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A Copa Mundial de Quabribol

Foto do escritor: Black MayBlack May

Palavras: 1014


Subimos até o camarote, onde o Sr. Weasley havia arranjado para nós ficarmos. Lá, o trio engajou uma conversa com Winky, que era muito fofa por sinal, enquanto eu e o resto da família Weasley fomos nos sentar. Eu e Ginny engatamos em uma conversa animada sobre as nossas expectativas para o jogo, quem queríamos ver e como usar o que compramos antes de entrar no estádio. Enquanto o camarote começava a lotar, percebi que do meu lado, o não ocupado por Fred, havia se sentado alguém. Olhei para a pessoa e descobrir ser Cedrico.


É realmente uma pena que ele tem o destino que tem… Cedrico é um herói, deveria ter uma morte mais honrosa que aquilo… E pensar que tudo poderia ser impedido se Sirius e Lupin tivessem realizado o plano deles com sucesso. Ele sorriu para mim e voltou sua atenção para o campo, retribui seu sorriso e sentir uma mão pegando meu braço, olhei para Fred e levantei a sobrancelha.


– Que? - Ele me olhou carrancudo. Dei de ombros, não queria brigar agora, queria só aproveitar, então não o afastei. Depois do jogo haveria um evento muito do estressante, então não precisava piorar as coisas com picuinhas. Pelo menos, todos nós sairíamos intactos fisicamente daqui, mesmo que tenhamos algumas cicatrizes emocionais, é só mais uma nessa história… Sou a rainha do drama às vezes, não é mesmo?


– Nada... - Respondi, sentindo sua mão deslizar até a minha. De repente começou o hino nacional da Bulgária. Sabendo o que estava por vir, eu apoiei a minha cabeça na minha mão livre. Fiquei observando as arquibancadas com cuidado, tentando ver quando o efeito do feitiço começava. Tendo vindo de Beauxbatons, eu tinha visto de perto como descendentes de Veelas viviam. É, de fato, fascinante ver o que acontece com aqueles que sentem o efeito delas.


Depois que as Veelas entraram, o caos começou instantaneamente quando elas começaram a dançar. Senti minha mão ficar livre e vi Fred e Jorge se curvarem em direção a elas, uma raiva me subiu a espinha e a minha única reação foi dar um soco na cabeça de cada, para ver se acordavam. Deu certo, apesar da apresentação das Veelas ainda não ter terminado, os gêmeos me olharam indignados.


– Precisava ser tão violenta, Lia? - O tom de Jorge era magoado. Eu não respondi, só bufei e cruzei os braços. Ouvi uma risadinha do meu lado e me virei, vendo Cedrico me encarar. Fiz uma careta para ele e esperei a vez da maravilhosa Irlanda entrar.


Ela finalmente entrou! E foi uma bela entrada! Os Leprechauns apareceram, distribuindo moedas e fazendo uma festa encantadora, eu olhava tão encantada para eles que quase não percebi a risadinha do meu lado.


Parecia que Cedrico estava se divertindo muito as minhas custas. Não sei se fico brava com isso, porque o menino é tão gentil que provavelmente não há malícia nessas risadas que ele solta. Ou pelo menos é o que eu quero acreditar, já que gosto do personagem dele durante toda a parte da história que ele aparece.


Os livros não lhe fazem jus. Se bem que vendo ao vivo, as coisas sempre parecem mais impressionantes e vivas que contadas por outras pessoas. Sempre há detalhes que não podem ser descritos e escritos.


O jogo começou e a cada ponto da Irlanda, eu vibrava como se não houvesse amanhã. Finalmente eu entendi o que o meu pai trouxa sentia quando assistia seu futebol, era maravilhoso sentir a adrenalina fluir e ouvir seu grito se juntar com o de mais pessoas, todas torcendo para a mesma coisa, a vitória dos irlandeses. A mesma que aconteceu após algumas confusões, Krum encerrou o jogo, pegando o pomo, exatamente como os gêmeos previram.


Outro personagem cuja a maestria não era completamente retratada nos livros. Sua habilidade no jogo era hipnotizante, eu não era capaz de desviar meu olhar quando ele se movia. Apesar da aparência, ele parecia muito gracioso quando estava no ar.


E pensar que o verei pessoalmente daqui a algum tempo… Eu me levantei, vibrando loucamente, tão animada que acabei não percebendo o que fazia e puxei Diggory para um abraço. Ele retribuiu, surpreso. Senti eu ser arrancada violentamente do abraço.


– O que pensa que está fazendo? - Fred e Jorge me colocaram entre eles. Eu olhei em volta, bem confusa, e vi Diggory dando muita risada e depois se virando para abraçar o pai. Demorei para entender que eu deveria responder aos gêmeos. Ué, fiz algo errado? Estava apenas comemorando o jogo, não?


– Comemorando uma vitória, talvez? - Olhei para os dois, Jorge começou a rir e colocou o braço no meu pescoço. Eu realmente não fiz nada para que eles ficassem bravos comigo, o que eles devem ter notado, porque a minha cara era a de alguém totalmente inocente. Nesse caso, pelo menos. - O que foi? - Perguntei para Fred, que ainda me olhava como se estivesse bravo. Qual era o problema dele? Não é como se ele já não tivesse me visto abraçar Harry e Rony também.


– Nada. - Ele suspirou. Deu um sorriso e me abraçou junto com Jorge. Fomos comemorar com o resto da turma, quando Bagman chegou e perguntou aos gêmeos quanto os devia. Eu ri alto quando vi seus sorrisos diabólicos. Não tive a coragem de dizer a eles para não confiarem no político.


Estavam realmente felizes com o ganho, os gêmeos nem imaginavam o sucesso que farão. Essas coisas sobre a história me fazem feliz, saber que algumas coisas dão certo, mesmo com tanto sofrimento no meio do caminho.


– Eu disse que vocês poderiam refazer tudo aquilo. - Porém, não é sobre esse dinheiro que eu falava, já que Bagman nem os pagará direito. Deixei eles e fui até Mione, para descermos juntas a escada. Nós nos abraçamos e festejamos a vitória antes de nos juntar ao grupo que se dirigia à saída do lugar. Também trocamos algumas primeiras impressões enquanto fazíamos isso. A leveza do momento me fez esquecer novamente as preocupações que viviam na minha mente de quase 14 anos de idade.

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