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Flores em aquarela

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122 itens encontrados para ""

  • O problema não é você - Will Turner

    Palavras: 1008 Pedido: Sim Resumo: Will encontra a esposa grávida chorando. Por que? Aviso: Gifs encontrados no Tumblr, nenhum me pertence. Urgh. Esse era o seu sentimento quando acordou naquela manhã ensolarada. Tudo estava te incomodando, as paredes pareciam brancas demais, as janelas grandes demais, a cama fria demais. O sol brilhava forte e dava o ar da graça por entre as cortinas transparentes, o céu estava sem nuvens e a praia estava calma, apesar de todo o seu desconforto, o universo parecia estar querendo que aquele fosse um bom dia, tanto que nem seu enjoo matutino havia atacado, tudo a sua volta parecia gritar para que você levantasse e encarasse o dia como a dama de alta classe que você era antes de se casar com um pirata e fugir de casa. Finalmente desistindo de ficar deitada, você vira seu corpo para o lado que seu marido deveria estar dormindo, tomando cuidado com o volume a mais que você carregava no ventre. É com uma leve decepção que você nota que Will não está lá, mas como você podia enxergar o navio ainda ancorado na costa frente à casa, nenhuma preocupação com ele toma muito o seu tempo. Pensando assim, você logo se levanta e vai decidir o que usará para passar o dia. Antes de abrir o guarda-roupa, você gastou um olhar para o espelho. Duas piscadas depois, você sentiu seus hormônios atacarem. No andar de baixo da casa vitoriana que vocês moram, seu marido de mais de 2 anos, Will Turner, está tentando terminar o café da manhã perfeito. A esposa grávida de 5 meses não imaginava que ele acordara mais cedo para cozinhar para ela e isso fazia com que Will tentasse se apressar ainda mais para ter tudo pronto antes que ela levantasse. Ele havia feito de tudo para que fosse realmente uma refeição de alta classe, inclusive entrar em contato com Elizabeth para que a amiga lhe dissesse o que ele deveria preparar. A amiga havia brincado que a esposa não iria conseguir nem provar a comida porque ele não iria completar a tarefa, isso fez com que Will aceitasse aquilo como um desafio. Ele mal se aguentava de expectativa quando arrumou tudo em uma bandeja para levar até você. Tomando cuidado para não derrubar nada, Will subiu as escadas devagar, bem devagar. O que ele não esperava eram os barulhos suaves que vinham do quarto principal, barulhos que o fizeram se apressar a ponto de correr. Você estava chorando, debruçada sobre a cama, sentada no chão. O desespero em seu rosto o fez derrubar o que ele trazia e correr para você. O primeiro instinto dele foi te abraçar, evitando a barriga para não causar mais problemas. - O que houve?! – Ele estava mais do que preocupado – É o bebê? Onde dói? Devo ir procurar alguém? S/n!? - Não! Não é nada disso! – Você se desvencilhou das mãos dele. - Então por que está chorando, anjo? – A voz dele se suavizou, mas ele ainda estava desconfortável. - Porque eu estou horrível! – Você nem tentou esconder o descontentamento. – Eu estou enorme e nenhum dos meus vestidos de verão servem em mim mais! E tudo está tão errado! Você voltou ontem e nós nem acordamos juntos e … e … E isso está me matando e…. - Ok, respire, anjo, respire fundo comigo. – Will sentou na sua frente e pegou seu rosto entre suas mãos com delicadeza. Aos poucos, você foi seguindo a respiração dele. – Isso, assim mesmo. Respire fundo. Agora que você está mais calma… O que está acontecendo? - Eu… Eu acordei hoje e você não estava na cama… E… E ai eu levantei para me trocar e nenhum dos meus vestidos de verão entrou em mim… E o meu favorito rasgou e… e tudo parece jogar na minha cara que eu estou horrível. - Ok, ok. Respire, vamos lá, continue respirando fundo comigo. – As mãos dele não deixavam as suas bochechas, os dedões massageavam levemente suas maçãs do rosto. Os olhos dele ficaram mais doces e ele sorriu quando entendeu o seu problema. – Querida… Eu não estava com você hoje porque acordei mais cedo para começar a compensar a mulher mais perfeita que eu conheço por passar tantos dias longe no mar. Eu cozinhei um café da manhã para nós, mas parece que as coisas não funcionaram como eu esperava. – Ele soltou uma risadinha contida – Eu esperava voltar para cama antes de você acordar. - Mesmo? Você foi cozinhar para mim? - Sim, mas agora vou ter que fazer tudo de novo porque derrubei. - Desculpe… – Você voltou a soluçar. – A culpa é minha. Eu não te mer… - Nem termine essa frase, querida. – Ele encostou suas testas uma na outra. – Você é perfeita, a mulher mais bonita, mais encantadora, mais carinhosa e mais bondosa que eu conheço e olha que eu conheço muita gente. – Will sorriu para você. – Eu te amo tanto. Não foi culpa sua, eu que me desesperei porque eu te amo tanto que não consigo nem pensar no fato de você ou o nosso pequenino sofrendo por motivo algum. E eu cozinharei de novo, isso é o de menos, você irá comer da minha culinária querendo ou não. – Mais uma piada que só ele riu. - Mas… - Sem mas, você tem que parar de colocar defeito no que eu amo. Você está cada dia mais bonita, ainda mais quando você está para se tornar a mãe dos meus filhos. Então não se importe com os seus vestidos, eles são o problema, não você. – Você levantou os olhos e parecia prestes a dizer algo, mas ele foi mais rápido. – Se isso te incomoda tanto, vamos sair logo depois do café e ir para a cidade te encomendar mais vestidos. Quanto ao seu vestido favorito, vamos pedir para que arrumem e, daqui a alguns dias, estará como novo. – Você acena com a cabeça, finalmente sorrindo. Parece que seu dia estava melhorando aos poucos. – Lembre-se que você é perfeita. Eu te amo muito, nós te amamos muito. – Ele disse isso enquanto acariciava sua barriga. - Eu também amo muito vocês. – Um selinho doce foi trocado entre marido e mulher.

  • A Primeira Tarefa

    Palavras: 1005 — Weasley's! - Eu sai gritando pelo Salão Principal logo de manhã, ignorando os olhares incomodados que me lançavam. Alcancei Fred e Jorge ainda tomando café. — Bom dia, Lia. - Eles sorriram para mim. Não que a minha indignação tenha dado crédito para esses sorrisos. — Bom dia nada, que tipo de pessoa deixa um bilhete estranho desse na cama dos outros? - Os mostrei o bilhete. - E como vocês conseguiram deixar ele lá, por falar nisso? - O sorriso deles se tornou malicioso. — Demos o nosso jeito, que aliás parece o único modo de fazer com que você fale com a gente de novo. - Eles se entreolharam - Mas o importante é que você não pode mais falar com ele. Você tem que apoiar o Harry e não ficar confraternizando com o inimigo. — Bem, vocês sabem que Cedrico também é campeão de Hogwarts, não sabem? - Eles deram de ombros enquanto me viam sentar. - E parem com isso de inimigo, ficam parecendo o Ron, falando assim. - Revirei os olhos e me servi. Depois disso, os gêmeos não falaram mais nada sobre isso, me distraindo com assuntos aleatórios até eu me despedir e ir para a biblioteca me encontrar com a pequena Júlia. Ficamos estudando e fazendo a lição até Krum e seu Fã-Clube aparecer e nos tirar o sossego. Nos separamos e eu voltei para a Sala Comunal, foi um dia extremamente tranquilo. Na manhã seguinte, eu tentei me concentrar nas aulas, tentando não pensar no que aconteceria no dia posterior: a primeira tarefa do Torneio. Só de lembrar disso, meu estômago já revirava. Meu esforço de focar em algo produtivo foi levado ralo abaixo quando Fred e Jorge resolveram que me "escoltariam" até o Torneio acabasse, ou, como eles mesmos disseram, até o búlgaro for embora. Vi Harry e Hermione andando pelos corredores, cochichando. Devem estar falando do Feitiço. — Harry! - o chamei - Posso falar com você? — Ah, Lia, claro. - Mione se despediu de nós e se distanciou. - O que foi? - Meu irmão me olhou, curioso. — Você já dominou o Feitiço Convocatório? - Seu olhar se tornou surpreso. - Nem pergunte. — B-Bem... Sim, ontem eu consegui resultados. — Oh. Entendo. Boa sorte, Potter. — Obrigado. Mas... Por que tenho a impressão que você não me chamou para isso? - Dei risada. — Tem razão, não foi só por isso. Harry - Meu tom ficou sério ao mesmo tempo que via os gêmeos infames se aproximando pelo outro lado do corredor. - Não confie tanto naquele que se apresenta como Moody. — O que tem Moody? Ele me ajudou a pensar em que fazer nessa tarefa de amanhã... — Eu sei. Mas não confie nele. Há algo estranho no jeito que ele olha para você. Não deixe ele se aproximar muito, entendeu? - Ele fez como se fosse discutir comigo - Harry, eu não estou brincando, você entendeu? — Okay, Lia, você ganhou, eu entendi! - Potter levantou os braços em rendição. - Agora acho melhor eu ir treinar um pouco mais, não estou muito confiante. — Claro. Boa sorte... - Volto meus olhos para a dupla já mais próxima - irmão. - Ele se vai, me deixando sozinha a espera dos meus gêmeos favoritos. - Hey, Weasley's! — Olá Lia! - Jorge jogou seu braço em volta dos meus ombros, me esmagando em um abraço lateral. — Hey. - Fred deu um sorriso de lado e coçou a cabeça. Ele parecia distraído. - Vamos passar o dia te distraindo hoje. Jorge que deu a ideia. - Seu irmão sorriu para mim e concordou. — Sim! Vamos te divertir hoje. — Só hoje? - Fiz bico. Eles riram e Fred ficou um pouco vermelho e os dois me conduziram para os jardins. — Claro que não, todos os dias de nossas vidas, passaremos te animando. - O gêmeo que me abraçava sorriu, mas sua frase me fez lembrar de coisas desagradáveis e, por isso, eu fui obrigada a forçar um para respondê-lo. Eles prometeram e cumpriram, passaram o dia me enchendo de atividades e risadas, o que não me deu muito tempo para pensar na tarefa que meu irmão enfrentaria no dia seguinte. Falando nele, o mesmo chegou em uma velocidade inimaginável. Harry teve que sair mais cedo para se preparar para a prova, eu e Mione ficamos dando palpites sobre como ocorreria a tarefa de hoje, enquanto Fred e Jorge acumulavam apostas. Descemos para o Campo de Quadribol, onde aconteceria o grande espetáculo, Fred insistindo em se sentar ao meu lado ao perceber que Anton acenava para mim, timidamente. Sorri e acenei de volta, ganhando um olhar reprovador do ruivo. — O que? - Ele apenas grunhiu e passou seu braço pela minha cintura, trocando um olhar estranho com Jorge. Antes que eu insistisse mais, o início da tarefa foi anunciado por Fudge. Cedrico entrou na arena, conseguindo seu ovo. Fleur o seguiu, para que Krum entrasse logo depois, todos haviam sido bem-sucedidos, mas não haviam dado um grande show, como era esperado. Até Harry entrar, claro. Aí ele brilhou, voando e desviando dos jatos de fogo como apenas ele podia fazer, me senti inclinar para frente, ávida por mais aproximação com a ação. Mais tarde, Fred disse que meus olhos brilharam como nunca nessa hora, o orgulho que eu sentia por Potter transbordava e eu não conseguia parar de sorrir. Ele foi conduzido para a enfermaria após a captura do ovo, Mione se levantou, louca para ir vê-lo logo. Eu fui junto e como fiquei surpresa quando Ron se juntou a nós. Alcançamos a tenda e eu fui ver o estado de Cedrico. Ele apenas sorriu para mim e me indicou Harry com a cabeça. Eu assenti e fui até meu irmão. — Belo trabalho, Potter. - Sorri para ele, que parecia concentrado em Ron. Nem me respondeu! Sorrindo para a reação de Mione quando os meninos voltaram a se falar, sai com ela para a Sala Comunal, onde todos os grifinórios, liderados por ninguém menos que Fred e Jorge, já planejavam a festa da vitória para Harry. Eu sorria, não podia permitir que essa animação se apagasse, não deixaria. Não queria deixar.

  • O Rabo-Córneo Húngaro

    Palavras: 1011 Notas: Não sei fazer sotaque, me processe ou me ensine. Drebosuk - Pequena/Baixinha A aula com Dumbledore ficou na minha cabeça até o último fim de semana antes da primeira prova dos Campeões. Pelo que o professor me explicou, eu poderia salvar apenas uma vida porque o Feitiço não permite que eu troque mais de uma vida. Exatamente, troque. O feitiço que me foi confiado pela "Morte" permite que eu traga alguém de volta a vida, porém não sem algo em troca... Minhas preocupações enchiam tanto a minha cabeça que eu acabei não prestando atenção em Harry nesses dias. Tentei me focar mais em algo construtivo, como ajudar Cedrico a se preparar melhor para a última prova sem que ele desconfiasse imediatamente. Cedrico era incrivelmente bondoso comigo, me protegia das agressões verbais dos companheiros de Casa, que ficaram ainda piores depois que a entrevista com Rita Skeeter saiu. Eu o ajudava a estudar um livro sobre sereianos quando a gota d'água aconteceu. Dois lufanos chegaram e começaram a me ofender e a dizer que há gente melhor para ajudar Cedrico a se dar bem no Torneio. Não que eu negue, mas o meu objetivo era fazer com que ele sobrevivesse e não se desse bem. Cedrico tentou me defender sem ser grosso com os amigos, mas eles simplesmente não o ouviam. Então eu me levantei e saí, sem me despedir, com medo que eu fosse agredir fisicamente os lufanos. No último sábado antes da primeira tarefa, os alunos acima do terceiro ano tiveram permissão para uma visita a Hogsmeade, o que eu fui de bom grado. Lá, eu olhava a vitrine da Dedosdemel, quando sinto uma mão tocar as minhas costas. Como estava distraída, eu dei um pulo e me virei, assustada, para ver quem era. Descobri ser Anton, o garoto de Durmastrang. Ao ver meus olhos arregalados, o garoto se desculpou: — Perdãum, Lia... Nãum foie de prroposito. - Respirei fundo e sorri para ele. — Tudo bem, Anton, você só me pegou de surpresa. - Me virei totalmente para o búlgaro e dei um passo em sua direção. - Então, o que faz aqui? — Nadda de mais, só fiqueie currioso sobre estta ciddadezinhha. - Ele deu de ombros. O que ganhou novas proporções levando em conta o seu corpo grande. — Entendo. - Uma ideia me surgiu, eu pulei animada, pegando no braço do búlgaro - Que tal eu te mostrar a cidade então? Vai ser divertido! - Ele projetou um sorriso para mim, já que não dava para ter certeza com a face carrancuda dele, o que me fez rir abertamente. Acabei de decidir que o búlgaro e seu sotaque são definitivamente bonitinhos. — Uma iddeiia expllenddida. - Com isso, o guiei pelas ruas do vilarejo. Nós passamos por todos os meus lugares favoritos, conversando animadamente e trocando experiências, e, quando fomos ao Três Vassouras para nos esquentar um pouco, nos deparamos com Fred, Jorge, Lino e Ron sentados em uma mesa, conversando animadamente. Anton se moveu desconfortável quando me viu indo na direção deles. - Ahnn, será que poddemus seentarr em outra messa? — Oh, claro. - Eu sorri, meio intrigada - Sem problemas. - Com isso, o levei até uma mesa vazia, onde podíamos conversar em paz. Fui buscar as nossas bebidas e quando estava voltando, vi Fred e Jorge se afastando da mesa onde Anton estava e saindo do Três Vassouras com os outros dois amigos. Acelerei o passo e me sentei ao lado do moreno. - O que houve aqui? — Nadda, Drebosuk, nãum se prreocuppe. — Drebosuki? O que significa? É em búlgaro, não é? - Ele corou e riu, acho que da minha pronúncia. — Siim, ser em búlgaro. Tenhho uma perrgunta parra vossê, drebosuk... — Bem, faça. - Sorri para ele e tomei um gole da minha cerveja amanteigada, o olhando curiosa. O que será que os gêmeos falaram para ele? Depois eu preciso ter uma conversa para com eles... — Aqquele, Frredd, ser seu nammoraddo? - O tom dele era sério. Eu suspirei. — Não, ele é só um amigo. - Meu tom ácido deve ter passado despercebido, pois ele apenas assentiu e mudou de assunto. Já de volta ao castelo, eu me despedi de Anton, que se dirigiu para o navio, e fui para a Sala Comunal, onde eu passei a noite. Pensamentos sobre a última aula com o Professor Dumbledore invadiram a minha mente, eu não conseguia parar de pensar que eu estava conhecendo todo aquele mundo para acabar escolhendo a dedo quem poderia sobreviver... E o pior de tudo, eu teria que escolher uma vida apenas... Como eu poderia fazer isso? Um pouco antes das 11 horas, eu resolvi ir para o quarto, onde eu poderia me perder em pensamentos sem ser olhada de lado. Fiquei lá até ouvir alguns barulhos no espaço comum da Sala. Deduzi que fosse Harry falando com Sirius, então me levantei bem levemente e desci as escadas, bem a tempo de ver meu irmão jogar um bottom no rosto de Ron e passar por mim sem nem me perceber. Ron ficou lá, estático, até se ajoelhar onde estava e começar a tremer. Fui para perto dele, tocando gentilmente seu ombro. — Sou um idiota. — Sim, você é. Mas meu irmão também não alivia em nada. - Dei um risinho e o puxei para a poltrona mais próxima. Me ajoelhei em sua frente, a face do melhor amigo do meu irmão estava pálida e ainda estática, como se não soubesse como interpretar o que estava acontecendo. — Acha que eu deveria me desculpar agora? — Nah, vai dar tudo certo, só espere ele passar pelos dragões. - Dei de ombros, indiferente. Eles iam acabar se resolvendo mesmo. Não havia o porquê se preocupar tanto com isso. — Tudo bem, então. - Eu continuei o confortando até o ver pegar no sono, o chacoalhei e o mandei para cama - Obrigada, Lia. — Sempre que precisar, Ron. - Sorri e nos separamos, cada um para o seu dormitório. Quando fui me deitar na cama, havia algo me incomodando, algo que não estava lá antes: Um bilhete preso no meu coiote. - Mas o que...? "Não saia mais com o Búlgaro. Nem com ninguém além de nós, na verdade."

  • A Pesagem das Varinhas

    Palavras: 1140 Notas: Não sei fazer sotaque, me processe ou me ensine. Na manhã seguinte, eu acordei com Mione se movendo ao meu lado. – Bom dia. - Resmunguei, me virando na cama, tentando não cair. – Bom dia. Vamos descer? – Deixe só eu acordar e me trocar primeiro. - Bocejando, eu me arrastei até a minha cama e peguei as minhas vestes. Quando ambas estávamos prontas, nos dirigimos para o Salão Principal. Chegando lá, acabamos por encontrar Ron, sentado sozinho, comendo seu café da manhã como se o mesmo tivesse dito algo muito grosseiro para ele. – Bom dia, Ron. - O cumprimentamos. Ele nos olhou e acenou com a cabeça, seu olhar se demorou em mim, parecia querer dizer algo. Eu e Mione nos sentamos e comemos em silêncio com ele. Hermione se moveu, desconfortável, após um tempo. - Então... Eu vou levar umas torradas para Harry, ele deve estar com fome. - Eu sorri. – Deve mesmo, faça isso, vou ficar por aqui mais um pouco. - Assim que a morena saiu, eu me virei para Ronald. - Desembucha. – O que? - Seu tom era hesitante. – Você sabe muito bem o que, Weasley. - Me virei para ele e cruzei os braços, mostrando que ele teria que falar, sem escape. Ele suspirou, ainda hesitante. – Eu... Eu acredito nele... – Mas? – Mas... eu não sei, é como se tudo que acontecesse fosse com ele e eu sempre sou deixado de lado em algum momento... - Minha vez de suspirar. – Ron, você sabe que a culpa não é dele, não sabe? - Ele assentiu. - Então, por que brigar com ele? – Foi no calor do momento... Eu vou me desculpar... Só, só me deixe acalmar antes. – Se você diz... - Me levantei, sorrindo de lado para o ruivo. - Você é incrivelmente burro ás vezes, sabia, Weasley? - Apertei o ombro dele e sai do Salão. No momento em que eu saia, dois lufanos saiam também, Cedrico e uma terceiro-anista, Júlia se não me engano. Sorri para ambos, que retribuíram. Me aproximei - Bom dia! – Bom dia, Lia. - Cedrico parecia de bom humor. – Bom dia. - A lufana me respondeu em tom tímido. Seu cabelo castanho caiu em seu rosto e seu rosto ficou vermelho quando me aproximei dela. Okay, talvez eu tenha me aproximado DEMAIS dela, mas ela era uma baixinha tão fofa, minhas raízes tropicais tomaram conta. – Lia! - Cedrico me puxou para mais longe da menina - Nós estávamos indo para a biblioteca, quer ir também? – Claro, por que não? - Sorri. Passamos o dia na biblioteca, ajudando Júlia com uma pesquisa para a aula de Poções, que mais tarde eu descobri ser a matéria que ela mais gostava. Como ela gostava das aulas de Snape eu não sei, mas quem sou eu para julgar, não é mesmo? A semana seguinte foi difícil para Harry, a maioria da escola contra ele, quase ninguém acreditando nele, a promessa de perigo que o Torneio proporcionava. Mas, sem dúvida, o momento mais difícil para ele foi na aula de Poções, durante a sexta-feira, onde ele viu os botons pela primeira vez. Eu cheguei na hora em que o broche mudava para POTTER FEDE , o que não foi bem uma boa coisa. – Hum... Potter fede? - Fui me aproximando de Malfoy lentamente, como se fosse tirar pó das vestes dele. - Jura, Draco? Só conseguiu pensar nisso? - O rosto do loiro começou a ficar vermelho, os amigos que antes riam, pararam para observar. - Deve ter dado um trabalhão para fazer esses todos, quanto tempo você dedica para pensar em Harry, hein Malfoy? - Pisquei para ele e entrei antes que as minhas palavras fizessem efeito. Assisti a aula com um grande, enorme, gigantesco tédio, que só foi quebrado quando o sinal tocou e eu cruzei com Dumbledore no corredor. - Ah! Professor! - Eu o chamei. – Diga, Srta. Evans. – O senhor está indo para a pesagem das varinhas? - Ele negou. – Estou voltando dela. - Ele piscou para mim - A espero hoje em meu escritório, Srta. Evans. – Com toda certeza, Professor. - Sorri, o vendo sair pelo corredor. Como ainda faltavam algumas horas para a minha aula com ele, desci para o Salão, onde jantei rapidamente, sob o olhar impaciente do búlgaro de cabelos compridos. Me levantei e ele parecia ter terminado sua refeição também, pois se levantou apressadamente e foi em direção à porta sem lançar um único olhar ao resto do Salão. Ainda confusa pelo porquê do olhar dele em mim, sai do Salão bem distraída, não percebendo que alguém havia parado em minha frente. Trombei com um muro de peles e uniforme da Durmstrang. Fui segurada antes que eu caísse. – Por Merlin! Me desculpe! – Ahn... Tudo bem. - O timbre dele era grave e sua voz ressoou - É... Bem, vossê ser de Hoggwarrts, non? - Não aguentei e ri de seu sotaque, agora olhando para cima, eu percebia que era o garoto búlgaro que me encarava. – Sim e você de Durmstrang. - Voltei a me equilibrar, porém suas mãos não deixaram meus ombros. – Sim, meum nome ser Anton, e vossê? – Thalia, mas me chame de Lia, por favor. - Sorri quando sua cabeça tombou para o lado, devo admitir que foi, de certa forma, adorável. – THALIA! - Ouço outra voz gritar, antes que ele possa responder. Olho para trás e Fred e Jorge vinham pelo corredor, Jorge parecia a ponto de explodir de tanto rir, enquanto Fred parecia que também iria explodir, mas de raiva. O gêmeo raivoso chegou em nós primeiro e me puxou das mãos do búlgaro, que o encarou, levemente ofendido. - Temos que ir, vem. - Ele saiu me arrastando pelo braço, mal me dando tempo para acenar em despedida para o coitado do Anton. – Para que tanta raiva, Weasley? - Meu tom era sarcástico. E foi Jorge que respondeu. – Aaawn, meu irmão está crescendo, isso é assustador para menininhos como ele, por isso ele é violento assim. - As nossas risadas foram abafadas por um Fred vermelho. – Não brinque com isso, você viu como ele estava perto dela. - Isso calou as gargalhadas de Jorge, que assumiu uma expressão grave. – Ele tem razão nisso, Lia, você foi muito inocente, não pode deixar aquele búlgaro chegar tão perto assim de novo. – Ciúmes, gêmeos? - Levantei uma sobrancelha. – Sim. - Jorge respondeu simplesmente, enquanto Fred ficava mais vermelho - Ninguém invade o seu espaço pessoal, apenas nós dois. - Dito isso, a criança pulou em mim e sorriu. Rindo disso, eu me separei deles, dizendo que tinha a aula com Dumbledore. Cheguei em seu escritório bem na hora. – Entre. - Me acomodei em uma das cadeiras - Começaremos hoje, respondendo a uma pergunta sua. – Sobre a única vida que eu posso salvar... - Seu olhar me incentivou a prosseguir - É apenas uma dentre todas? Ou apenas uma de cada livro, por exemplo? - Sua boca não precisou me responder, pois seus olhos o fizeram antes. Como eu poderia decidir algo assim!?

  • Os Quatro Campeões

    Palavras: 1039 Notas: A parte sublinhada são falas em francês. Baudet - Burro A cara que todos no Salão Principal foi impagável! Todos, inclusive Harry, estavam completamente surpresos, okay, talvez menos eu. Tive que me segurar para não dar risada ao ver Harry ser empurrado por Hermione em direção à Dumbledore. Todo o Salão parecia completamente estático, ninguém ousava se manifestar. Quando Harry desapareceu pela porta, todos os outros juízes do Torneio se levantaram, estavam prontos para começar a discutir quando Dumbledore levantou a mão para calá-los. – Iremos discutir sobre isso depois. Agora devemos encerrar aqui e mandar todos para seus respectivos aposentos. - Aumentando sua voz, para que fosse ouvida por todo o Salão, disse Dumbledore - Voltem todos para seus aposentos, nossos campeões foram selecionados! Que o melhor vença! Os estudantes não se moveram imediatamente, mas depois de alguns minutos, após os juízes saírem, todos se levantaram e foram lentamente para onde deveriam ir. Eu me levantei junto a Hermione e Ron, que ainda pareciam surpresos. – Ele se inscreveu... Como ele pôde? Ele conseguiu e nem me contou como! Que tipo de amigo ele é? Por que ele não me contou?! - Ron começou a se entregar à raiva, ele se virou para mim. - Você! Você não estava surpresa quando chamaram o nome dele! VOCÊ SABIA! – Epa! Primeiro de tudo, abaixa essa voz ai, Weasley, você não tem direito nenhum de gritar comigo. E depois, sabia, eu sabia mesmo, qual o problema? Eu sabia disso assim como sabia quem era Rabicho e sabia que Cedrico iria com a gente para a Copa. Sabe o que eu sei também? - Às vezes eu tenho uma vontade de bater no Ron que pode afetar a minha sensibilidade para com ele. Cheguei perto dele e sussurrei - Não foi ele. Ele não sabia o que eu sabia. Com isso, lancei um olhar para Mione, que ela, graças a Merlin, entendeu e assentiu. Me distanciei da multidão e fui até o corredor próximo da sala onde os Campeões estavam. Esperei ali, pensando no que eu poderia fazer. Alguns professores passaram por mim, McGonagall parou quando me viu, não disse nada, apenas me deu um papelzinho e um minúsculo sorriso de lado. No papel estava a data da minha próxima aula com Dumbledore, que eu descobri mais parecer uma sessão de perguntas e respostas que uma aula. Enquanto eles não saíam, eu fiquei pensando, talvez seja melhor eu me preocupar com as coisas quando elas estiverem próximas de acontecer, não é bom eu ficar sofrendo em antecedência e qual seria a graça de vir para Hogwarts se eu não a aproveito com plena atenção? Quando cheguei a esta resolução, vi Madame Maxime e Fleur passarem, que não me viram ou me ignoraram, seguidas não muito de perto por Karkaroff e Krum, que me lançaram um olhar de superioridade. Mostrei a língua para os dois. Eu sei, muito madura. Depois de alguns minutos, Harry e Cedrico apareceram, Cedrico parecia encabulado, enquanto Harry ainda parecia não acreditar no que aconteceu. Sorri para eles. – Devo perguntar? - Me desencostei da parede e os segui para as Escadarias. – Não fui eu. - Harry parecia cansado. – Eu sei. - Ri um pouco e passei meu braço no dele, os entrelaçando. - Os outros vão entender isso também... Pode demorar um pouco, mas vão. – Obrigada. - Ele suspirou, parecia realmente aliviado por alguém realmente acreditar nele. Acenei para Cedrico e o dei parabéns, nos despedimos e cada um seguiu para o seu caminho. Quando chegamos à Sala Comunal da Grifinória, Fred e Jorge não deram nem tempo para ele entrar direito. – Ah! Não amolem ele! - Eu empurrei Jorge, que mesmo depois de meia hora do coitado do meu irmão tentando explicar que não foi ele ainda estava o forçando a ficar na "festa". Os gêmeos me olharam estranho e, em um piscar de olhos, eu estava cercada, sem alternativa de fuga, todos os lados pareciam estar bloqueados. – Você sabe como ele fez? - O som da voz de Fred no meu ouvido me deu calafrios. – S-Sei? - Minha voz tremia. – Sabe. E vai nos contar, não vai? - Por que eles cismaram em sussurrar tão perto de mim?! – Vou? - Sacudi a cabeça. - B-Bem... Não foi ele que colocou. – Ahn? Qual é, Lia? Nós sabemos que não quer espalhar para todos, mas realmente não vai contar nem para nós? - O tom de Jorge era grave. – E-eu não estou mentindo e sai de tão perto, realmente não foi ele! – Okay, Lia, você obviamente não quer contar. Por que será que isso não me surpreende? - Fred parecia magoado e levemente zangado. Não sei porquê, mas ele me lembrou Ron nesse momento. - Não é como se fossemos amigos, não é mesmo? – E segundo você, é só isso que seremos, Baudet. - Devolvi o tom ácido, me virei e fui para o dormitório, ignorando os chamados de Jorge para eu voltar. Idiota. Apressei os passos e entrei no dormitório, apenas Hermione estava lá. Me vendo entrar, ela bate na cama ao seu lado para que eu me sente ali. Suspirei. – Quem foi? - Começou. – Não posso falar ainda. – Da escola? - Hesitei... Não tinha mal responder isso, não é mesmo? – Sim. – Aluno? – Assim ficaria fácil demais, Mione. - Ela revirou os olhos e eu ri. – Okay, então... Desta Casa? – Não. – Quarto livro agora, não é mesmo? - Respondi com um aceno de cabeça. - Eu acabei de terminar o segundo... Terei que esperar este ano acabar para ler o quarto? - Outro aceno. - Entendi. - Ambas suspiramos. - Ron ficou muito chateado. - Ela parecia cansada. – Porque ele tem esse complexo de inferioridade perto de Harry. Isso o deixou surdo. - Deitei minha cabeça no colo dela. - Acho que talvez eu poderia contar a ele sobre o negócio dos livros, mas não estou com muita paciência no momento. As risadas de Mione me animaram um pouco. Me virei em seu colo e suspirei, cansada. Ela começou a me fazer perguntas sobre como o mundo reagiu ao primeiro livro, o que acharam dela, o que a autora falou sobre a atriz que a fez no filme, se a atriz era bonita e coisas assim. Conversa vai, conversa vem, acabamos por pegar no sono sob o mesmo cobertor e sobre a mesma cama. "Bom sonhos, Hermione"

  • O Cálice de Fogo

    Palavras: 1105 Notas: A parte sublinhada são falas em francês. Depois da entrada levemente exagerada das escolas estrangeiras, todos se acomodaram nas mesas e eu tive que, um pouco a contragosto, me separar dos franceses e retornar à mesa da Grifinória. Me sentei ao lado de Ron, que parecia muito preocupado com a presença de Krum para perceber a minha pessoa. Quando Madame Maxime entrou, seus alunos se levantaram e voltaram a se sentar apenas quando a diretora já havia o feito, ouvi risadinhas de deboche do meu lado e me virei para Dino Thomas. – Qual a necessidade de fazer isso? - Ele deu mais uma risadinha. – Isso é uma forma de demonstrar respeito, uma coisa que você claramente é criança demais para entender. - Eu o respondi com a boca cerrada. Voltei os olhos para Dumbledore, que dava as boas-vindas aos estrangeiros. Aproveitei esse momento para examinar a mesa da Sonserina, que estava parcialmente ocupada pelos búlgaros de Durmstrang. Ninguém ali parecia muito interessante, todos muito grandes e aparentemente fortes, Krum não era exceção, apesar de parecer mais sociável que muitos ali. Enquanto meus olhos passeavam pela mesa, percebi que estava sendo observada. Corri meus olhos até a fonte da sensação e acabei encontrando um búlgaro, me olhando como se eu fosse uma peça de decoração incrivelmente intrigante. Ele tinha cabelos negros e ondulados que caiam por seus ombros, uma expressão carrancuda e concentrada, suas pálpebras eram pesadas e sua pele parecia quase que translúcida. Seus olhos escuros me fitavam com uma intensidade leal e sua cabeça parecia tombar em confusão. Quando percebeu que eu devolvia seu olhar, ele levantou os cantos da boca, como uma tentativa falha de um sorriso eu deduzi. Sorri de volta, ainda me perguntando o porquê da intensidade de seu olhar. O jantar foi servido antes que eu pudesse me aprofundar nisso. Dumbledore explicou sobre o Torneio Tribruxo e apresentou o "juiz imparcial", o Cálice de Fogo. Acho que o cálice mostrado no filme é mais bonito, pois esse era apenas um cálice de madeira, toscamente decorado, porém, as chamas! Essas sim faziam as do filme parecer de brinquedo, eram lindas em seus tons de azul, dançavam como se chamassem todos a encostarem em seu recipiente, devo admitir que eu fiquei levemente fascinada por elas. Fomos dispensados depois das explicações sobre idade e sobre as tarefas do Torneio, não que eu tenha prestado atenção. Me levantei e segui o trio até a porta, onde eles foram parados pelo diretor de Durmstrang. Eu me apressei e passei antes que me notassem ali, corri para o dormitório, rezando para conseguir passar pela Sala Comunal sem que Fred e Jorge me achassem. Já estava no pé da escada para os quartos quando eu ouvi Jorge. – Lia! - Ele me gritou, Lino não me deu tempo de reagir e se jogou em cima de mim, me derrubando. No fim, antes que eu pudesse sequer ter respirado, eu estava no chão, embaixo de Lino, que estava com as mãos no meu quadril para impedir uma fuga. - Lino! Não precisa matar ela no processo. – Assim é mais seguro. - O garoto saiu de cima de mim, mas ainda me segurou pelos pulsos. Ficamos os dois sentados no chão, olhando para cima para poder enxergar Jorge. – Ainda assim... Bem, cumprimos o objetivo pelo menos. - O ruivo sorriu para mim. - Por que está fugindo de nós? – Não estou. – Sei, agora sem mentir, vou repetir a pergunta. Por que está fugindo de nós? - Suspirei. – Não tem motivo, eu só não estava me sentindo bem. - Jorge se abaixou, enquanto o aperto de Lino se afrouxou, o ruivo e o moreno se aproximaram e acariciaram a minha cabeça. – Não faça mais isso, nós três ficamos preocupados. - Lino sorriu para mim. – É, Lia, nós somos amigos, não é justo você fazer isso. – Desculpe? - Todos nós rimos. Jorge me levantou e nós três fomos nos sentar nas poltronas afastadas da Sala. Minutos depois, Fred chega. – Conseguiu? - Os meninos perguntam, ansiosos. Fred apenas assente e passa para o irmão um frasco. – Uma gota para cada um. – Ah não! Não me digam que é aquela poção de envelhecer! – Acertou em cheio. - Eles me olharam sorrindo. – Não vai dar certo! - Jorge franziu a testa. – Você também quer um pouco? – Não! Eu não quero participar disso! – E por que não? - Porque não vai dar certo, mas não repeti em voz alta, já que só deixaria os três irritados logo quando decidiram ignorar o meu ataque de adolescente que foge dos problemas e não divide nada com os amigos. No dia seguinte, Hogwarts passou o dia em plena euforia, com os alunos mais novos loucos para saberem quem da nossa escola seria corajoso o suficiente para se candidatar. Eu passei o dia evitando a sala onde o Cálice estava, então acabei me encontrando com alguns franceses - e com Fleur, claro - e fiquei conversando com eles até um grupo de Durmstrang passar. O garoto do jantar, o que me encarava, estava nesse grupo e me lançou mais uma tentativa de sorriso, eu, achando que era porque eu estava com uma descendente de veela, dei uma risadinha e acenei para eles. O grupo voltou para o navio e os franceses se despediram de mim para poderem ir se candidatar. Me dirigi ao Salão Principal, sendo parada no caminho por Ron. – Você conhece a veela? - O tom dele era quase acusatório. – Veela? Ah! Você está falando de Fleur? Sim, eu estudei na mesma escola que ela antes de vir para Hogwarts. - Deixei o ruivo boquiaberto sozinho, antes que ele me fizesse mais perguntas. O dia foi passando assim, devagar e tranquilo, apesar da tensão que ia tomando conta dos estudantes conforme a hora do jantar se aproximava. Na hora do anúncio, eu tinha acabado de me sentar ao lado de Fred, que passou o braço pelo meu ombro, me puxando para mais perto quase que inconscientemente. Dumbledore entrou e começou os anúncios: – O campeão de Durmstrang será Vítor Krum. - O Salão aplaudiu o resultado já esperado, ainda tensos, esperando que o diretor lesse o próximo papel. - O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour! – Parabéns, Fleur! - Eu gritei, rindo da reação dos outros estudantes de Beauxbatons. O Salão se calou assim que ela sumiu para a câmara lateral. – O campeão de Hogwarts é Cedrico Diggory! - Após a leitura do último papel, a mesa da Lufa-Lufa explodiu de alegria, eu bati palmas, mas meus olhos e a minha mente ainda estavam no papelzinho que voou assim que Cedrico se reuniu aos outros campeões. - Harry Potter. - E é agora que a confusão começa.

  • Beauxbatons e Durmstrang

    Palavras: 1090 Notas: A parte sublinhada são falas em francês. No dia seguinte, eu fiz o possível para evitar Fred e Jorge. Fui até à aula de "Moody", não queria os encarar depois do show que eu dei noite passada. Durante a aula, o bruxo cismou em nos lançar a Maldição Imperius. Harry conseguiu - depois de cinco vezes seguidas - resistir completamente. Ele tentou apenas uma vez e, como fui uma das últimas, ninguém prestou muita atenção em mim. A maldição dele me atingiu suavemente, quase como um cobertor macio, mas assim que a voz dele soou em minha mente, minhas defesas se levantaram. "Rode e pule na carteira do seu lado" – N-Não... - Tentei controlar o impulso de o obedecer. "Rode e pule na carteira do seu lado, agora" - Não... Te... - "Rode e pule na carteira do seu lado" - Obedeço... - Meu corpo começou a se mover lentamente, girando para a esquerda. - Crouch Jr. - O nome deixou meus lábios como um sussurro. A surpresa tomou o rosto do velho, que logo afrouxou seu feitiço sobre mim. Ele pensa por um segundo e depois me dirige um sorriso sinistro. – Mesmo que não consiga resistir a Maldição, sua língua tem um descontrole que vai dar trabalho para quem te atacar. - Seu tom ainda era o do professor louco, mas seu olho bom estava grave e parecia me ameaçar. Não me controlo e devolvo-lhe o sorriso. – Assim espero, professor. - Me viro ao ouvir o sino que indicava o fim da aula. Saio antes que qualquer um pudesse reagir. Corro para a próxima aula, me apressando para me acomodar no fundo da sala, diminuindo as chances de McGonagall pegar no meu pé diretamente. A carga de deveres do quarto ano parecia maior que a do próprio quinto, já que teríamos que começar a nos preparar para os NOM's a partir deste ano. Depois da aula de T.C.M., eu ainda estava meio chateada por ter me deixado levar pelas emoções da noite anterior, por isso, mal percebi quando virei em um corredor e dei de cara com Malfoy. Demos um encontrão e ambos caíram no chão. Meus livros se espalharam e eu murmurei uma desculpa antes de começar a recolher-los, antes que eu pegasse o último, Malfoy se levantou e o chutou. – Qual a necessidade de fazer isso? – Você é a aluna transferida do ano passado, a que começou a andar com o Potter e fica por aí com os nojentinhos dos Weasley, não é? - Eu olhei bem para a cara de Draco. Ele é lindo, ponto passivo, mas é um pé no saco! Como eu queria bater naquela cara metida neste minuto... Bem, por que não? Peguei meu livro antes de responder, me levantei e dei um sorriso. – Não sei, sou? - No momento em que meu livro encontrou a bochecha do loiro, eu ouvi passos apressados em nossa direção. – O que está havendo aqui? - A voz de Snape me deu um sobressalto. – Ele me ofendeu. - Meu tom era hesitante. Os olhos negros do professor passearam entre eu e o espécime no chão. – Cinco pontos tirados da Grifinória, agora saia daqui. - Seu tom ainda era monótono. Com um simples "Sim senhor" eu me fui, vai que ele muda de ideia. Fui à biblioteca, devolver o livro que eu acabei de usar para agredir o Malfoy. Lá, eu acabei encontrando Cedrico, ele estava sozinho, parecia concentrado, devolvi meu livro e me aproximei dele. Um livro de feitiços? – Cedrico? - Coloquei a mão em seu ombro. – Ah, olá, Thalia. - Ele levantou os olhos para mim e sorriu. – Posso me sentar? - Ele assentiu e eu me sentei ao seu lado. - Já pedi para que me chamasse de Lia. - Ele soltou uma risada. – Desculpe, Lia, eu sempre esqueço. – Tudo bem. - Sorrio - Estudando? - Pergunto, gesticulando em direção ao livro. – Não exatamente. Estou mais... Acumulando conhecimento para o Torneio. - Ele piscou para mim. – Então você vai mesmo participar? - Meu tom triste o fez voltar seus olhos para o meu rosto. – Vou, Lia. Eu não entendo porquê você ser tão contra isso. - Ele suspirou e colocou a mão em cima da minha em meu joelho. – Eu... Não sou contra a sua participação, só tenho medo do que vai acontecer... – Medo por mim? - Seu riso não passou despercebido por mim, que assenti - Não se preocupe, eu sou grandinho já. - Antes que eu pudesse responder, Ernesto MacMillan, da Lufa-Lufa, veio correndo. – Cedrico! Você viu? As outras escolas que participam do Torneio vão chegar dia 30! – O que? Sério? - O loiro se entusiasmou, ainda não soltando a minha mão. O colega da casa assentiu energeticamente. – Durmstrang e ... Qual é o nome da outra mesmo? Da França... – Beauxbatons. - Meus olhos brilharam ao pensar na minha antiga escola. Os meninos me olharam curiosos. – Você conhece, Lia? - Cedrico aproximou o rosto de mim. – Claro, eu vim transferida de lá. - Meu sorriso era saudoso. Mal podia esperar para rever minhas antigas amizades e conhecidos. – Minha cara Madame Maxime - A voz de Dumbledore não me tirou do torpor de lembranças que ver a minha antiga diretora me colocara. - Bem-vinda a Hogwarts. - Após uma breve conversa com Dumbledore, Madame Maxime entrou para se aquecer e eu fiz o mesmo, já que tinha reconhecido alguns dos estudantes que ela havia trazido com ela. – Madame Maxime! - Eu gritei depois de driblar a segurança dos professores. A diretora francesa virou em minha direção. – Ora! Se não é a pequena Evans. – Ela me olhou como se lembrasse vagamente de mim. - Dumbledore a está tratando bem? – Sim, Madame, eu estou sendo muito bem tratada, obrigada. – Ela sorriu quando respondi seu francês como se nunca tivesse parado de falar tal língua. – THALIA! - Uma estudante loira gritou o meu nome. Passei meus olhos pelos franceses até achar Fleur, que já se levantava e vinha me cumprimentar. Sim, eu conheço Fleur Delacour, afinal, não acharam que eu tinha ido embora de Beauxbatons sem ter procurado por ela, não é? Por incrível que pareça, nós demos muito bem - Como está!? – O abraço da descendente de veela era tão delicado quanto seu esguio corpo. – Muito bem, e você, Fleur? E Gabrielle? – Retribui o abraço e me afastei rapidamente. – Oh! Ela está aqui, veio também! Estamos ótimas e eu vou me inscrever no Torneio deste ano! – Ri de seu entusiasmo. Ela me puxou para a roda de franceses e ficamos matando as saudades até ouvirmos gritos das portas do castelo. – Hm... Parece que Durmstrang chegou.

  • Irresistible

    Seu POV: Eu tropecei pelos corredores da casa de Liam, procurando uma saída. A mágoa não dura para sempre, mas eu preciso de um tempo para pensar sozinha. Eu direi que estou bem… Meia-noite não dura para sempre, a escuridão se transforma em luz… Agora, a mágoa gira meu mundo e eu estou ficando para baixo… De repente, Liam me alcança e segura meu braço. - Não tente me fazer ficar ou perguntar se eu estou bem, eu não tenho a resposta. Não me faça passar a noite ou me pergunte se está tudo bem. Eu não tenho a resposta para isso também… - SeuNome… Eu tentei me perguntar se devo sair com outro alguém. Eu gostaria de saber a resposta, mas eu sei que se você for agora, se você sair e eu ficar sozinho esta noite… Eu nunca vou saber. - Eu soltei uma risada amarga. As sobrancelhas dele se juntaram - Meia-noite não é hora para rir, principalmente quando você diz adeus. - Liam, por favor… - Mas eu tenho que confessar - ele se aproximou mais de mim, logo estávamos com apenas alguns centímetros entre nós - Isso torna seus lábios tão beijáveis. E seu beijo, imperdível. Seus dedos, tão tocáveis. E seus olhos, irresistíveis! - E nisso, ele me beija. - Liam, o que tanto você gosta em mim? - Minha voz já deixava claro que eu não tinha mais a força de vontade para ir embora. - Está na sua boca e no seu beijo, no seu toque e em seus dedos, e em todas as coisas e outras coisas que fazem você quem você é. Por isso que eu te amo. - Ele parou e pareceu pensar um pouco antes de acrescentar e sorrir: - And your eyes, irresistible.

  • As Maldições Imperdoáveis

    Palavras: 1058 Notas: A parte sublinhada é o sonho. Me chamem de louca, mas eu NUNCA irei entrar naquela sala de aula. Não enquanto o tal "Moody" estava dando a aula. Todos os alunos do quarto ano pareciam super ansiosos para a aula de D.C.A.T., menos eu... Segundo Dumbledore, eu não posso interferir no que acontece na história, isso não me impedia de ir matar aula com os gêmeos, já que eu me recusava a assistir aquele show que ele chama de aula. Felizmente, minha transgressão às regras da Escola não foi descoberta. Meu plano inicial era ir atrás de Cedrico para o convencer de não se inscrever, mas achei um Weasley no caminho. Jorge chegou bem no momento em que alguns alunos da Lufa-Lufa reclamavam que eu estava querendo desestimular o Campeão deles. Vendo isso, ele me levou para o lago e ficamos rindo da Lula Gigante que se mostrava para uns primeiros anistas, porém, de repente ele colocou a mão na minha cabeça e me encarou por alguns segundos. – Por que você faz isso? - Eu o olhei, confusa. – O que? – Isso! - Ele gesticulou para um grupinho de Lufanos que se afastavam. - Esse negócio de, de repente, decidir que uma pessoa aleatória não pode fazer alguma coisa também aleatória. Você só se machuca fazendo isso e não explicando nada para ninguém. - O tom do ruivo era, de certa forma, triste. – Eu... Eu prefiro me machucar agora com acusações falsas deles do que me machucar depois com o que vai acontecer se ele participar do Torneio. - Evitei olhar em seus olhos. – E o que vai acontecer se ele participar? - Ele segurou o meu queixo e me forçou a olhar para seu rosto, que estava na altura do meu. – Ele... – LIA! JORGE! - O querido gêmeo do Weasley que estava comigo veio correndo e gritando os nossos nomes, em seu rosto havia um sorriso lindo. - Vocês não vão acreditar no que eu achei! – O que? - Eu me soltei e dediquei mais atenção do que era realmente necessário no ruivo sorridente e arfante. Ouvi um suspiro de Jorge, Fred nos olhou desconfiado antes de continuar. – Eu achei uma fórmula em um livro de uma poção de envelhecimento, podemos usar para burlar a regra da idade no Torneio. – Não vai dar certo. - Balancei a cabeça sem nem mesmo lançar um olhar para a folha que ele trazia. Sua expressão para mim foi tão parecida com a de um cachorrinho chutado, que eu tentei distraí-lo: - Não seria melhor vocês se concentrarem em Bagman antes de pensar nisso? - Minhas palavras tiveram o efeito desejado. Jorge e Fred logo fecharam a cara em caretas idênticas. – Tem razão. - Fred passou o braço pelos meus ombros - Vamos para a Sala Comunal, lá nós podemos escrever algo para ele. - Como todos concordamos, seguimos para o Castelo. Nos acomodamos em um canto isolado da Sala assim que passamos pelo quadro. Eu ajudei os meninos na carta para o trabalhador trapaceiro do Ministério. Vi o local encher e depois começar a esvaziar a medida que a noite ia caindo. Já era madrugada quando eu me despedi dos gêmeos, e de Harry que também estava lá ainda, e fui para a cama. Estava quase pronta para pular na cama, quando um barulhinho na janela me chamou a atenção. Lá se encontrava Sid, com uma carta. – Mas eu não lembro de tê-la mandado com uma carta. - Eu murmurei para a coruja, a trazendo para dentro e pegando o papel preso em sua perna. - O quê?! - Sid se esfregou carinhosamente em mim antes de sair voando de volta para o corujal. Eu não acreditei na mensagem... Apenas cinco palavras... Mas AS cinco palavras: " Eu sei quem você é." Sem remetente, apenas destinatário. Eu não podia me mexer. Quem... quem poderia saber disso? Minha mão tremia enquanto eu olhava em volta. Todas dormiam, me virei e coloquei o bilhete o mais silenciosamente que pude em meu malão. O desespero tomou conta de mim. Uma informação dessa podia se tornar perigosa em mãos erradas... Meus pensamentos me seguiram para os sonhos, lugar que eu fui sem perceber... – Corra, Lia! - Gritavam para mim. - Saia daqui! - A voz foi se tornando mais familiar, mas eu não conseguia identificar quem era. - Você é surda? Corra! - Uma explosão cortou o pouco de silêncio que havia, minha visão estava embaçada, meus pensamentos estavam embaralhados. – Mate o outro. - Uma voz reptiliana sibilou em meu ouvido, um jato verde brilhou e gritos soaram sob mais explosões. – Severo, por favor. - O ar passava por mim em uma velocidade incrível, nada tinha forma, uma caveira apareceu perante mim, eu vi o chão se aproximando. Uma parede foi derrubada por um gigante. – NÃO! - Um braço me segurava enquanto um grito saia pela minha garganta, uma sombra passava por um véu, eu ainda não via nada além de sombras e formas que se formavam e reformavam. Uma pequena lâmina se alojou em meu corpo, a dor excruciante me fez gritar em desespero, mais braços me seguraram e palavras saíram de minha boca, palavras fracas e pontuadas por ondas que batiam na areia. Um sorriso apareceu em meu rosto. Um sorriso tranquilo, que logo sumiu. Substituído por mais explosões, agora eu via a cena, era uma das que mais me assombravam. Me desesperei, corri para ele, tentando evitar o desastre que ocorreria. Gritei seu nome com todas as forças, minhas pernas pareciam não funcionar, o que me desesperou mais ainda. Ele finalmente se virou para mim, seu sorriso era o único que eu queria ver para sempre, porém ele não durou muito, pois uma luz verde acertou suas costas e seu corpo inanimado tombou em meus braços, que tinham acabado de alcançá-lo. Levantei em um único pulo, eu chorava e ainda me lembrava da fria temperatura do corpo ao tocá-lo. Meus soluços eram audíveis, não contive um impulso e sai da cama, passando pela porta do dormitório e dando de cara com aqueles com quem sonhei. Agarrei seus pescoços e os abracei como se a minha vida dependesse disso. Provavelmente dependia. Solucei mais alto a medida em que o choque deles ia passando e eles iam passando a mão em minhas costas para me acalmar. – Shhh, está tudo bem, Lia, está tudo bem... - Jorge sussurrava. – Estamos aqui, Lia, não há o que temer. - Fred sussurrava.

  • Over Again

    Seu POV: Eu e Louis tínhamos brigado feio. Já fazia um mês que ele havia saído de casa e que não nos falávamos. Agora eu estou me sentindo tão para baixo, desde que fiquei sozinha… Há um buraco no meio do meu coração, como um polo e isso não tem graça para mim. Então, me pego pensando se podemos fazer isso tudo novamente? Eu lembro quando pegamos a mesma estrada que eu estava agora, dois dias com as mesmas roupas. E eu sei exatamente o que ele irá dizer se eu fizer toda essa dor passar… Podemos parar por um minuto? Eu posso dizer que meu coração não está nisso… “Você nunca vai saber como fazer isso sozinha” Eu pensava “E se você nunca vai demonstrar fraqueza por deixar ir, você continuará magoada se isso acabar… Você realmente quer ficar sozinha?” A discussão comigo mesma acabou quando bati na porta de Louis. Ele abriu devagar e, quando me viu, suspirou e me abraçou. Ele esperou que eu também o abraçasse antes de começar a falar: - Eu disse que nunca a deixaria, porque nossas mãos se encaixam bem como a minha camiseta. Se você está fingindo assim, desde o começo, com o coração apertado, então o meu beijo pode consertar o seu coração partido e eu posso esquecer tudo o que você disse para mim. - Ele não se afastou de mim, mas esperou minha resposta. Eu não poderia continuar fingindo ser forte. - Eu… Eu te amo, Lou… - Ele me beijou antes de eu terminar completamente a frase. Língua atada por três palavras, amaldiçoada, eu paralisei. Correndo através de pensamentos que fizeram os meus pés doerem, com nossos corpos entrelaçados nos lábios dele. - Eu posso te emprestar pedaços que podem se encaixar assim. E vou te dar todo o meu coração e, então, podemos começar tudo novamente. Diga-me com sua mente, corpo e espírito que posso fazer suas lágrimas caírem como os chuveiros britânicos. Independente de estarmos juntos ou separados, podemos os dois remover as máscaras e admitir que nos arrependemos desde o começo. - Ele me puxou novamente para um abraço e sussurrou docemente: - So we can start it all over again.

  • Olho-Tonto Moody

    Palavras: 1095 No dia seguinte, eu não vi Fred nem Jorge, fiquei correndo de um lado para o outro com Mione para que conseguíssemos chegar às aulas a tempo. Passamos por Herbologia, T.C.M., Aritmancia e um ataque surpresa do Malfoy, no qual ele acabou sendo transformado em uma doninha branca. Neste momento, eu estava bem do lado de Harry, o que me deu a vista perfeita para a cena. Quer dizer, eu sei que Draco não é um dos vilões, mas, durante a escola, ele é um saco, então eu me diverti com esta cena tanto quanto quando eu li e assisti ela nos filmes. Nada pessoal. Durante a tarde, Mione começou com o negócio do F.A.L.E., o que me tirou do sério rapidamente, então eu a deixei na biblioteca e sai, a procura de algo para fazer. Quando fui me aproximando do último andar, um primeiro anista se aproximou. – Você é a Thalia Evans? - Eu assenti - O Professor Dumbledore me pediu para te dar isto. - Ele me estendeu um bilhete. Peguei-o meio desconfiada, porém nele constavam apenas algumas palavras: "Espero que goste de SORVETE DE LIMÃO, Srta. Evans. Seria ótimo começar hoje, assim que receber o bilhete." Comecei a correr em direção ao escritório do diretor assim que terminei de ler, deixando para trás um novato bem confuso. Meu rosto se contorceu em um sorriso. FINALMENTE! Cheguei à águia arfando, quase morrendo de tanto correr. Depois de respirar um pouco, digo a senha e vejo ela se mover, subo a escada que surge e hesito à porta de Dumbledore. Bato discretamente. – Entre. - O tom do mais velho era baixo e calmo, o que contrastava lindamente o meu estado. Eu tentava decidir o que falar primeiro quando ele me mandou sentar à sua frente. Quando o fiz, ele começou. - Muito bem, Srta. Evans. Agora que está aqui, vamos começar. - Ele arrumou os óculos - Durante essas aulas que teremos ao longo do ano, quero lhe ensinar como entender qual o seu papel nesta história e como controlar o que apenas você poderá fazer. Alguma pergunta? – Até onde posso interferir? - Minha voz era hesitante. Engoli em seco ao ver ele suspirar. – Esta resposta depende muito da situação em que estamos falando, Srta. Você não pode mudar a história. Nunca. Isto é certo, entretanto, suas palavras podem ajudar a resolver alguns casos mais rápidos e seus atos podem salvar uma vida. – Uma vida só? - Um nó surgiu no meu estômago. – Sim. Sinto muito, Thalia. Mas o seu papel aqui é exatamente este, salvar uma vida inocente, que foi levada pelos horrores que a adivinha Joanne Rowling previu. Apenas uma vida e nada a mais. - O tom do bruxo deixou de ser leve para se tornar sombrio. - Durante o ano, eu ensinarei o feitiço criado, segundo a lenda, pela própria Morte para que aqueles que conhecem o Destino possam se redimir por quebrar uma de suas regras. – Regras? - Eu o olhei, confusa. – Acredito que lhe disse sobre elas ano passado, Srta. Ninguém deve conhecer o Destino e Ninguém deve mudá-lo. – Então... Eu devo me redimir por conhecer o tal Destino? - O sorriso de Dumbledore era triste. Depois de conversar mais com o Professor, fui dispensada para o jantar. Desci para o Salão, me sentindo culpada por não ter falado nada sobre Moody, mas eu esqueci na hora e quando fui voltar para falar, o dito cujo estava lá, subindo para a sala do Diretor. Fechando as minhas mãos em punhos, eu me dirigi para onde fui mandada, me sentando perto de Harry na mesa da Grifinória. Cheguei logo quando os mais novos estavam conversando com os gêmeos sobre o Olho-Tonto. Grunhi. – Ele é legal? – Para lá de legal! - Jorge respondeu, seguido por Lino: – Superlegal! – Ele é um monstro. - Falo baixo, recebendo um olhar revoltado de Lino e um desconfiado de Mione. - Vou subir, estou enjoada. - Agarrei uns dois sanduíches e sai da mesa, antes que os outros ficassem me chamando de louca. Fui bem devagar para a Sala Comunal, comendo os meus lanches. Parei perto da janela, já dentro da Sala, e decidi que ali seria um bom lugar para me deixar sentir a angústia que sentia. Então, eu corri para o quarto, onde peguei o coiote e o levei para baixo, me sentando em uma poltrona perto da janela, enquanto me perdia em pensamentos e me enrolava no coiote, ficando confortável. Estava quase dormindo, quando senti uma mão no meu ombro. – CARAMBA, WEASLEY! POR QUE NÃO VAI ASSUSTAR A SUA MÃE? - Como podem ver, eu fiquei um pouco irritada com o ruivo que chegou do nada. Ele ainda riu na minha cara! O que está acontecendo? Ele perdeu o amor a vida, por acaso? – Porque ela está muito longe neste momento, Lih. - O sorriso dele ao sentar na poltrona na minha frente foi o suficiente para me acalmar. Ficamos um momento em silêncio - Hey, Lih... – Diga, Fred. - Tirei os meus olhos da janela e olhei para ele. Ele realmente estava vermelho? – Eu... Eu queria te dizer uma coisa... – Ora, então fale, criança. - Virei meu corpo, para que ficasse de frente para ele. Ele parecia nervoso com algo. - O que foi, Fred? Está me preocupando. – E-Eu... V-Vo-Você q-quer s-sair c... – LIA! - Harry entrou pelo portal e se jogou no braço da minha poltrona. - Preciso falar com você. – Eu também! - Ron veio correndo atrás dele. Ambos ofegavam, sendo seguidos por um Jorge sorridente. – Não pode ser depois? O Fred quis falar comigo primeiro, sabe... - Harry o olhou estranho. – Tudo bem, ele pode esperar um pouco, não pode, Fred? - O Potter passou o braço pelos meus ombros quase como se me... Protegesse. Mas é besteira, afinal, ele não tem motivo para me proteger do Weasley, não é mesmo? O que aconteceu depois foi bem estranho também, Fred se levantou e subiu para o quarto, sem uma palavra, enquanto Jorge e Lino, que tinha acabado de chegar, o seguiram, rindo e acenando para mim. Ron revirou os olhos e Harry se sentou onde o ruivo estava antes. Suspirei. – Então, okay, fale, Harry. No final, eu fui dormir cogitando se deveria bater no meu irmão, afinal ele interrompeu Fred, que parecia querer dizer algo importante, para me perguntar se Hermione já estava preparando os horários das provas. A amiga é dele! Ele que pergunte para ela, oras! Subi para o meu quarto bem estressada, porém meu sonho me acalmou. Um coiote quente e fofo me protegeu.

  • I Would

    Seu POV: Era a nossa noite de formatura. A última noite antes de todos se separarem e irem cada um para o seu próprio caminho. Eu e meu namorado estavam brigados, então ele se recusou a ir no baile, mesmo assim eu fui. Afinal, meus amigos estavam lá… Zayn estava lá. - SeuNome, venha aqui, eu quero te dizer uma coisa… - O mesmo me chamou no fim da noite para o lado de fora. Zayn parecia nervoso e inquieto. - Diga, Zayn. - Eu sorri para ele, Malik tinha sido meu crush por muito tempo antes de eu conhecer meu atual namorado. Ele pareceu tomar fôlego. - Ultimamente eu me peguei pensando… Estive sonhando muito com você e, na minha cabeça, eu sou seu namorado… Mas isso é uma coisa que você já tem. - Seus olhos estavam intensos e sinceros, o que me deixou surpresa - Ele dirige para a escola todas as manhãs enquanto eu ando sozinho na chuva. Ele me mataria sem qualquer aviso se ele desse uma olhada nos meus pensamentos! - Zayn? - Não, SeuNome, me deixe terminar. Depois de hoje, eu não sei se terei outra chance de te perguntar: Ele te diria que está apaixonado? - Ele pausou. Eu não respondi - Bem, se fosse comigo, eu diria. Ele te abraçaria quando você está se sentindo triste? SeuNome, você deve saber que eu abraçaria! - Para ilustrar isso, ele me abraçou e me segurou firme contra o peito antes de continuar. Eu estava desnorteada. - Na minha cabeça, estamos nos beijando. Eu pensei que as coisas estavam indo bem, mas a realidade arruinou a minha vida com um sinal nas costas dizendo “me chute”. Parece que estou jogando constantemente um jogo que eu estou destinado a perder, porque eu não posso competir com o seu namorado… Ele tem 27 tatuagens! - Nós dois soltamos uma risadinha forçada aqui. - Ele te agradaria? Ele te beijaria? Ele te trataria como eu? Ele te tocaria? Ele precisaria de você? Ele te amaria como eu? - Ele tomou um último fôlego - Baby you should know that I would!

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