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Caos no Ministério

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1043


No dia seguinte, Fred e Jorge não desgrudaram de mim até chegarmos na Toca. Lá, a Sra. Weasley veio logo correndo, desesperada para abraçar os filhos e o marido que chegaram em segurança em casa. Até eu, Harry e Hermione ganhamos abraços e suspiros de alívio da gentil Weasley.


Entramos na construção e logo nos separamos: Ginny e eu subimos para o quarto, enquanto os gêmeos foram para o deles, o trio de ouro foi para o jardim e os mais velhos se espalharam pelos aposentos, distribuídos por toda a casa.


Ao me deitar na cama de armar no quarto da Weasley mais nova, me deixei ser levada por pensamentos desagradáveis, que me perseguiam desde a ida para a Copa. Havia começado. A guerra havia começado a ser preparada, palco das tragédias escritas estava sendo montado e todos aqueles que sofreriam já estavam sendo colocados em cena.


Não permiti que minhas lágrimas saíssem até ouvir a respiração ritmada de Ginny, com ela dormindo, eu evitaria perguntas que estou proibida de responder. Tanta coisa se passava em minha cabeça, como o fato de ser totalmente injusto eu saber de tudo e não poder fazer nada, que eu não percebi a presença que entrou no quarto até que a mesma colocasse sua mão em meu ombro.


– Lih? - A voz de Fred me deu um sobressalto - O que houve? - Seu tom preocupado me quebrou ainda mais e, sem pensar, eu abracei o tronco do ruivo, soluçando baixinho - Lia! Você está me preocupando!


– N-Não é n-nada, F-Fred, mesmo... - Eu limpei meu rosto e me separei dele, delicadamente. - Eu só... Precisava disso... - Seu olhar perfurou a minha alma e escaneou minha face, à procura de algum sinal de franqueza. Ele deu de ombros.


– Eu... Acredito em você. - Ele passa o braço pelo meu quadril, ficando meio em cima de mim - Por enquanto pelo menos. - Seu sussurro ativou algo dentro de mim, um sentimento quase que oposto ao desespero que eu sentia até pouco. - Vamos! Se ficarmos aqui podemos acordar Ginny. - Ele me puxou para fora da cama, me arrastando até seu quarto, onde Jorge nos esperava.


– Demoraram. - Ele sorriu, malicioso.


– Ela não queria sair da cama. - Fred coçou a cabeça e fechou a porta enquanto eu limpava os meus olhos de qualquer resquício das lágrimas que antes corriam pelo meu rosto. - Então, Lia, nós decidimos voltar a fabricar as Gemialidades Weasley.


– E queremos a sua ajuda, então, senta aí e comece a trabalhar, ruivinha! - Jorge me sentou em sua cama e jogou vários formulários no meu colo. Vi que ele havia percebido algo, mas ele não comentou nada e eu agradeci por isso. Passamos o resto da semana presos naquele quarto, testando, produzindo e tomando notas de produtos desenvolvidos pelos gêmeos.


No último dia das férias, depois de passar a semana correndo da Sra. Weasley, o café da manhã na Toca foi animado e cheio de conversas, como era de costume, antes do Sr. Weasley ter que trabalhar dobrado no Ministério. Todos riam, até mesmo Percy, que contava animadamente uma história sobre o Sr. Crouch para sua mãe. Depois que todos se levantaram e foram aos poucos esvaziando a cozinha, a Sra. Weasley chamou eu e as meninas.


– Queridas, como hoje é o último dia de férias, seria bom se vocês arrumassem as malas já, para evitar problemas amanhã. Eu já coloquei todos os materiais novos em cima da cama de vocês. Vocês poderiam?


– Claro, Sra. Weasley! Nós já vamos, aproveitamos e avisamos os meninos. - Mione deu um sorriso animado para a ruiva e carregou a mim e Ginny para as escadas, onde se separou de nós e foi até o último andar, quarto de Ron. Eu e a pequena ruiva seguimos para o quarto e pegamos nossos malões.


– Talvez seja melhor avisar Fred e Jorge também... - Ginny falou, pensativa.


– Quer ir lá? - Sorri para a minha amiga, que negou com a cabeça.


– Não, mas melhor você ir lá. - Ela deu um sorriso malicioso. Eu mostrei a língua para ela e sai do quarto, me dirigindo para o recinto onde os gêmeos estavam enfurnados.


– Hey Jorge! Fred! - Bati na porta, que foi aberta por Jorge. - A mãe de vocês mandou arrumarem as malas hoje ainda. - Ele assentiu e perguntou se eu ficaria para ajudá-los. - Não posso, vou arrumar minhas malas agora, se eu terminar rápido aí eu venho, ok? - Ele riu e eu me retirei, voltando minha atenção para a mala. Eu e Ginny estávamos tão concentradas em colocar livros e roupas no lugar certo, que só percebemos que Mione havia voltado quando a mesma pegou um dos meus pacotes.


– O que é isso? - Ginny deu um pulo.


– De onde, por Merlin, você veio? - Mione riu dos nossos rostos assustados.


– Eu acabei de entrar, relaxem. - Ela deu de ombros e voltou sua atenção para o embrulho. - Enfim, o que será?


– Sei lá... Vamos descobrir! - Abri o pacote, revelando um lindo vestido roxo, brilhantes decoravam o busto do vestido e se conectavam com um lindo tecido que descia delicadamente até abrir na saia plissada e solta que ia até os pés e com a cintura sendo marcada por mais brilhantes. Fiquei em êxtase quando achei o bilhete de Remo junto com um par de sapatos de salto pretos:


"Querida Lia, eu queria me desculpar por não estar presente neste momento. Fiquei sabendo o que houve na Copa Mundial de Quadribol, espero sua carta, me dizendo se está bem. Sinto não poder voltar agora mesmo e me certificar pessoalmente a resposta. Espero que tenha gostado do presente, coloque-o na mala, você pode precisar.

Sinto saudades, Seu Padrinho.

P.S.: Estou aguardando uma foto sua usando o vestido junto com a sua resposta."


Rio alto ao terminar de ler, eu olho em volta e as outras duas meninas estavam igualmente pasmas, cada uma olhando para o respectivo embrulho glamouroso. Todas nós nos entreolhamos e caímos na gargalhada.


O dia passou assim, eu e as meninas nos divertindo com as novas aquisições e acabei não indo ajudar os meninos, não que na hora eu me importasse, estava feliz demais para pensar nisso. Finalmente uma coisa boa para se esperar, rezo para que o baile aconteça logo!

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