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Olho-Tonto Moody

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1095


No dia seguinte, eu não vi Fred nem Jorge, fiquei correndo de um lado para o outro com Mione para que conseguíssemos chegar às aulas a tempo. Passamos por Herbologia, T.C.M., Aritmancia e um ataque surpresa do Malfoy, no qual ele acabou sendo transformado em uma doninha branca. Neste momento, eu estava bem do lado de Harry, o que me deu a vista perfeita para a cena.


Quer dizer, eu sei que Draco não é um dos vilões, mas, durante a escola, ele é um saco, então eu me diverti com esta cena tanto quanto quando eu li e assisti ela nos filmes. Nada pessoal. Durante a tarde, Mione começou com o negócio do F.A.L.E., o que me tirou do sério rapidamente, então eu a deixei na biblioteca e sai, a procura de algo para fazer. Quando fui me aproximando do último andar, um primeiro anista se aproximou.


– Você é a Thalia Evans? - Eu assenti - O Professor Dumbledore me pediu para te dar isto. - Ele me estendeu um bilhete. Peguei-o meio desconfiada, porém nele constavam apenas algumas palavras:


"Espero que goste de SORVETE DE LIMÃO, Srta. Evans. Seria ótimo começar hoje, assim que receber o bilhete."


Comecei a correr em direção ao escritório do diretor assim que terminei de ler, deixando para trás um novato bem confuso. Meu rosto se contorceu em um sorriso. FINALMENTE! Cheguei à águia arfando, quase morrendo de tanto correr. Depois de respirar um pouco, digo a senha e vejo ela se mover, subo a escada que surge e hesito à porta de Dumbledore. Bato discretamente.


– Entre. - O tom do mais velho era baixo e calmo, o que contrastava lindamente o meu estado. Eu tentava decidir o que falar primeiro quando ele me mandou sentar à sua frente. Quando o fiz, ele começou. - Muito bem, Srta. Evans. Agora que está aqui, vamos começar. - Ele arrumou os óculos - Durante essas aulas que teremos ao longo do ano, quero lhe ensinar como entender qual o seu papel nesta história e como controlar o que apenas você poderá fazer. Alguma pergunta?


– Até onde posso interferir? - Minha voz era hesitante. Engoli em seco ao ver ele suspirar.


– Esta resposta depende muito da situação em que estamos falando, Srta. Você não pode mudar a história. Nunca. Isto é certo, entretanto, suas palavras podem ajudar a resolver alguns casos mais rápidos e seus atos podem salvar uma vida.


– Uma vida só? - Um nó surgiu no meu estômago.


– Sim. Sinto muito, Thalia. Mas o seu papel aqui é exatamente este, salvar uma vida inocente, que foi levada pelos horrores que a adivinha Joanne Rowling previu. Apenas uma vida e nada a mais. - O tom do bruxo deixou de ser leve para se tornar sombrio. - Durante o ano, eu ensinarei o feitiço criado, segundo a lenda, pela própria Morte para que aqueles que conhecem o Destino possam se redimir por quebrar uma de suas regras.


– Regras? - Eu o olhei, confusa.


– Acredito que lhe disse sobre elas ano passado, Srta. Ninguém deve conhecer o Destino e Ninguém deve mudá-lo.


– Então... Eu devo me redimir por conhecer o tal Destino? - O sorriso de Dumbledore era triste.


Depois de conversar mais com o Professor, fui dispensada para o jantar. Desci para o Salão, me sentindo culpada por não ter falado nada sobre Moody, mas eu esqueci na hora e quando fui voltar para falar, o dito cujo estava lá, subindo para a sala do Diretor. Fechando as minhas mãos em punhos, eu me dirigi para onde fui mandada, me sentando perto de Harry na mesa da Grifinória. Cheguei logo quando os mais novos estavam conversando com os gêmeos sobre o Olho-Tonto. Grunhi.


– Ele é legal?


– Para lá de legal! - Jorge respondeu, seguido por Lino:


– Superlegal!


– Ele é um monstro. - Falo baixo, recebendo um olhar revoltado de Lino e um desconfiado de Mione. - Vou subir, estou enjoada. - Agarrei uns dois sanduíches e sai da mesa, antes que os outros ficassem me chamando de louca. Fui bem devagar para a Sala Comunal, comendo os meus lanches.


Parei perto da janela, já dentro da Sala, e decidi que ali seria um bom lugar para me deixar sentir a angústia que sentia. Então, eu corri para o quarto, onde peguei o coiote e o levei para baixo, me sentando em uma poltrona perto da janela, enquanto me perdia em pensamentos e me enrolava no coiote, ficando confortável. Estava quase dormindo, quando senti uma mão no meu ombro.


– CARAMBA, WEASLEY! POR QUE NÃO VAI ASSUSTAR A SUA MÃE? - Como podem ver, eu fiquei um pouco irritada com o ruivo que chegou do nada. Ele ainda riu na minha cara! O que está acontecendo? Ele perdeu o amor a vida, por acaso?


– Porque ela está muito longe neste momento, Lih. - O sorriso dele ao sentar na poltrona na minha frente foi o suficiente para me acalmar. Ficamos um momento em silêncio - Hey, Lih...


– Diga, Fred. - Tirei os meus olhos da janela e olhei para ele. Ele realmente estava vermelho?


– Eu... Eu queria te dizer uma coisa...


– Ora, então fale, criança. - Virei meu corpo, para que ficasse de frente para ele. Ele parecia nervoso com algo. - O que foi, Fred? Está me preocupando.


– E-Eu... V-Vo-Você q-quer s-sair c...


– LIA! - Harry entrou pelo portal e se jogou no braço da minha poltrona. - Preciso falar com você.


– Eu também! - Ron veio correndo atrás dele. Ambos ofegavam, sendo seguidos por um Jorge sorridente.


– Não pode ser depois? O Fred quis falar comigo primeiro, sabe... - Harry o olhou estranho.


– Tudo bem, ele pode esperar um pouco, não pode, Fred? - O Potter passou o braço pelos meus ombros quase como se me... Protegesse. Mas é besteira, afinal, ele não tem motivo para me proteger do Weasley, não é mesmo?


O que aconteceu depois foi bem estranho também, Fred se levantou e subiu para o quarto, sem uma palavra, enquanto Jorge e Lino, que tinha acabado de chegar, o seguiram, rindo e acenando para mim. Ron revirou os olhos e Harry se sentou onde o ruivo estava antes. Suspirei.


– Então, okay, fale, Harry.


No final, eu fui dormir cogitando se deveria bater no meu irmão, afinal ele interrompeu Fred, que parecia querer dizer algo importante, para me perguntar se Hermione já estava preparando os horários das provas. A amiga é dele! Ele que pergunte para ela, oras! Subi para o meu quarto bem estressada, porém meu sonho me acalmou. Um coiote quente e fofo me protegeu.

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