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Beauxbatons e Durmstrang

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1090

Notas: A parte sublinhada são falas em francês.


No dia seguinte, eu fiz o possível para evitar Fred e Jorge. Fui até à aula de "Moody", não queria os encarar depois do show que eu dei noite passada. Durante a aula, o bruxo cismou em nos lançar a Maldição Imperius. Harry conseguiu - depois de cinco vezes seguidas - resistir completamente.


Ele tentou apenas uma vez e, como fui uma das últimas, ninguém prestou muita atenção em mim. A maldição dele me atingiu suavemente, quase como um cobertor macio, mas assim que a voz dele soou em minha mente, minhas defesas se levantaram. "Rode e pule na carteira do seu lado"


– N-Não... - Tentei controlar o impulso de o obedecer. "Rode e pule na carteira do seu lado, agora" - Não... Te... - "Rode e pule na carteira do seu lado" - Obedeço... - Meu corpo começou a se mover lentamente, girando para a esquerda. - Crouch Jr. - O nome deixou meus lábios como um sussurro. A surpresa tomou o rosto do velho, que logo afrouxou seu feitiço sobre mim. Ele pensa por um segundo e depois me dirige um sorriso sinistro.


– Mesmo que não consiga resistir a Maldição, sua língua tem um descontrole que vai dar trabalho para quem te atacar. - Seu tom ainda era o do professor louco, mas seu olho bom estava grave e parecia me ameaçar. Não me controlo e devolvo-lhe o sorriso.


– Assim espero, professor. - Me viro ao ouvir o sino que indicava o fim da aula. Saio antes que qualquer um pudesse reagir. Corro para a próxima aula, me apressando para me acomodar no fundo da sala, diminuindo as chances de McGonagall pegar no meu pé diretamente. A carga de deveres do quarto ano parecia maior que a do próprio quinto, já que teríamos que começar a nos preparar para os NOM's a partir deste ano.


Depois da aula de T.C.M., eu ainda estava meio chateada por ter me deixado levar pelas emoções da noite anterior, por isso, mal percebi quando virei em um corredor e dei de cara com Malfoy. Demos um encontrão e ambos caíram no chão. Meus livros se espalharam e eu murmurei uma desculpa antes de começar a recolher-los, antes que eu pegasse o último, Malfoy se levantou e o chutou.


– Qual a necessidade de fazer isso?


– Você é a aluna transferida do ano passado, a que começou a andar com o Potter e fica por aí com os nojentinhos dos Weasley, não é? - Eu olhei bem para a cara de Draco. Ele é lindo, ponto passivo, mas é um pé no saco! Como eu queria bater naquela cara metida neste minuto... Bem, por que não? Peguei meu livro antes de responder, me levantei e dei um sorriso.


– Não sei, sou? - No momento em que meu livro encontrou a bochecha do loiro, eu ouvi passos apressados em nossa direção.


– O que está havendo aqui? - A voz de Snape me deu um sobressalto.


– Ele me ofendeu. - Meu tom era hesitante. Os olhos negros do professor passearam entre eu e o espécime no chão.


– Cinco pontos tirados da Grifinória, agora saia daqui. - Seu tom ainda era monótono. Com um simples "Sim senhor" eu me fui, vai que ele muda de ideia. Fui à biblioteca, devolver o livro que eu acabei de usar para agredir o Malfoy. Lá, eu acabei encontrando Cedrico, ele estava sozinho, parecia concentrado, devolvi meu livro e me aproximei dele. Um livro de feitiços?


– Cedrico? - Coloquei a mão em seu ombro.


– Ah, olá, Thalia. - Ele levantou os olhos para mim e sorriu.


– Posso me sentar? - Ele assentiu e eu me sentei ao seu lado. - Já pedi para que me chamasse de Lia. - Ele soltou uma risada.


– Desculpe, Lia, eu sempre esqueço.


– Tudo bem. - Sorrio - Estudando? - Pergunto, gesticulando em direção ao livro.


– Não exatamente. Estou mais... Acumulando conhecimento para o Torneio. - Ele piscou para mim.


– Então você vai mesmo participar? - Meu tom triste o fez voltar seus olhos para o meu rosto.


– Vou, Lia. Eu não entendo porquê você ser tão contra isso. - Ele suspirou e colocou a mão em cima da minha em meu joelho.


– Eu... Não sou contra a sua participação, só tenho medo do que vai acontecer...


– Medo por mim? - Seu riso não passou despercebido por mim, que assenti - Não se preocupe, eu sou grandinho já. - Antes que eu pudesse responder, Ernesto MacMillan, da Lufa-Lufa, veio correndo.


– Cedrico! Você viu? As outras escolas que participam do Torneio vão chegar dia 30!


– O que? Sério? - O loiro se entusiasmou, ainda não soltando a minha mão. O colega da casa assentiu energeticamente.


– Durmstrang e ... Qual é o nome da outra mesmo? Da França...


– Beauxbatons. - Meus olhos brilharam ao pensar na minha antiga escola. Os meninos me olharam curiosos.


– Você conhece, Lia? - Cedrico aproximou o rosto de mim.


– Claro, eu vim transferida de lá. - Meu sorriso era saudoso. Mal podia esperar para rever minhas antigas amizades e conhecidos.


– Minha cara Madame Maxime - A voz de Dumbledore não me tirou do torpor de lembranças que ver a minha antiga diretora me colocara. - Bem-vinda a Hogwarts. - Após uma breve conversa com Dumbledore, Madame Maxime entrou para se aquecer e eu fiz o mesmo, já que tinha reconhecido alguns dos estudantes que ela havia trazido com ela.


– Madame Maxime! - Eu gritei depois de driblar a segurança dos professores. A diretora francesa virou em minha direção.


Ora! Se não é a pequena Evans. – Ela me olhou como se lembrasse vagamente de mim. - Dumbledore a está tratando bem?


Sim, Madame, eu estou sendo muito bem tratada, obrigada. – Ela sorriu quando respondi seu francês como se nunca tivesse parado de falar tal língua.


– THALIA! - Uma estudante loira gritou o meu nome. Passei meus olhos pelos franceses até achar Fleur, que já se levantava e vinha me cumprimentar. Sim, eu conheço Fleur Delacour, afinal, não acharam que eu tinha ido embora de Beauxbatons sem ter procurado por ela, não é? Por incrível que pareça, nós demos muito bem - Como está!? – O abraço da descendente de veela era tão delicado quanto seu esguio corpo.


Muito bem, e você, Fleur? E Gabrielle? – Retribui o abraço e me afastei rapidamente.


Oh! Ela está aqui, veio também! Estamos ótimas e eu vou me inscrever no Torneio deste ano! – Ri de seu entusiasmo. Ela me puxou para a roda de franceses e ficamos matando as saudades até ouvirmos gritos das portas do castelo.


Hm... Parece que Durmstrang chegou.

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