top of page

O Furo Jornalístico de Rita Skeeter

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1006

Notas: Não sei fazer sotaque, me processe ou me ensine.


O dia depois do Natal não foi tão bom assim. Mione saiu cedo para fingir civilidade com Ron e não percebeu meus olhos inchados. Eu fiquei deitada, com as cortinas fechadas até que todas as meninas saíssem do dormitório. Não queria sair da cama e enfrentar pessoas, não agora... Porém, uma ideia me veio, peguei um papel e minha pena e escrevi uma carta para meu padrinho, contando por cima os ocorridos e lhe perguntando: "O que eu faço?".


Quando terminei de redigir a carta, me levantei. Lavei o rosto e me troquei, coloquei um pouco de maquiagem necessária para disfarçar o inchaço e saí, a procura de Sid no corujal. Cheguei lá e encontrei minha linda coruja piando para outro ser de sua espécie.


— Bom dia, Sid. - Acariciei suas penas, sendo retribuída com picadas carinhosas. - Será que você pode levar uma carta para mim? - Ela se afastou e me esticou sua perninha. - Obrigada. Essa é para Lupin - Amarrei a carta e lhe dei uma guloseima. Ela piou alto e levantou voo, desaparecendo rapidamente pelo céu carregado de nuvens.


Após observá-la desaparecer, eu voltei para a Sala Comunal, onde encontrei Fred, Jorge e Lino brincando. Fred parou quando me viu e pareceu querer falar algo, mas eu simplesmente passei reto deles e subi para o meu quarto. Fiquei lá apenas para comer alguns doces que havia ganhado no dia anterior e logo sai novamente para me encontrar com Anton na biblioteca, para poder explicar o que havia acontecido.


Cheguei na biblioteca e ele já estava lá, sentado. Parecia concentrado no livro que lia, estava com a típica carranca de Durmstrang de volta, mas havia algo em sua expressão que me acalmou. Fui até ele e me sentei a sua frente. Ele levantou os olhos para mim e ensaiou um sorriso.


— Boun dia, Liah.


— Bom dia, Anton, dormiu bem?


— Sim, mass naum posso disser o messmo que vosse, posso? - Eu suspirei.


— Não muito, mas estou melhor agora. - Eu pegue sua mão pela mesa e a apertei. - Me desculpe por ontem, Anton, de verdade. Não quis que aquilo acontecesse ou te deixar lá sozinho.


— Tude bem, Liah - Ele retribuiu o aperto. - Eu mudei de ideia, naum querro que me espllique. - Eu o olhei, surpresa. Seus olhos brilhavam. - Que tall me counpenssar indo comig na vissita em Hogsmeadd? - Eu ri.


— Seria uma honra, Anton. - Sorrindo, eu e ele nos voltamos para a leitura, ele com um livro da biblioteca e eu com um dos meus novos, com conversas eventuais. Foi bom passar esse tempo com ele, foi relaxante. As semanas seguintes passaram e as aulas voltaram. Eu parei de andar com os gêmeos e com Lino, mas não parei de conversar com Jorge, apenas estou andando mais com Anton, quando não estou em aulas, e com Mione.


O trio de ouro havia me contado que Hagrid estava com problemas com Rita Skeeter, mas eu não podia ajudar muito agora, então apenas respondi que havia várias maneiras da enxerida se meter nos assuntos internos de Hogwarts.


Eles me convidaram para ir visitar o amigo, mas eu preferi não ir, afinal, Hagrid deve querer o apoio daqueles que o conhecem e não de uma "sobrinha" descoberta recentemente. Durante a sexta-feira anterior à visita em Hogsmeade, Fred veio falar comigo. Antes que ele soltasse a primeira palavra, eu soltei para Jorge:


— Amanhã eu vou com Anton, ok? Não precisam me esperar. - Ele apenas assentiu e olhou para o gêmeo, suspirando. Me afastei deles e esperei para o sábado.


No sábado, Anton me encontrou logo após o café, me guiando para a cidadezinha. Nós fomos conversando, fui conhecendo mais sobre ele, sobre sua família, sobre o que ele queria fazer. Ele me disse que queria voltar para a Grã-Bretanha assim que pudesse, pois prefere o clima daqui e as pessoas daqui são muito mais agradáveis, segundo ele.


Anton também me falou sobre os irmãos mais velhos e como é difícil a convivência dos quatro, ele me falou que era o mais novo e que a mãe se esquecia muito dele, mas um dos irmãos sempre cuidava para que ele estivesse bem. Eu sorria e completava algumas informações dele com as minhas, mas eu era vaga, nada de contar para ele quem eu realmente sou.


Nós passeamos muito e fomos nos esquentar em um café, longe do Três Vassouras. Rimos muito e ele fez questão de pagar a conta. Ele foi um cavalheiro, sempre em contato comigo, enquanto comíamos, ele esfregava o dedão em minha mão, quando andávamos, ele acariciava o meu ombro, passando o braço pelas minhas costas. Fomos a Dedosdemel e ele me comprou um pirulito.


Eu reclamei dele pagar tudo para mim, então ele me pediu que comprasse algo na Zonko's enquanto ele dava uma passada em outra loja. Eu o fiz, fui lá e comprei uma caixa com fogos de artifício que não queimam. Estava toda animada e fui atrás dele, mas não fui longe, pois logo ele já estava ao meu lado na rua cheia de neve. Ele carregava uma caixinha minúscula com ele. Entreguei a caixa que comprei para ele, que sorriu e me agradeceu com um beijo na testa, o que me deixou muito surpresa.


Quando perguntei sobre sua caixa, ele disse que era um presente para alguém muito especial. Não voltei nesse assunto e fomos nos dirigindo ao castelo. Vi Fred, Jorge, Lino e Angelina passeando, mas não parei para cumprimentá-los, Anton notou que eu estava desconfortável e fez graça, roubando meu pirulito.


— Ei! - Eu reclamei de brincadeira.


— Ops - Quando vi seu sorriso de lado, tomei o pirulito de volta. Não me julgue, o pirulito era o meu tipo favorito! Já no castelo, ele se despediu de mim com outro beijo na testa. Me sentindo leve e feliz, retribui com um beijo na bochecha e pude jurar que o vi corar. Anton se distanciou com pressa e eu subi as escadas com um sorriso enorme. Dias bons e dias ruins, esses meninos vão me matar ainda.

0 visualização0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

O Ovo e o Olho

Eu não sei o que havia me dado, mas naquela noite, eu fui dormir cedo. Parecia que meu corpo flutuava ...

O Baile de Inverno

Depois do ocorrido dos convites, eu evitei ficar sozinha com Fred, apesar de me esforçar para não o tratar diferente do que estávamos ...

A Tarefa Inesperada

Eu estava nas nuvens. Na última aula de Transfiguração, a Prof.ª McGonagall havia anunciado o Baile de Inverno.

Comments


bottom of page