalizei a respiração - O SENHOR PEGOU O HOMEM ERRADO! - Era a voz de Harry. Parece que ele e Hermione estavam "argumentando" com Snape e Fudge. Madame Promfrey me viu acordada e trouxe um pedaço enorme de chocolate.


— Como se sente?


— Como se eu tivesse sido espremida e depois congelada. Obrigada - Aceitei o chocolate.


— Potter já foi arranjar confusão.


— Ele está apenas fazendo o que acha certo, Madame Promfrey. - A enfermeira olhou para mim e deu um sorriso, ela passou a mão na minha cabeça e saiu. Deixei meus pensamentos voarem, ainda tendo o pesadelo em mente.


— NÃO ESTAMOS CONFUSOS - Pelo amor, Harry! Sua voz é maravilhosa, mas pare de gritar! Depois de Madame Promfrey insistir muito, os dois obtusos, quer dizer, os dois homens iam se retirar, mas Dumbledore entrou na enfermaria e pediu para falar com Harry e Hermione a sós. Depois de todos os outros saírem, as duas crianças começaram a despejar a história no diretor, que levantou a mão, em sinal de silêncio.


— É a vez de vocês ouvirem, e peço que não me interrompam, porque o tempo é muito curto - disse o professor - não existe evidência para sustentar a história de Black, exceto a palavra de vocês... e a palavra de dois bruxos de treze anos não irá convencer ninguém. Uma rua cheia de testemunhas jurou que viu Sirius matar Pettigrew. Eu mesmo prestei depoimento ao ministério que Sirius era o fiel do segredo dos Potter.


— O Prof. Lupin pode lhe contar...


— O Prof. Lupin no momento está embrenhado na floresta, incapaz de contar o que quer que seja a alguém. - Nessa hora eu soltei um gemido estrangulado - Quando voltar à forma humana, será tarde demais, Sirius estará mais do que morto. E eu poderia dizer que a maioria do nosso povo desconfia tanto de lobisomens que o apoio dele contará muito pouco... e o fato de que ele e Sirius são velhos amigos...


— Mas...


— Ouça, Harry. É tarde demais, você entende? Você precisa admitir que a versão do Prof. Snape sobre os acontecimentos é muito mais convincente do que a sua.


— Ele odeia Sirius... - Sussurrei.


— E tudo por causa de uma peça idiota que Sirius pregou nele...


— Precisamos é de mais tempo— A reflexão de Dumbledore fez Hermione dar um salto. O vira-tempo! Depois de dar mais algumas instruções, ele se virou para sair, mas antes eu perguntei:


— Professor? - Ele passou a olhar para mim - Será que eu... Será que eu não poderia... ir também? - Eu estava hesitante para caramba, porque meio que já sabia a resposta...


— Não, Srta. - Abaixei a cabeça, pronto. Ai está a minha resposta. - Porém, acho que é possível que você consiga se despedir de Sirius, quando a noite acabar. - Ele deu uma piscadela e saiu. Um sorriso surgiu nos meus lábios e eu pousei meu olhar na dupla na minha frente. Harry parecia confuso, ao mesmo tempo que Hermione parecia cheia de energia. A morena se levantou e prendeu uma correntinha de ouro em seu pescoço e no do Harry.


— Tomem cuidado, hein! - Mione me lançou um sorriso enquanto girava três vezes a ampulheta dourada. Assim que eles saíram, eu levantei, ainda com dor nas costelas por causa do hematoma que apareceu nelas, como previsto. Corri para a porta e ouvi Dumbledore conversar com Madame Promfrey, me dando cobertura para fugir da enfermaria. Enquanto Harry e Hermione estavam explorando o passado, eu explorava o castelo de Hogwarts, procurando ir para o lado esquerdo da escola.


Sabe aquela fantasia que a maioria dos alunos tem quando mais novos, de ver sua escola a noite? Então, eu realizei isso e, só para constar, Hogwarts é assustadora quando a noite está escura e você está com pressa e machucado. Estava quase chegando na Torre Oeste quando ouvi um ruído de explosão... Não tenho muito tempo. Subi correndo, chegando no topo da Torre ao mesmo tempo que um hipogrifo que carregava duas crianças e um adulto mal- alimentado. Sorri e fui recebê-los.


— Consegui chegar! - Me aproximei de Bicuço, com cuidado, claro.


— Lia! - Harry se virou para mim, parecia orgulhoso de algo, provavelmente do patrono que acabara de conjurar. - Sirius, é melhor você ir embora. - Sirius fez umas perguntas e nós o mandamos embora, mas não antes de eu o puxar para um abraço desajeitado, pois ele ainda estava em cima do hipogrifo.


— Nós vamos nos ver outra vez - Prometeu, depois de ver que eu estava com lágrimas nos olhos. - Você é bem filho do seu pai, Harry... Você também, Lia! - E então, ele apertou os flancos de Bicuço e saiu voando pelo horizonte ainda escuro. Estávamos todos perdidos em pensamentos, quando Hermione nos lembrou do horário, nós saímos correndo, mas no meio do caminho, eu me distraí com uma armadura que estava bem torta, até para os padrões de Hogwarts.


Disse para eles irem na frente e me aproximei da peça. De repente, uma mão pegou no meu ombro e eu, com a minha delicadeza de sempre, gritei e virei preparando um soco, quando vi… Fred Weasley rindo que nem um louco da minha cara, enquanto o irmão gêmeo da criatura se abaixava para evitar meu punho. QUE ÓDIO!


— VOCÊS, POR UM ACASO, QUEREM ME MATAR?!


— Claro que não, Lih. Nós só queríamos ver como você estava, não sabíamos que ia te assustar tanto. - Fred enxugou os olhos.


— Agora que já viram que eu estou bem, deem licença para eu morrer do coração ali, no cantinho. - Tirei a mão de Jorge do meu ombro e me virei, mas antes que eu desse um passo, me senti ser abraçada por trás. Contraí o corpo por causa dos hematomas e Fred deve ter percebido que eu estava com dor, pois se ajeitou para que seu braço só passasse pelos meus ombros e seu corpo não pegasse nas minhas costelas.


— Pare de drama, ruiva. Nós também viemos para te chamar para assaltar a cozinha. - A voz de Fred soou bem próxima do meu ouvido. Agradeci imensamente por estar escuro e ninguém ser capaz de ver o meu rosto corar violentamente.


— É, Lia. Estávamos preocupados, poxa. Dá um crédito. - Jorge coloca a mão na minha cabeça e faz uma cara de coitado.


— 'Tá bom - Fiz careta - Hm... Fred... Acho que você já pode me soltar... - Não estava totalmente confortável com aquela posição e imaginei que nem ele.


— É... Mas aqui está tão bom. Vou ficar assim até as cozinhas. - Ele me puxou para mais perto ainda, ficando em um abraço de lado, com o queixo encostado de lado na minha cabeça, já que ele era bem mais alto que eu.


— Caara! Como foi que acabei ficando de vela mesmo?


— Vai se ferrar, Weasley - Corei ainda mais e dei um tapa no braço de Jorge. E assim, fomos para as Cozinhas e eu me preparei para a bronca que levarei amanhã, por te fugido da enfermaria...

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