Palavras: 1048
– IDIOTA! - Lucy gritou, saindo da guilda mais barulhenta de Fiore, a Fairy Tail.
– Poxa, ela não precisava ter feito tanto drama só por causa daquilo. - Natsu coçava a cabeça, onde nascia um galo, resultante de um chute da loira.
– Você é bem lento mesmo, não é, fósforo? – Gray apareceu, logo começando uma nova briga dentro da guilda. Todos voltaram a ignorá-los, menos uma certa albina que limpava o balcão quando tudo aconteceu. Mirajane Strauss suspirou, cansada.
Qual era o problema de seus companheiros? Por que não podiam se entender, aceitar seus sentimentos e casarem logo? Outro suspiro. Enquanto Mira via sua amiga, Erza, ir separar os jovens magos, uma ideia veio-lhe a cabeça. Já que queria tanto eles juntos, por que não dar um leve empurrãozinho que eles claramente precisavam? E ela ainda poderia aproveitar e dar um “empurrão” em outros amigos, que também precisavam se entender.
Feliz com esse pensamento, a albina foi reabastecer o estoque de bebidas da Fairy Tail, já que Cana havia esgotado o mesmo rapidamente. Pensando em como fazer com que seus casais dessem certo, Mirajane não percebeu que estava sendo observada até que quem a observava encostou a mão pálida em seu ombro. O susto quase a matou, ainda mais quando se virou para ver quem era e não reconheceu o rosto que lhe sorria abertamente.
– Quem é você? – A figura a olhou confusa, para logo depois soltar seu ombro e bater o punho na própria palma da mão.
– Não me apresentei, esqueci disso! Me desculpe por assustá-la, Mirajane-sama! – O ser fez uma reverência em direção a albina – Bem, me chamam de Mayumi. Eu sou um espírito, como pode bem ver, invocado por um mago. – Mira, agora, examinava a figura em sua frente. Era uma menina que aparentava não ter mais que 12 anos, morena e com a pele com uma coloração parecida com a de seu irmão, Elfman, porém, ao olhar com mais atenção, era possível ver que a garota não parecia mesmo ter a consistência de um ser material, ela parecia quase... translúcida.
– Como sabe o meu nome, Mayumi-san? – O tom da albina era cauteloso.
– E-Eu... bem – A menina coçou a nuca – O mago que me invocou era seu fã...
– Entendo – Mirajane assentiu e deu um de seus tão característicos sorrisos – E em que posso ajudá-la? – O espírito pareceu corar levemente.
– Eu vi Mirajane-sama olhando para o Natsu-sama e para Lucy-sama, então pensei que talvez estivesse pensando em algo sobre a relação deles... queria lhe oferecer minha ajuda... Claro, se Mirajane-sama quiser me ouvir! Não desejo ser um incômodo...
– Ara ara, incômodo algum, Ma-chan, será um prazer trabalhar com você! – O sorriso da albina aumentou, junto com o vermelho nas bochechas da menina.
– Então... eu tenho um plano.
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Enquanto as duas conversavam, vamos para um certo apartamento não muito longe do prédio da Fairy Tail.
– Natsu baka! – Lucy estava jogada em sua cama, o rosto ainda vermelho de raiva e sua janela estava trancada, só no caso de um certo rosado resolver dar mais uma de suas visitas espontâneas. Plue estava deitado com ela e olhava para o desabafo de sua maga. – Não posso ser apaixonada por ele, principalmente quando ele está assim, não é Plue?
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De volta a guilda, não vamos para a parte de trás, onde a maga e o espírito planejavam suas traquinagens, e sim para a porta principal, por onde uma baixinha entrava, seguida por seus fiéis escudeiros.
– Levy-chan! – Seus admiradores puxaram uma cadeira para a pequena sentar.
– Obrigada, meninos. – Apesar de sorrir para a dupla, os olhos da azulada corriam o salão, em busca de um certo Dragon Slayer marrento. Mesmo que se irritasse com ele, Levy sabia o que sentia e aceitou isso, mesmo sabendo que provavelmente, nunca seria correspondida.
Do outro lado do salão da guilda, Erza olhava, distraída, pela janela, pensando em como estaria seu aquele que tanto amava... mesmo não ficando juntos, ambos continuavam sob o mesmo céu e isso era o que a impedia de ir atrás dele neste mesmo momento. Ela o amava e por isso, se recusava a ficar abatida, pensando nisso, a ruiva se virou e foi apartar mais uma briga entre Gray e Natsu.
Cana observou tudo e virou seu barril de cerveja, por que Mira estava demorando tanto? Algo brilhou em seu pulso, um pingente de cão, recém colocado em uma das pulseiras. Por que havia comprado aquilo? Não poderia ser por causa daquele bêbado, poderia? Se recusando a pensar mais nisso, a maga das cartas se concentrou em caçar a última gota do líquido antes pertencente ao seu barril.
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Agora vamos para o edifício proibidos para garotos, Fairy Hills, onde estão algumas das nossas fadas:
Evergreen se penteava, cantarolando uma antiga canção de amor, até a mesma perceber.
– AAAAAAAAAAAAARGH! Não é possível! – E se repreendendo mentalmente, jogou a escova verde para algum canto de seu quarto. Não iria aceitar nunca que tinha outros sentimentos que não fosse nojo por aquele homem...
Juvia esfregava seus delicados braços, quando se pegou pensando em seu precioso moreno. Suspirando em deleite, a azulada sorriu, apenas mais apaixonada ainda pelo mago stripper de gelo.
Lissanna se jogou na cama, olhando para o teto, tentando desvendar o porquê do coração acelerado. Ela não havia corrido nem feito esforço físico, mas com apenas um olhar, ele conseguiu deixá-la assim, o que ele queria lá, por falar nisso? Estava tão desesperada para se afastar, que nem se lembrou de perguntar... Hm... Teria alguma coisa haver com suas “criançinhas”? Por que ainda pensava nele? Sacudindo a cabeça, a albina mais nova se virou, ainda negando a resposta para as suas perguntas.
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Hm... Está na hora de irmos para a cidade:
Wendy se sentou no banco perto do parque onde estava antes com sua exceed Charlie. A pequena Dragon Slayer olhava, perdida, em direção ao horizonte. Seus pensamentos foram, lentamente, levados para o rosto sorridente de um certo mago, um que após o exame de classe S havia se tornado seu amigo... talvez algo mais, mas Wendy ainda não queria pensar nessa possibilidade, era muito tímida para tal.
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