Palavras: 1140
Notas: Não sei fazer sotaque, me processe ou me ensine.
Na manhã seguinte, eu acordei com Mione se movendo ao meu lado.
– Bom dia. - Resmunguei, me virando na cama, tentando não cair.
– Bom dia. Vamos descer?
– Deixe só eu acordar e me trocar primeiro. - Bocejando, eu me arrastei até a minha cama e peguei as minhas vestes. Quando ambas estávamos prontas, nos dirigimos para o Salão Principal. Chegando lá, acabamos por encontrar Ron, sentado sozinho, comendo seu café da manhã como se o mesmo tivesse dito algo muito grosseiro para ele.
– Bom dia, Ron. - O cumprimentamos. Ele nos olhou e acenou com a cabeça, seu olhar se demorou em mim, parecia querer dizer algo. Eu e Mione nos sentamos e comemos em silêncio com ele. Hermione se moveu, desconfortável, após um tempo. - Então... Eu vou levar umas torradas para Harry, ele deve estar com fome. - Eu sorri.
– Deve mesmo, faça isso, vou ficar por aqui mais um pouco. - Assim que a morena saiu, eu me virei para Ronald. - Desembucha.
– O que? - Seu tom era hesitante.
– Você sabe muito bem o que, Weasley. - Me virei para ele e cruzei os braços, mostrando que ele teria que falar, sem escape. Ele suspirou, ainda hesitante.
– Eu... Eu acredito nele...
– Mas?
– Mas... eu não sei, é como se tudo que acontecesse fosse com ele e eu sempre sou deixado de lado em algum momento... - Minha vez de suspirar.
– Ron, você sabe que a culpa não é dele, não sabe? - Ele assentiu. - Então, por que brigar com ele?
– Foi no calor do momento... Eu vou me desculpar... Só, só me deixe acalmar antes.
– Se você diz... - Me levantei, sorrindo de lado para o ruivo. - Você é incrivelmente burro ás vezes, sabia, Weasley? - Apertei o ombro dele e sai do Salão. No momento em que eu saia, dois lufanos saiam também, Cedrico e uma terceiro-anista, Júlia se não me engano. Sorri para ambos, que retribuíram. Me aproximei - Bom dia!
– Bom dia, Lia. - Cedrico parecia de bom humor.
– Bom dia. - A lufana me respondeu em tom tímido. Seu cabelo castanho caiu em seu rosto e seu rosto ficou vermelho quando me aproximei dela. Okay, talvez eu tenha me aproximado DEMAIS dela, mas ela era uma baixinha tão fofa, minhas raízes tropicais tomaram conta.
– Lia! - Cedrico me puxou para mais longe da menina - Nós estávamos indo para a biblioteca, quer ir também?
– Claro, por que não? - Sorri. Passamos o dia na biblioteca, ajudando Júlia com uma pesquisa para a aula de Poções, que mais tarde eu descobri ser a matéria que ela mais gostava. Como ela gostava das aulas de Snape eu não sei, mas quem sou eu para julgar, não é mesmo?
A semana seguinte foi difícil para Harry, a maioria da escola contra ele, quase ninguém acreditando nele, a promessa de perigo que o Torneio proporcionava. Mas, sem dúvida, o momento mais difícil para ele foi na aula de Poções, durante a sexta-feira, onde ele viu os botons pela primeira vez. Eu cheguei na hora em que o broche mudava para POTTER FEDE , o que não foi bem uma boa coisa.
– Hum... Potter fede? - Fui me aproximando de Malfoy lentamente, como se fosse tirar pó das vestes dele. - Jura, Draco? Só conseguiu pensar nisso? - O rosto do loiro começou a ficar vermelho, os amigos que antes riam, pararam para observar. - Deve ter dado um trabalhão para fazer esses todos, quanto tempo você dedica para pensar em Harry, hein Malfoy? - Pisquei para ele e entrei antes que as minhas palavras fizessem efeito. Assisti a aula com um grande, enorme, gigantesco tédio, que só foi quebrado quando o sinal tocou e eu cruzei com Dumbledore no corredor. - Ah! Professor! - Eu o chamei.
– Diga, Srta. Evans.
– O senhor está indo para a pesagem das varinhas? - Ele negou.
– Estou voltando dela. - Ele piscou para mim - A espero hoje em meu escritório, Srta. Evans.
– Com toda certeza, Professor. - Sorri, o vendo sair pelo corredor. Como ainda faltavam algumas horas para a minha aula com ele, desci para o Salão, onde jantei rapidamente, sob o olhar impaciente do búlgaro de cabelos compridos.
Me levantei e ele parecia ter terminado sua refeição também, pois se levantou apressadamente e foi em direção à porta sem lançar um único olhar ao resto do Salão. Ainda confusa pelo porquê do olhar dele em mim, sai do Salão bem distraída, não percebendo que alguém havia parado em minha frente. Trombei com um muro de peles e uniforme da Durmstrang. Fui segurada antes que eu caísse.
– Por Merlin! Me desculpe!
– Ahn... Tudo bem. - O timbre dele era grave e sua voz ressoou - É... Bem, vossê ser de Hoggwarrts, non? - Não aguentei e ri de seu sotaque, agora olhando para cima, eu percebia que era o garoto búlgaro que me encarava.
– Sim e você de Durmstrang. - Voltei a me equilibrar, porém suas mãos não deixaram meus ombros.
– Sim, meum nome ser Anton, e vossê?
– Thalia, mas me chame de Lia, por favor. - Sorri quando sua cabeça tombou para o lado, devo admitir que foi, de certa forma, adorável.
– THALIA! - Ouço outra voz gritar, antes que ele possa responder. Olho para trás e Fred e Jorge vinham pelo corredor, Jorge parecia a ponto de explodir de tanto rir, enquanto Fred parecia que também iria explodir, mas de raiva. O gêmeo raivoso chegou em nós primeiro e me puxou das mãos do búlgaro, que o encarou, levemente ofendido. - Temos que ir, vem. - Ele saiu me arrastando pelo braço, mal me dando tempo para acenar em despedida para o coitado do Anton.
– Para que tanta raiva, Weasley? - Meu tom era sarcástico. E foi Jorge que respondeu.
– Aaawn, meu irmão está crescendo, isso é assustador para menininhos como ele, por isso ele é violento assim. - As nossas risadas foram abafadas por um Fred vermelho.
– Não brinque com isso, você viu como ele estava perto dela. - Isso calou as gargalhadas de Jorge, que assumiu uma expressão grave.
– Ele tem razão nisso, Lia, você foi muito inocente, não pode deixar aquele búlgaro chegar tão perto assim de novo.
– Ciúmes, gêmeos? - Levantei uma sobrancelha.
– Sim. - Jorge respondeu simplesmente, enquanto Fred ficava mais vermelho - Ninguém invade o seu espaço pessoal, apenas nós dois. - Dito isso, a criança pulou em mim e sorriu. Rindo disso, eu me separei deles, dizendo que tinha a aula com Dumbledore. Cheguei em seu escritório bem na hora.
– Entre. - Me acomodei em uma das cadeiras - Começaremos hoje, respondendo a uma pergunta sua.
– Sobre a única vida que eu posso salvar... - Seu olhar me incentivou a prosseguir - É apenas uma dentre todas? Ou apenas uma de cada livro, por exemplo? - Sua boca não precisou me responder, pois seus olhos o fizeram antes. Como eu poderia decidir algo assim!?
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