Palavras: 1468
Jellal’s POV:
Após descobrirmos que estávamos trancados dentro do prédio da guilda, todos começaram a ter suas reações diferentes, eu, no caso, ainda sentia a cabeça girar por causa da cadeira que Natsu havia acertado em mim. Erza se sentou ao meu lado e me olhou de canto de olho.
— Ainda não entendi o que veio fazer aqui...
— Não queria atrapalhar, Erza, posso ir embora assim que os outros abrirem a porta... – Vi seu rosto se contorcer em uma careta corada.
— Não quis dizer isso, é só que você não costuma aparecer sem motivo.
— Entendo – Dou um sorriso ao ver seu lindo rosto atingir a tonalidade de seu cabelo – Mirajane-sama me mandou uma carta falando que precisava falar comigo aqui na Guilda, como Mystogan. – Ela assentiu em entendimento e virou seu olhar, distraidamente, para os garotos que brigavam entre si sobre de quem é a culpa de estarmos trancados ali.
Eu a olhei e tive certeza de todos os sentimentos que imaginava sentir pela minha Titânia. Sorri, antes de perceber que uma névoa suspeita entrava por uma das janelas, se espalhando lentamente pelo recinto, me fazendo sonolento e queimando a minha coluna e a última coisa que eu lembro é cair suavemente em direção a dona do meu coração.
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Erza’s POV:
Bem, devo admitir: Eu surtei depois que Mira-san gritou do lado de fora da porta que nós estávamos trancados lá dentro. Porém, antes que eu perdesse meu juízo completamente, lembrei que um certo azulado estava lá dentro também, o que, de fato, me acalmou! O vi sentado na mesma mesa de antes, me dirigi até lá e me sentei ao seu lado.
— Ainda não entendi o que veio fazer aqui... – Seu rosto foi tomado pela surpresa.
— Não queria atrapalhar, Erza – Meu nome soava tão bonito em sua boca – posso ir embora assim que os outros abrirem a porta... – Me apressei em corrigi-lo, de repente desesperada para que ele não fosse embora.
— Não quis dizer isso, é só que você não costuma aparecer sem motivo.
— Entendo – O sorriso que apareceu em seu rosto deu abertura para uma vertente constrangedora da minha mente. - Mirajane-sama me mandou uma carta falando que precisava falar comigo aqui na Guilda, como Mystogan. – Assenti para mostrar que entendi, apesar de não ter realmente ouvido o que havia falado, virei para os meus nakamas que brigavam e comecei a divagar sobre tudo que passei para que meu amor por ele não fosse um amor tão impossível... por parte dele... Argh! Se ele não fosse tão cabeça dura!
Espere... aquilo é névoa? Mirei, curiosa, o manto branco que cobria suavemente o chão da guilda, sentindo seus efeitos assim que fui tocada pelo mesmo. Meus olhos pesaram e meu corpo foi escorado por algo quente e agradável, enquanto a minha mente mergulhava na escuridão.
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Evergreen’s POV:
—NÃO ACREDITO QUE ESTOU PRESA AQUI! – Gritei mesmo! Eu tinha marcado salão de beleza hoje, não tinha como ficar ali e, pelo que conheço de Mira-san, não iríamos sair de lá tão cedo.
— Não precisa gritar, Ever – Bickslow reclamou do meu lado, estávamos ambos parados perto de Lissanna, ele parecia estranhamente animado com algo.
— Claro que preciso! Eu TENHO que sair daqui! – Vou até a porta, batendo na mesma com força – OE, MIRA! ACELERE E ME TIRE DAQUI!
— Ahn? Evergreen também está lá? Isso quer dizer que... – Ouvi Mirajane perguntar para alguém do outro lado. Não ouvi a resposta, mas não deve ter sido uma que a agradasse, pois a albina gritou em seguida – MAS EU VOU ABRIR ESSA PORTA AGORA!
Sorri, pelo jeito minha presença aqui não era planejada pela albina, menos mal. Antes que eu pudesse me deliciar com este fato, vi uma grande sombra se aproximar de mim, me virei em sua direção e vi que era ELE.
Seu porte gigantesco deu muita margem para pensamentos estranhos invadirem a minha cabeça, o que me fez sacudi-la, mas, ao fazer isso, sinto a mesma queimar. O albino parecia querer falar algo, porém não cheguei a ouvir, já que a minha visão embaçou e minhas pernas fraquejaram, me escorei na porta e caí na inconsciência.
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Elfman’s POV:
Depois de Mira-nee responder para Lissanna que estavam tentando abrir a porta, eu, Natsu e Gray começamos a discutir um jeito de ajudar, mas eu acabei me distraindo com um grito da fada mais bo... mais nada, pare de pensar nisso, Homem!
— Yoshi! Vou tentar empurrar a porta, porque empurrar portas é coisa de HOMEM! – Levantei, indo em direção à porta, mas antes eu dei uma olhada pelo salão, Lissanna parecia desolada, enquanto Bickslow olhava para mim e para ela com a língua para fora. – Se preocupar com a irmã é coisa de homem, mas ajudar a sair daqui também, o que eu faço?
Durante o meu conflito interno, ouço a de cabelos caramelos gritar novamente, seguida de um grito abafado de Mira-nee. Isso atraiu a minha atenção para a fada que agora sorria para a porta, como se tivesse percebido algo que lhe agradava. Meu olhar, involuntariamente, passou pelas pernas descobertas e pelas curvas mal disfarçadas pelo vestido verde e meu rosto começou a ferver.
Homens não devem corar! Bem... acho que posso ser um pouco “não-homem” por ela. Me aproximei e percebi que ela balançava a cabeça, abri a boca para falar algo que nem mesmo eu sabia o que era, mas não cheguei a pronunciar nada, pois meu grande corpo começou a enfraquecer e meus olhos foram fechados.
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Bickslow’s POV:
Ever estava me dando nos nervos. Seus ataques estavam tirando a minha atenção da albina desesperada, que, ao contrário de mim, não parecia nada feliz. Mirajane tinha pedido para que esperássemos o Mestre voltar, mas eu sabia que, como Laxus havia ido com ele, era muito provável que os dois iriam treinar, ou seja, não voltariam antes de dois dias. Meu sorriso não podia ser maior. Um tempo com Lissanna poderia me esclarecer as coisas e eu poderia tomar um próximo passo que seja vantajoso para mim.
— Hey, Lissanna?! – Eu me aproximei dela enquanto observava Ever dar mais chiliques.
— O que você quer? – Seu tom era mal-humorado, isso me fez rir, porém não por muito tempo, pois meus olhos pesaram e Lissanna caiu. Eu ia para o chão também, mas consegui me colocar por baixo dela antes de apagar.
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Lissanna’s POV:
— Hey, Lissanna?! – Ah... essa voz... essa voz que invade meus sonhos e os transforma em pesadelos distorcidos por mim mesma... por que ele tem que ter tanta influência sobre mim?! Qual é?! Eu não posso voltar a gostar de Natsu? Ele é um cara bom de se gostar, ele não é sarcástico nem lindamente violento...
— O que você quer? – Me desculpem, eu divaguei. Enfim, sacudi minha cabeça para poder tirar o azulado dos pensamentos, quando comecei a me sentir meio tonta... minha mente foi apagando, mas não antes de eu perceber Bickslow se projetando em minha frente e meus membros queimando como fogo.
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Cana’s POV:
Meu desespero foi enorme quando Lissanna nos falou que estávamos trancados, afinal a dispensa ficava lá fora e meu último barril de cerveja já tinha acabado. E, para piorar tudo, Bacchus não parava de reclamar que se arrependia de ter vindo quando recebeu o bilhete, que deveria saber que entrar naquele prédio traria alguma confusão.
— Não deveria ter vindo então. – Minha voz saiu mais aguda e dura do que o planejado.
— Ah, minha cara Cana, eu não poderia perder a chance de te ver novamente, poderia? – Seu sorriso me faria corar, se não fosse a fumaça branca que vinha se espalhando pelo salão. – Mas o que? – Ambos tínhamos sido engolidos pela névoa. Senti meus olhos pesarem e não tinha forças para lutar contra o sono (falta de álcool no meu organismo em minha opinião).
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Bacchus’ POV:
Quando a pequena albina gritou que estávamos trancados naquele prédio, a minha primeira reação foi me arrepender de ter ido, não pude segurar e reclamei em voz alta, sendo ouvido por aquela que perturba os meus sonhos.
— Não deveria ter vindo então. – A voz dela saiu magoada, eu me repreendi mentalmente.
— Ah, minha cara Cana, eu não poderia perder a chance de te ver novamente, poderia? – Dei um sorriso ao ver a sua expressão perplexa, me divertindo em antecipação. – Mas o que? – De repente, uma névoa branca nos envolve, apagando a visão que eu tinha dela. – Cana? – Minha voz soou sonolenta, resultado do feitiço que se espalhava pelo meu corpo. Cai nos braços de Morfeu, sentindo que demoraria a voltar.
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