Palavras: 1241
Naquela manhã, Mira e Mayumi iriam colocar em prática o plano para juntar os casais da guilda. Depois da primeira conversa das duas, Mayumi havia apenas dissolvido no ar, falando que quando Mira precisasse falar com ela, poderia apenas falar, pois ela a escutaria de alguma forma. A albina simpatizou com a garota que a chamava de Mirajane-sama, por mais que pedisse para a mesma não o fazê-lo, e, por isso, confiou que seu plano não machucaria nenhum de seus amigos.
O dia começou como sempre começava na barulhenta Fairy Tail, gente bebendo, gente brigando, coisas voando, coisas se quebrando, nada fora do comum, até Mira avistar Lucy e Levy chegando juntas e se sentando em uma mesa mais afastada. Lucy foi até o balcão, cumprimentando Mira e pedindo dois copos de suco. A loira parecia abatida, enquanto a azulada sentada parecia estar procurando alguém pela guilda. Quando Lucy ia se afastar para levar seu suco, Natsu a avistou, vindo correndo em sua direção.
– Oe, Lucy! – O rosado sorriu para ela, que não retribuiu. – Vamos fazer uma missão juntos?
– Sinto muito, Natsu, mas eu prometi para Levy-chan que a ajudaria em uma coisa hoje. – O sorriso do Dragon Slayer vacilou. Vendo isso, Lucy tentou amenizar a situação. – Mas quem sabe não podemos ir daqui a dois dias, hein? Meu assunto com Levy-chan não deve demorar.
– Aye! – Ele riu e se distanciou novamente, indo arranjar briga com alguém aleatório. A loira suspirou e ia se afastando quando ouviu Mira falar algo.
– Falou comigo, Mira-san? – A albina a olhou, confusa, até perceber que havia perguntado do espírito em um tom que a amiga ouviu.
– Hã? Não! Não é nada, eu estava apenas pensando alto. – A maga TakeOver deu um sorriso amarelo – Levy parece estar esperando você, Lucy-chan. – Num sobressalto, a maga celestial se lembrou da pequena amiga, dando as costas para a mais velha e correndo com os sucos para a mesa onde a azulada estava.
– Sabe, Mirajane-sama, eu sempre me perguntei por quê Lucy-sama é tão relutante em aceitar os sentimentos dela. – A albina ouviu uma voz vir de cima do armário alto do bar, olhou em direção à voz e viu sua nova amiga sentada, balançando suas pernas como uma criança, no vão entre o armário e o teto.
– Você pode cair daí.
– Posso cair, mas não posso me machucar. Não tenho um corpo físico como o de Mirajane-sama. – O espírito deu de ombros, se curvando levemente para frente. – Sobre a pergunta que Mirajane-sama fez, sim. Eu posso ouvir suas perguntas mesmo que forem sussurradas, afinal, seria estranho se Mirajane-sama fosse vista falando sozinha. – O sorriso de Mayumi foi retribuído pela maga.
– Nosso plano começou, Natsu, Gray, Gajeel, Levy e Lucy já chegaram...
– Juvia acabou de vir. – A morena apontou para a entrada da guilda, onde uma skalter azulada espiava seu amor. – Acho melhor eu ir...
– Por q... – Um grito soou perto do balcão, ambas olharam em direção à azulada que fitava Mayumi, horrorizada.
– VOCÊ VAI CAIR! MIRA-SAN! TIRE ESSA MENINA DE CIMA DO ARMÁRIO! – Mira só conseguia pensar uma coisa: Como Levy a via?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Vamos voltar na história um pouquinho, antes da confusão com o espírito e Levy para a parte onde Natsu, do outro lado da guilda olhava para uma loira, pensando o que estaria passando pela cabeça da mesma. O rosado sabia que sentia algo diferente pela maga, não tinha certeza do que era, mas Natsu não tinha dúvidas que gostava da companheira mais do que deveria gostar de uma amiga... Ele se entusiasmava com esse sentimento e o aceitava de braços abertos.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Agora, ainda antes da confusão, partimos para uma outra cidade, onde Gajeel fazia uma missão com Lily. Eles haviam concluído a mesma e estavam esperando o trem para voltarem para sua guilda, Lily estava lendo um livro emprestado por uma certa baixinha, enquanto o Dragon Slayer encarava o livro, pensando em como estaria a sua... espere aí! Sua? Ele sacudiu a cabeça em desespero. Não poderia, nem aceitaria sentir algo a mais pela azulada. Ela merecia alguém bom, coisa que ele não era.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Em outra estação se encontrava Jellal, o mago celestial apaixonado pela grande Titania. O mesmo olhava para o céu claro, esperando que assim criasse coragem para ir onde realmente queria ir, porém algo em sua mente lhe sugava qualquer gota de bravura, talvez fosse a própria mente, o lembrando do que já fizera para sua amada ruiva. Suspirando, Jellal decidiu esquecer momentaneamente o plano original, mas logo lembrou de uma carta recebida naquela manhã. Deveria ir vê-la... O azulado aceitava seus sentimentos, entretanto tinha apenas uma certeza em sua vida: não poderia ceder antes de se redimir.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Não podemos esquecer de ir para outra guilda neste momento. Uma guilda chamada Os Quatro Cerberus, onde Bacchus tomava seu amado barril de cerveja. O moreno ria com seus companheiros, mas parecia distraído. Algo brilha no cós de sua calça. Era um chaveiro com uma foto. A única foto que ele levava com ele para todos os lugares, onde abraçava os ombros da morena, ambos gargalhavam e levantavam suas canecas. Bacchus se levantou ao lembrar da carta que recebeu naquela manhã, queria vê-la, mas por quê? Não era como se gostasse dela, era?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Gray olhava para os lados, sentindo a falta de algo, mas ele não sabia o que era. O mago do gelo percebeu o amigo rosado olhando para Lucy e se perguntou como Natsu poderia ser tão lerdo. Rindo disso, ele fez essa pergunta ao Dragon Slayer.
– Pelo menos eu admito que me sinto diferente com ela, já pensou em fazer isso em relação à Juvia, Cueca Gelada? – O moreno parou estático, não gostava da skalter, disso tinha certeza... talvez nem tanto...
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------De volta ao tempo presente, Elfman ainda não havia se levantado quando tudo estava acontecendo na Fairy Tail. Ele havia tirado o dia de folga, porém algo o fazia não conseguir dormir o quanto havia planejado, não algo, mas alguém. Seus cabelos caramelo não lhe saíam da mente e algo naquele Homem se desesperou ao pensar mais nela:
– Homens não encaram seus sentimentos! – Ele gritou, antes de se levantar e resolver ir para a guilda.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Bickslow se sentou no telhado do prédio da guilda, havia ouvido um grito, porém não teve a curiosidade de ir ver o que acontecia lá dentro. Sua mente estava ocupada com outro assunto. Uma marrentinha que não admitia seus sentimentos por ele, todavia, o próprio começou a perceber que não podia cobrar isso da albina sem que antes admitisse os próprios sentimentos... resmungando, o cavaleiro do mago dos raios se deitou, pensando como realmente aceitar que a amava.
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Romeo correu, tentando alcançar o pai que lhe estendia a mão. Poderia ter crescido, mas ainda gostava de andar por aí com seu velho. Iam em direção ao agitado prédio da guilda, Macao conversava com o filho, porém o mesmo estava apenas com metade da atenção na conversa, pois tinha avistado uma certa azulada mais a frente com sua gata branca, ambas rindo alto. Romeo sabia que gostava mais dela do que de outra nee-san, mas, assim como seu ídolo, o pequeno ainda não conseguia identificar o que sentia ao certo. Talvez perguntasse ao pai, um dia.
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