E a porta se abre!
- Black May
- 3 de jan. de 2020
- 4 min de leitura
Palavras: 1045
Exatamente 5 minutos depois da névoa se espalhar e cobrir todo o primeiro andar do prédio da guilda, Mayumi saiu de seu esconderijo. Porém apenas o suficiente para que Mirajane a visse e recebesse seu sinal de que a albina poderia abrir a porta naquele momento. A maga retribuiu o sinal para mostrar que entendeu e se dirigiu aos companheiros que esperaram com ela a porta do prédio. Ela bateu palmas para chamar a atenção de todos presentes.
— Bem, acho que está na hora de soltarmos eles. – Os magos restantes assentiram e começaram a se mover. Mirajane se adiantou para a pesada porta de madeira e a abriu, devagar. A névoa já havia se dispersado, por isso a maga TakeOver podia enxergar perfeitamente o que estava se passando no lado de dentro do edifício.
Surpresa pelo plano ter sido um sucesso, ela deu um passo hesitante para dentro da guilda. Entretanto, a aparição de Mayumi a parou. A pequena amiga não disse nada, apenas apontou para um canto do Salão, onde a albina avistou um casal ainda acordado... complicou agora.
– Romeo, Wendy? O que houve aqui? – Mira se fez de inocente.
— Mira-one-san! – Romeo-kun correu em direção a mais velha, puxando uma certa azulada com ele. – Não sabemos! Um tipo de gás entrou aqui e de repente todos começaram a cair adormecidos! Eu e Wendy-nee-san prendemos a respiração, mas... quando olhamos em volta, eles já estavam... assim! – O pequeno mago de fogo parecia a beira do choro junto com a Dragon Slayer do céu.
— Ara ara, Romeo-kun, não fique assim... tenho certeza que eles estão bem. Devem acordar normais daqui a algumas horas. Não se preocupe. – Mira sorriu para as crianças, passando sua mão em seus cabelos para reconfortá-las. – Bem... Wendy-chan, talvez seja melhor você dormir na casa de Romeo-kun essa noite. Não seria bom ficar sem um adulto por perto depois de passar por isso.
— Claro... S-Se não for atrapalhar... – A menina se encolheu um pouco envergonhada. O garoto sorriu com o pensamento de passar mais tempo com a doce Dragon Slayer, por isso, foi correndo (e a puxando junto) em direção ao pai, para perguntar se a menina poderia dormir em sua casa. O velho mago concordou com a ideia e o trio se despediu de Mira, indo procurar Charlie para que pudessem ir para casa.
A albina sorriu, era realmente muito doce esse romance infantil e inocente que os dois tinham. Seus pensamentos começaram então a voar para uma época distante, quando ela própria tinha algumas ilusões de um amor de infância com um certo mago que nem ali estava no momento.
— Ahn... Mira-san? – A atenção da albina se voltou para os magos restantes e acordados.
— Sim?
— O que faremos com eles? – Ela seguiu para onde eles apontavam. Os amigos adormecidos. Ela sorriu.
— Faremos o seguinte...
Todos os presentes que estavam conscientes ouviram o que Mira dizia muito atentamente, entendendo a linha de raciocínio da albina. Todos eles concordaram com o plano, apesar da maga ter ocultado a presença e a participação da pequena e inusitada amiga. Os amigos começaram a se mover, cada um pegando um adormecido ou ajudando a carregá-lo. Quando a guilda já estava vazia e todos já voltavam para suas casas, ou a maioria pelo menos, Mirajane chamou Mayumi no Salão.
— Mira-sama! Conseguimos! - A morena não conseguia esconder o orgulho de seu plano ter funcionado.
— Não totalmente, Ma-chan, Romeo-kun e Wendy ficaram acordados e meu irmão e Evergreen foram atingidos também!
— Ah... Bem, Romeo-sama e Wendy-sama conseguem me ver também, por isso acho que com eles será bem mais fácil, agora, quanto a dupla que Mirajane-sama reclamou... eles têm sentimentos um pelos outros, então achei que era para incluí-los no plano... Mirajane-sama está braba comigo? – Os olhos da morena começaram a encher de água. Ao ver isso, Mira não conseguiu ficar mais irritada.
— Não, não estou. – Ela suspirou – Só não aprovo muito isso... ah, tanto faz, agora o importante é que você acompanhe cada casal, para que tenhamos certeza se está dando certo ou não.
— Pode deixar, Mira-sama! Mas Romeo e Wendy-sama terão que ser monitorados por Mira-sama, pois eles poderiam me ver, será muito difícil para que eu consiga influenciar o ambiente como poderei fazer com os outros.
— Claro, deixe eles comigo. – A albina sorriu. – Só não machuque meus amigos.
— Nunca, Mira-sama! Como planejado, os efeitos desaparecerão em uma semana ou quando admitirem o que sentem pelo outro. – A morena desapareceu com um sorriso, deixando a albina com seus próprios pensamentos.
Não muito longe dali, em 6 casas diferentes, 6 pessoas diferentes acordaram com companhias bem estranhas e gritaram até perceberem as cartas enroladas nessas companhias. Algumas juraram matar Mirajane, apesar de pensarem novamente sobre enfrentar da maga do TakeOver.
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Enquanto ia até a primeira casa, Mayumi fez uma lista mental de quem possuía a habilidade de a enxergar e quem não. Levy, Juvia, Natsu e os menores eram definitivamente capazes de ver o espírito… Já o resto, Mayumi não tinha certeza absoluta de quem realmente não a via, o que tornavam as coisas mais difíceis, mas também mais divertidas para a pequena.
Para ser sincera, ela desconfiava que Gajeel não tardaria a vê-la, assim como Erza, Bacchus e Cana. Mayumi também tinha a impressão que Bickslow podia sentir sua presença e o resto realmente faria com que o espírito tivesse que trabalhar para juntar os casais. Ainda havia um casal que a própria Mayumi queria ver que nunca contaria para Mirajane… Quer eles a vejam por aceitarem o que sentem, quer não, o espírito gostaria muito que eles fossem felizes antes do tempo acabar.
Mayumi mal lembrava já de sua vida antes do encontro com Mirajane. Nunca teve tanta diversão de uma vez só, nunca agradeceu tanto por estar nesse mundo. O espírito não conseguia pensar no que definitivamente seria Fiore sem os queridos magos da Fairy Tail. Ela já estava super animada com o convívio que estava tendo com os ídolos de Fiore, mal podia se conter enquanto passava pela parede do seu primeiro destino: o quarto de Levy, no Dormitório das Fadas.
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