Palavras: 952
Pedido: Não
Resumo: Uma velha conhecida de Jack o procura para uma aventura.
Aviso: Gifs encontrados no Tumblr, nenhum me pertence.
“Ora ora ora, olha só quem me achou.” A bruxa do mar sorriu quando o seu rosto foi iluminado pela pouca luz que o barracão de madeira podre disponibilizava. A surpresa fingida no tom dela te divertiu.
“Não me tire como ignorante, Tia Dalma, nós duas sabemos que eu viria, mais cedo ou mais tarde.”
“Eu desconfiava. Mas ultimamente o mar não anda tão previsível quanto antes, mesmo para mim.” A bruxa começou a se levantar, espreguiçando-se. “Agora, vamos ao que me interessa, o que eu não sei. O que veio fazer aqui?” Você sorriu maliciosamente enquanto se aproximava da outra.
“Vim cobrar o favor que me deve.” O sorriso de Tia Dalma vacilou. “Não se preocupe. Eu preciso de algo específico. Uma simples localização.”
“Localização de…?” Ela estreitou os olhos.
“De alguém que me deve mais de mil vidas, alguém que vai pagar o débito comigo, assim como você, ao me revelar onde está Jack Sparrow.”
“Ah” A bruxa respirou aliviada e voltou a se debruçar em sua mesa. “Esperava que me pedisse algo mais trabalhoso. Porém… Está pronta para enfrentá-lo, querida? O mar me sussurrou que ele recuperou o Pérola, o preço por ele pode ser maior do que você espera ter que pagar.”
“Eu estou ciente, obrigada. Deixe que das consequências do encontro cuido eu, Tia.” Seus olhos brilharam em expectativa.
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Um casamento acontecia nos jardins dos Turner. Will e Elizabeth entretinham os poucos convidados com histórias de quando pararam com a pirataria enquanto os noivos Carina e Henry conversavam com um notável pirata que surpreendeu a todos com sua presença.
Para dizer a verdade, os únicos assistindo a cerimônia eram piratas, Jack Sparrow e sua tripulação, que conviveram com os dias rebeldes e salgados do casal mais velho. A família Turner ficou boquiaberta quando o Pérola Negra estancou na praia, ninguém esperava que Jack aceitasse ir para terra firme para assistir demonstrações de carinho e amor.
Tudo ia normal, todos já estavam bêbados quando o Sol se pôs, Jack liderava a cantoria enquanto os noivos riam alto e conversavam sobre a viagem futura de Lua-de-Mel. Will e o Capitão discutiam sobre um jogo, Elizabeth e a tripulação se divertiam com a disputa infantil.
Tudo parecia ridículo de bom, nenhum pirata maluco tentando matar um deles, nenhum monstro ou canibal perseguindo o grupo nem ninguém sendo enforcado. Mr. Gibbs foi o único que notou essa falta de adrenalina na festa, assim como também foi o único que percebeu as velas do Pérola caindo pelos mastros do navio. Sua primeira reação foi gritar para o Capitão, chamando todas as atenções para ele e fazendo com que a embriaguez de Jack sumisse.
“O que está falando, Mr. Gibbs?!” Jack olhou para o seu navio e viu tochas acessas.”Quem se atreve a tentar me roubar o Pérola Negra?!” Com isso, todos os presentes saíram correndo, sem notar que quem quer que estivesse no barco não estava saindo do caís, pelo contrário, parecia esperá-los. Jack foi o primeiro a subir a sua cabine, ele abriu a própria porta com violência antes de congelar. “(S/n). Querida, como me achou?” A voz dele era baixa e parecia tentar manter o tom malicioso.
“Olá, Jack. Como vai? Quando fiquei sabendo que recuperou o navio mais rápido dos mares, eu tive que vir e ver com os meus próprios olhos.” Você colocou seus pés em cima dos mapas do Capitão.
“Não me respondeu, querida.”
“E nem vou. Eu te encontrei, isso que importa. E agora,” Sua postura relaxada foi iluminada pela lua. “ao que interessa. Você me deve, Capitão.” Jack riu, nervoso, ao ouvir seu tom.
“Não está tentada a me tomar o navio, está?” Ele sentiu um grande peso ser retirado dele quando você negou com a cabeça. “Como então? Sei que não posso mais fugir. Ainda mais agora que não sei o que fez na minha Pérola enquanto eu estava fora.”
“Ainda bem que sabe, Jack. Mas não se preocupe. Tenho algo bem interessante em mente.” Seu sorriso foi interrompido quando o resto do grupo que achava que estavam sendo atacados chegou à cabine. Eles pareciam prontos para lutar e iriam te atacar, se o querido Mr. Gibbs não te reconhecesse.
“(S/n)?”
“Mr. Gibbs! Quanto tempo!” Seu tom brincalhão retornou ao revezar os olhos entre seus conhecidos. “Estava agora mesmo conversando com Jack sobre vocês me levarem em uma caçada. Assim que a festa acabasse, claro.” Você sorriu para os recém-casados.
“Caçada?” Todos estavam confusos demais para qualquer reação mais intensa.
“Sim, Jack concordou em nos levar para caçar o Kraken. De graça. Não é mesmo, Capitão?” Para a sua surpresa, o pirata sorria também.
“Ah, exatamente. Sairemos quando o sol se por, amanhã.” Ele se virou para a tripulação. “Aqueles que não quiserem ir, terão até amanhã para tirarem seus corpos do meu navio. Os que forem loucos o suficiente para nos acompanhar terão um dia para ficarem sóbrios o suficiente para escalar esse navio em menos tempo do que levaram agora, que vergonha.” Sua sobrancelha arqueou ao ouvir as palavras maliciosas do capitão, ainda mais quando ele se virou para você.
“E você, temível Dama d’Água, (S/n). Ah, eu e você teremos um dia para ‘discutirmos’ detalhes da viagem.” Os outros correram da cabine enquanto Capitão Jack Sparrow se curvava sobre o seu corpo apoiado na mesa de madeira, um sorriso quase censurável brincava nos lábios atraentes do pirata.
Na noite seguinte, os marujos que ficaram, mais os Turner, tentavam esconder o constrangimento e davam tudo o que tinham para não encarar as marcas em ambos os capitães. Quase todos ali conheciam sua reputação mortífera e Jack parecia ainda mais animado para a missão suicida que você o jogou.
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