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Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1007


Depois que o Trio se recuperou do choque, Ron disse o que estava na mente dos três:


— Vocês três são malucos.


— Ridículo! - Hermione exclamou.


— Tem certeza, Mione? Será que é tão ridículo assim? - A olhei, realmente curiosa.


— Pedro Pettigrew está morto! - Harry falou, me dando um olhar profundo. - Ele o matou há doze anos! - Revirei os olhos. Oh garoto teimoso, viu.


— Tive a intenção. - A voz rouca de Sirius soou. - Mas o Pedrinho levou a melhor... mas desta vez não! - Então, como esperado, Black perdeu as estribeiras, correu em direção à Perebas, mas ele esqueceu da perna quebrada de Ron e se apoiou nela, resultando num grito do garoto.


— Sirius, NÃO! - Berrou Lupin, afastando Sirius de Ron. - ESPERE! Você não pode fazer isso assim... eles precisam entender... temos que explicar...


— Podemos explicar depois! - Rosnou Black, tentando se livrar dos braços de Lupin.


— SIRIUS! Pare! - Eu me coloquei entre o cão e o Trio. - Remo está certo, sabe disso!


— Eles têm... o direito... de... saber... de... tudo! - Lupin ofegava com o esforço de conter o ex-prisioneiro. - Ele foi bicho de estimação de Rony! E tem partes que nem eu compreendo muito bem! E Harry... você deve a verdade a ele, Sirius! - Isso fez Black sossegar.


— Está bem, então. Conte a eles o que quiser, mas faça isso depressa, Remo, quero cometer o crime pelo qual fui preso... - Depois disso Ron deu um mini ataque, Hermione me olhava estranho, coisa que ela parecia gostar de fazer, e Harry se dirigiu a nós, ignorando Black.


— Houve testemunhas que viram Pettigrew morrer. Uma rua cheia... - Sirius que respondeu, eu fui em direção à Hermione, discretamente, apenas ela percebeu.


— Desembucha, dá para ver suas engrenagens trabalhando.


— Eu já desconfiava que você era irmã de Harry, mas como ninguém que estava na casa no ataque sobreviveu, eu achei que seria impossível...


— Aí que está, Mione, eu NÃO estava na casa naquela hora. - Dei-lhe um sorriso distraído, olhando para o diálogo que se desenrolava ao nosso lado.


— Então como... - Antes que ela terminasse a pergunta, uma lampadazinha se acendeu em sua cabeça - Mas Prof. Lupin... Perebas não pode ser Pedro Pettigrew... não pode ser verdade, o senhor sabe que não pode...


— Por que não pode? - Eu amo a atitude calma de Lupin em momentos caóticos. Seu tom me fez rir. Vou poupá-los da história que veio a seguir (ou forçar uns a lerem o livro) e pular para a parte que Lupin conseguiu fazer todos ficarem quietos e ouvirem o que tinha para dizer. Ao falar sobre sua história, ele foi ficando pálido, então eu o abracei de lado, o que resultou em olhares estranhos da parte de Harry. Hermione estava incrivelmente focada nas palavras que saiam da boca de Lupin, enquanto Ron tentava prestar atenção e fazer Perebas ficar quieto.


Quando Remo chegou na parte de quando meu pai vira um animago, um sorriso surgiu em meus lábios, imaginando que a três anos atrás eu era louca para conhecer os marotos e agora eu estou ouvindo direto de um deles, sou filha de outro e ajudei um a capturar o último. Tudo isso era quase demais para mim. Sirius mantinha seus olhos em Perebas, enquanto Lupin nos envolvia com sua prosa calma.


Ouvimos um barulho no andar de baixo e eu fui checar, mas não vi ninguém nem nada, então voltei para o quarto, me encostando do lado da porta. Algo começou a me incomodar, como se eu estivesse esquecendo de alguma coisa muito importante... O que será? Minha consciência pedia para que eu fosse dar mais uma olhada, mas eu ignorei, já tinha olhado e não era ninguém!


Voltei minha atenção para Lupin, mas ainda tinha um frio na espinha que não me deixava concentrar na aventura dos marotos com o Aluado. Resolvi checar novamente. Mal tinha chegado na escada, vi um sapato, parado na base da mesma. SNAPE! Claro! Como eu podia ter esquecido disso?!


— Professor? Sei que está aí. - Eu chamei, ainda meio insegura.


— Srta. Evans. Vejo que andou ajudando o seu padrinho e o criminoso que ele chama de amigo. - Snape saiu debaixo da Capa de Invisibilidade.


— Não é o que está pensando, Professor. Sirius é inoce...


— Não! Sirius Black é tudo, menos inocente. - Sua voz era fria. - Como pode ajudá-los? Por culpa deles, você é uma órfã. Por culpa deles, LILY está morta!


— Você está errado. - Minha expressão endureceu e eu me postei de um jeito que não o deixaria passar.


— Saia da frente, Potter. Agora. Não me obrigue a tirar-la a força daí. - Sim, é muito estranho ser chamada de Potter... apesar deste ser meu sobrenome verdadeiro.


— Não. O senhor não vai interrompê-los. - Arrumei a minha postura, rezando para que ele parasse.

Ao vê-lo puxar sua varinha, eu fiz o mesmo, porém... Bem, ele era professor... Ele me acertou com um feitiço não-falado e eu senti meu corpo ficar leve e voar para trás, até bater no chão, de um jeito que me tirou o ar. Fiquei parada, tentando respirar de novo, enquanto Snape passava por mim e recolocava a capa.


— N-Não... Po-Por favor, S-Severo... - Foi golpe baixo? Foi. Eu sabia que parecia minha mãe e tentei usar isso, deu certo por apenas um segundo, mas no momento seguinte, ele se apressou para o quarto no fim do corredor. Lá, ele entrou e depois disso eu não ouvi, pois usava minha energia para levantar. Fui engatinhando, já que ainda estava sem ar, tinha batido as costelas na quina de uma coluna da casa, até o cômodo e vi bem o momento em que Snape se revelou:


— Então é por isso que Snape não gosta do senhor. - Harry concluiu - Porque achou que o senhor estava participando da brincadeira? - Me apoiando na porta, eu consegui me reerguer, já estava bem, mas tinha certeza que eu iria ganhar um hematoma.


— Isso mesmo. - Snape tirou a capa e estava com a varinha apontada para Lupin.

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